Deus abriu o mar para você

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Sobre esta tradução
English: God Parted the Seas for You

© Desiring God

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Por Marshall Segal Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Hadassa Duarte

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O Senhor é a minha força e a minha canção; ele é a minha salvação! . . . Quem entre os deuses é semelhante a ti, Senhor? Quem é semelhante a ti? Majestoso em santidade, terrível em feitos gloriosos, autor de maravilhas?” - Êxodo 15:2, 11

Se pudéssemos ver o mar que Deus conteve para nos libertar do pecado, quão mais propensos estaríamos a parar e cantar sobre sua majestade?

Nós só podemos compreender somente uma parte do poder de Satanás, da monstruosidade do nosso pecado e da fúria do inferno. Antes que Cristo nos tirasse das ondas tempestuosas, Satanás governou cada fibra e cada impulso do nosso ser, levando-nos para a morte por um caminho de migalhas de mentiras. Antes de Deus enviar seu Filho à cruz e preencher nossas vidas com seu Espírito, o pecado inundou nossas almas como a água que inunda um navio que se afunda, afogando a nossa esperança com a nossa própria sujeira. Antes de recebermos o dom da fé — e através da fé o perdão, a alegria e a vida eterna — o inferno era maior do que a maior onda gerada pelo pior furacão, nos ameaçando com uma dor que nem ao menos podemos imaginar, e que só piora todos os dias, para sempre.

Mas Deus abriu o mar, acalmou as ondas e salvou o nosso navio que estava afundando. E ele nos colocou seguros em terra firme.

Colocados entre mortes

Moisés canta a Deus em Êxodo 15 porque Ele fez um milagre, resgatou seu povo de um inimigo muito maior e mais forte do que eles, abriu o Mar Vermelho e depois destruiu o exército do Egito exatamente onde Israel havia caminhado em segurança. Moisés celebra: “Quando os cavalos, os carros de guerra e os cavaleiros do faraó entraram no mar, o Senhor fez que as águas do mar se voltassem sobre eles, mas os israelitas atravessaram o mar pisando em terra seca.” (Êxodo 15:19).

Já houve uma imagem de nossa salvação mais impressionante que essa? Soldados em carruagens pressionam o povo de Deus por trás enquanto o mar está enfurecido diante deles. Eles estão colocados entre duas mortes, de repente ainda mais conscientes de sua fraqueza e desespero. A fuga é improvável. O cativeiro é inevitável. A vitória é inconcebível.

E então Deus puxa as ondas como cortinas de linho. Ele os levou ao precipício do desespero para mostrar-lhes o quão pequenos eram os soldados e o mar quando comparados a ele. “Pelo forte sopro das tuas narinas,” canta Moisés, “as águas se amontoaram. As águas turbulentas firmaram-se como muralha; as águas profundas congelaram-se no coração do mar” (Êxodo 15:8). As ondas não se acumulam. As inundações não se seguram. O mar não fica parado. A menos que Deus sopre. Ele desviou quilômetros de águas furiosas com o sopro de seu nariz. O Senhor foi a salvação deles.

Ele é a minha salvação

Antes de Jesus se tornar nosso Senhor, Salvador e nosso maior Tesouro, estávamos em perigo contra um inimigo muito maior, e havia ainda mais em jogo. Atrás de nós havia uma multidão de demônios, nos tentando, acusando e enganando. E diante de nós, o mar dos nossos pecados e todas as suas consequências — uma eternidade de tormento, afastados de Deus. Não tínhamos armas com as quais lutar e não tínhamos ideia de como nadar. Fomos colocados entre as mortes.

Até que Deus mergulhou e se afogou por nós. Isaías pinta esse quadro para nós: “Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças. . . . Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades. . . . Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (Isaías 53:4–6). Ele morreu para te dar terra seca.

Essa é uma imagem ainda mais impressionante da nossa salvação: um homem colocado entre duas colunas de morte, carregando a abominação de nosso pecado e enfrentando a fúria do inferno. Quando Deus abriu o mar para nós, ele cravou os pregos nas mãos e nos pés de Jesus. Ele não era fraco como nós, mas se tornou fraco por nós. Ele não pecou como nós, mas se tornou pecado por nós. Ele não foi condenado como nós, mas tomou nosso lugar miserável na cruz. Mesmo o Mar Vermelho parece pequeno e insignificante em comparação com o Calvário.

Mais do que a minha salvação

Mas Deus é mais do que nossa salvação. Na verdade, se ele também não fosse o nosso cântico, ele não seria a nossa salvação. Novamente Moisés canta: “O Senhor é a minha força e a minha canção; ele é a minha salvação! Ele é o meu Deus e eu o louvarei, é o Deus de meu pai, e eu o exaltarei!” (Êxodo 15:2). Quando estamos diante da cruz, com um chão seco e seguro sob nossos pés, seria um ultraje permanecer em silêncio.

Quando Deus tirou seu povo do Egito, ele queria que eles desfilassem e cantassem pelas ruas. Ele queria que a alegria transbordasse de suas canções para anunciar sua força, sua misericórdia, sua sabedoria, e sua justiça a qualquer um que estivesse ouvindo. Então, eles cantaram: “Quem entre os deuses é semelhante a ti, Senhor? Quem é semelhante a ti? Majestoso em santidade, terrível em feitos gloriosos, autor de maravilhas?” (Êxodo 15:11).

Eles foram resgatados do Faraó; nós fomos resgatados do fogo do inferno. Eles receberam Canaã; nós recebemos o céu. Eles receberam uma promessa; nós encontramos o Messias. Então, o que vamos cantar?

Glória a Deus, o Pai.
Glória a Deus, o Filho.
Glória a Deus, o Espírito.
O Senhor é a nossa salvação.