A submissão é uma arma fascinante
De Livros e Sermões BÃblicos
Por Abigail Dodds Sobre Santificação e Crescimento
Tradução por Marcia Brando
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Eu era uma pessoa submissa antes de me casar. Era o tipo de garota que seguia o fluxo. Descontraída. Calma. Se os outros tivessem uma opinião sobre algo - como qual atividade fazer, o que comer ou como algo deveria ser feito - eu era a primeira a concordar com a maneira deles pensarem.
Eu também era rápida para ajudar - pegava qualquer tarefa que me davam e ficava feliz por não estar no comando. Presumi que a submissão no casamento seria muito fácil para mim. Eu sempre estava de acordo! Verdade, eu tinha fortes convicções sobre a palavra de Deus, mas como casei com alguém que compartilhava desses compromissos e convicções, a submissão seria fácil. Ou pensei que seria.
O que eu não havia imaginado antes do casamento era a realidade um tanto assustadora de estar completa e totalmente ligada à outra pessoa, de todas as maneiras possíveis. Não importa com quanto entusiasmo escolhamos um ao outro no dia do nosso casamento (e ainda faríamos assim hoje), chega um momento no casamento onde percebemos que os problemas do marido são os problemas da mulher, e os problemas da mulher são os problemas do marido.
Talvez nosso desejo fosse poder não ter que escolher um ou dois desses problemas. Talvez gostaríamos de um pouco de distância dessas dificuldades em particular. Mas para o bem ou para o mal, pertencemos um ao outro.
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Submissão não experimentada
Se a pura realidade de estar ligada a alguém tão completamente é suficiente para nos sacudir um pouco, então não é difícil ver como a submissão à outra pessoa pode ser ainda mais assustador. E francamente, muitas mulheres não lidam com a parte da submissão. Elas olham para ele e seus problemas, e parece bastante trabalho para apenas ficar totalmente ligada a ele pelo tempo quanto os dois viverem.
A submissão não foi testada e ficou falta - foi deixada na prateleira, juntando poeira. À medida que a esposa mais endurecida passa por isso, ocasionalmente diz: "Ei, algumas de nós tem problemas sérios em lidar com a vida, como estar casada com este pecador aqui". Submissão é aquela ideia pitoresca destinada a mulheres casadas com homens quase perfeitos, não para nós. Vivemos no mundo real. Deixe isso para a esposa do pastor ou para as cristãs profissionais. Nós só estamos tentando sobreviver.
Mas é muito mais fácil zombar e ridicularizar o comando para as esposas de que "sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor" como um ideal impossível, quando de fato nós nunca nem tentamos (Efésios 5:22). Ou quando somente uma ou duas vezes fazemos um esforço desinteressado, como o do pedido para uma criança pequena, de que ela pela primeira vez divida seu brinquedo favorito. Nós nos envolvemos sem entusiasmo e desistimos no momento que ninguém olha (isso se nos envolvemos).
O que é submissão?
Submissão é ficar, de bom grado, sob a autoridade do outro. É por isso que cada verdadeiro cristão é uma pessoa submissa. O novo coração que Deus nos deu quando nos salvou e nos fez dele, bombeia vida submissa por todo nosso novo ser. Nos submetemos à Deus - que é o Autor de nossas vidas e portanto, nossa verdadeira Autoridade em todos os sentidos.
É dessa derradeira submissão à Deus que todas as outras submissões mundanas fazem sentido. Ele colocou ordem no mundo dele e, em nossa submissão à ele, tomamos nosso lugar dentro dessa ordem. Então, quando Deus diz: "Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor", não rejeitamos, pois, ao minimizar este comando, minimizamos e menosprezamos nossa submissão ao próprio Deus.
Sou hesitante em dar um exemplo no terreno da submissão, porque tenho visto como tais exemplos podem ser sobrecarregados e mal aplicados. Mas as escrituras são claras: as mulheres mais velhas devem ensinar as mais jovens como serem submissas aos seus próprios maridos (Tito 2:3–5), então vale a pena tentar. O truque é encontrar um exemplo que a ajude a se submeter ao seu marido ao invés de, acidentalmente, preparar você a se submeter ao meu.
Por exemplo, meu marido gosta que recebamos convidados regularmente para as refeições ou outras reuniões. Parte da submissão à ele significa convidar pessoas para virem, escrever e-mails ou mensagens de texto, definir o horário, planejar o cardápio e me certificar de que a casa está decentemente limpa para recebê-los. Mas seu marido pode preferir um lar mais quieto, com menos recepções do que nós fazemos. Submissão em seu casamento pode significar esperar para convidar aquela família, até você confirmar com ele e então abster-se em fazê-lo, se a visão dele para a vida familiar requer um ritmo mais lento de entretenimento.
Agora, você pode estar se perguntando: "Mas e se for pecado ele não querer convidar aquela família? E se ele estiver apenas sendo egoísta? Ainda devo me submeter?" E enquanto penso que você provavelmente deveria fazer essas perguntas para uma mulher mais velha da sua igreja, há uma distinção importante a ser feita entre se submeter de tal modo que você peque e se submeter a um homem que ainda tem motivos imperfeitos.
Não devemos nos envolver no primeiro tipo de submissão (por exemplo, se ele pede que você deixe de participar da sua igreja); o segundo tipo será a realidade para todas nós até que Jesus retorne. Assim como seu marido é chamado para amá-la mesmo que você persista em atitudes e comportamentos pecaminosos, você também é chamada para se submeter à ele, mesmo que os motivos dele possam nem sempre parecerem puros. Isso não quer dizer que vocês não possam ter uma conversa, e você diga para ele que gostaria de ser mais hospitaleira e pedir que ele reconsidere. Mas significa que como você faz isso é importante.
Uma coisa que a submissão não é
Uma coisa que frequentemente se confunde com submissão é a condescendência. Condescendência é diferente de colocar-se de boa vontade sob a autoridade do outro. Quando condescendemos, reservamos o direito de estarmos em nossa própria equipe interna enquanto exteriormente, aparentamos estar na mesma equipe de nosso marido.
Uma esposa que condescende, silenciosamente participa de algo que ela discorda e talvez até mesmo despreze. Ela não vai fazer objeção porque pensa que é nobre ou misericordiosa ao manter seus pensamentos para si. Mas uma esposa misericordiosa pode e deve fazer objeção, se tiver. Ela deveria fazer perguntas ao marido e buscar compreender por que ele os está liderando dessa maneira.
Um bom casamento é aquele que é preenchido com a concordância. Uma esposa deveria buscar estar em sintonia com seu marido o tanto quanto ela puder. Algumas vezes, isso significa fazer objeções e pedir que ele mude de ideia. Outras vezes, quer dizer chamar ou explicar para ele, que você não sabe ao certo para onde ele a está levando. De qualquer maneira, condescender silenciosamente (enquanto internamente vive com raiva, medo ou desdém), pode causar estragos ao relacionamento no casamento, escondendo a falta de confiança e deixando seu marido no escuro sobre o verdadeiro estado do seu coração.
Quando nos comunicamos sinceramente e de boa fé com nossos maridos, isso não torna a submissão automaticamente fácil, nem quer dizer que sempre vamos concordar, mas nos dará uma paz mais profunda ao nos confiarmos inicialmente a Deus e, depois, ao homem a quem Deus nos uniu.
Silenciar o deboche
A submissão frequentemente está escondida. Acontece nos momentos minuciosos da vida. É a disposição de direcionar nosso coração quando seguimos a condução de nossos maridos, e de nos juntarmos alegremente a ele para fazer o possível para ajudar as suas iniciativas terem sucesso, percebendo que o sucesso dele é o nosso sucesso, e vice-versa.
Quando fazemos isso bem, ninguém nota. Ou se notam, acham que apenas nascemos com o dom da submissão. Mas o que frequentemente não percebemos, é que a submissão é uma arma. Tito 2:3–5 diz: "Semelhantemente, ensine as mulheres mais velhas a serem reverentes na sua maneira de viver, a não serem caluniadoras nem escravizadas a muito vinho, mas a serem capazes de ensinar o que é bom. Assim, poderão orientar as mulheres mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos,a serem prudentes e puras, a estarem ocupadas em casa, e a serem bondosas e sujeitas a seus próprios maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja difamada."
Um dos ensinos primários que as mulheres mais velhas devem passar para as mais jovens, é serem "sujeitas a seus próprios maridos". Por quê? "a fim de que a palavra de Deus não seja difamada". Essa é a arma oculta da submissão.
Difamadores da palavra de Deus estão por toda a volta. Você gostaria de saber uma forma de desacelerar as línguas deles? Submeta-se ao seu marido. Podemos imaginar sobre o que nossa submissão de esposa pode fazer para evitar que a palavra de Deus seja difamada - afinal, parece que só ao tocar no assunto submissão pode ser uma fonte de muita difamação pela pessoa que bravamente o faz.
Mas na alta e inalcançável sabedoria de Deus, ele fez das esposas submissas um baluarte contra a difamação de sua preciosa palavra. Quando nos submetemos aos nosso próprios maridos, somos uma autenticação viva da veracidade e bondade de sua palavra e de seus caminhos. Você não vai se juntar a mim pedindo a Deus mais e mais graça para obedecer a este glorioso comando?