Deus equilibra bençãos com dificuldades?
De Livros e Sermões BÃblicos
Por Christina Fox Sobre Sofrimento
Tradução por Andréa Koch
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“O universo sempre equilibra as coisas.”
Enquanto estava sentada ali assistindo televisão, balancei a cabeça. Claro não espero uma teologia perfeita de todos os programas de televisão que assisto, mas essa frase em particular parecia se destacar. Não era uma frase de esperança.
De fato, foi precisamente porque as coisas estavam indo bem na vida do personagem que ele sentiu que os problemas estavam provavelmente chegando, que o universo estava prestes a equilibrar sua boa sorte. Chamou-me a atenção não por ser uma ideia especialmente escandalosa ou chocante - na verdade, é exatamente o contrário. Apesar do erro ter soado bem alto aos meus ouvidos, eu sabia como era comum as pessoas pensarem assim, quer percebam ou não.
Mas nem uma semana depois, o choque veio. Ouvi um eco do mesmo sentimento, mas desta vez não vinha da tela da minha televisão ou nem da boca de um amigo não-cristão. Desta vez, venho de mim. Eu estava maravilhada com as bênçãos que Deus me tinha dado e com o fato de Ele ter respondido de maneira grandiosa às orações de longa data. Ao considerar essas bênçãos, meu primeiro pensamento foi: “Pergunto-me que provação estará por vir?”
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Quando você antecipa o pior
Não era exatamente o mesmo pensamento que o personagem da série, mas era semelhante. Parti do princípio de que Deus precisava completar as bênçãos da minha vida com algo difícil, como se houvesse um limite para o número de bênçãos que Ele dá. Como se houvesse uma fórmula para a forma de como Deus atua em minha vida. Como se ele fosse um Deus impessoal que distribui bênçãos e provações apenas para manter a balança equilibrada.
Eu sou um Eeyoure por natureza. Tenho tendência a ver o lado negro das coisas e assumir o pior. Vejo o copo meio vazio em vez de meio cheio. Tenho tendência a ver as interações de Deus comigo como um pai zangado distribuindo punição. E por isso, não é de admirar que eu mal tenha tempo para apreciar os presentes que me foram dados, antes de prever que me vão ser tirados.
Mas não gosto de viver a vida dessa maneira. Isso suga a alegria de mim. Não só isso, mas é errado pensar assim. É inconsistente com quem a Bíblia diz que Deus é, com o que nós somos para Ele e como Ele atua em nossas vidas.
Talvez também tenha tendência para ver o lado negro das coisas. Talvez seja difícil para você aproveitar o doce sol de hoje porque teme que amanhã venha uma tempestade. Quando damos por nós a antecipar o pior, temos de nos lembrar da verdade. Precisamos transformar nosso pensamento através da palavra de Deus. Aqui estão quatro maneiras pelas quais a Bíblia descreve como Deus se relaciona com seus filhos.
1. Deus é bom
Deus é bom e só faz o que é bom (Salmos 25:8; 119:68). Isso porque ele é santo, justo e correto (Êxodo 15:11). Podemos confiar que tudo o que ele nos dá não é um equilíbrio aleatório na balança ou uma resposta precipitada a algo que fizemos. Ele não é um Deus impessoal que apenas trabalha para equilibrar as bênçãos em nossa vida. Pelo contrário, ele é o Deus que renunciou todas as bênçãos do céu para assumir a carne humana e viver neste mundo decaído, para que pudesse suportar o pior sofrimento em nosso favor. E pelo seu sangue derramado por nós, dá-nos maior bênção de todas: a eternidade com ele.
2. Deus dá por graça
Para aqueles que confiam em Jesus, tudo o que Deus dá é um transbordar de sua graça, seja uma resposta a uma oração, um dia difícil, um sonho tornado realidade ou uma provação difícil. Em cada momento de nossas vidas, Deus nos dá tudo o que precisamos para nos tornar mais semelhantes ao seu Filho. Em cada momento de nossas vidas, Deus nos dá tudo o que precisamos para nos tornarmos mais semelhantes ao seu Filho. Há um propósito redentor por trás de cada circunstância que encontramos, e tudo é usado para o nosso bem e para a Sua glória (Romanos 5:3–5; 8:28–29; Tiago 1:2–4; Tito 2:11–12).
3. Deus é por nós
Deus é por nós, não contra nós. Ele é para nosso bem. Ele nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo (Efésios 1:4), preparou-nos boas obras para as completarmos (Efésios 2:10), salvou-nos enquanto ainda éramos pecadores (Romanos 5:8, 10), nos trouxe da morte para a vida através do Espírito (Romanos 8:10; Efésios 2:4-5), e permite-nos a andar em obediência (Filipenses 2:13) - todas as evidências abundantes de que Ele é por nós. E nada nem ninguém pode impedir o bem que Ele tem para nós. “Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará também com Ele todas as coisas?” (Romanos 8:31–32).
4. Deus não pretende nos punir
Não precisamos pisar em ovos ou esperar ansiosamente pelo castigo inevitável. Toda a ira de Deus foi derramada sobre Cristo na cruz. Para aqueles que estão unidos a Cristo pela fé, não há mais ira (2 Coríntios 5:21; Romanos 5:9). Na verdade, para aqueles que estão em Cristo, Deus nos ama tanto quanto ama o Filho (João 17:23).
Somos filhos de Deus e, como nosso Pai, Deus nos dá exatamente aquilo de que precisamos (Mateus 6:25–33). Qualquer sofrimento ou dificuldade que possa surgir no nosso caminho é a disciplina de um Pai amoroso para com seus filhos, com o propósito de nos treinar na justiça (Hebreus 12:5–11).
A verdade é que não existe uma balança de dois lados que deva ser equilibrada. Não podemos agrupar nossas circunstâncias em uma pilha de coisas boas ou más. Porque estamos em Cristo, tudo o que Deus nos dá é, em última análise, é bom. Portanto, quer haja uma bênção ou uma dificuldade no seu futuro, ambas são um dom da graça de Deus e servirão para transformá-lo à imagem de seu Filho. Isto significa que, em vez de antecipar o pior, podemos sempre antecipar o bem do nosso bom Deus.