Se Deus É Soberano, Por Que Orar? (pt. 2)

De Livros e Sermões Bíblicos

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Sobre esta tradução
English: If God Is Sovereign, Why Pray? (pt. 2)

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Por R.C. Sproul Sobre Oração
Capítulo 0 do livro Se Deus É Soberano, Por Que Orar? (pt. 2)

Tradução por João Vitor Inacio dos Santos

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A eficácia da oração

Precisamos vigiar para não termos uma visão fatalista neste assunto da oração. Não podemos permitir a nós mesmos dispensar a oração de nossas vidas apenas porque ela aparenta não ter um valor pragmático. Precisamos nos envolver com a oração independente do fato de ela funcionar ou não, apenas porque Deus nos ordena a fazê-lo. Mesmo uma leitura superficial da Bíblia, particularmente do Novo Testamento, revela uma ênfase profunda na oração, súplica e intercessão. Não se pode escapar do fato que a oração seja uma atividade esperada para o povo de Deus. Além disso, o próprio Senhor que é o modelo supremo para nós em todas as coisas claramente fez da oração uma grande prioridade em Sua vida. Nós não podemos fazer menos que isso.

Mas também é verdade que as Escrituras nos ensinam que a oração “funciona” em algum sentido. Deixe-me citar três exemplos.

Todos nós sabemos que o apóstolo Pedro corajosamente declarou que jamais trairia Jesus, que estava pronto a ser preso e até mesmo morrer por seu Senhor. Mas ao invés de elogiar Pedro por sua determinação, Jesus o repreende e diz: “Asseguro-lhe que ainda esta noite, antes que o galo cante, três vezes você me negará” (Mt 26.34). O relato de Lucas adiciona um detalhe interessante à resposta do Mestre. Jesus disse: “Simão, Simão, Satanás pediu vocês para peneirá-los como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E quando você se converter, fortaleça os seus irmãos”. (Lc 22:31,32). Jesus alertou a Pedro que estava chegando em sua vida um tempo em que ele seria “peneirado”, que Satanás iria ataca-lo. Mas Jesus tinha certeza que Pedro se arrependeria do seu pecado e voltaria a Jesus. Como Jesus poderia ter certeza disso? Bem, ele orou por Pedro, para que sua fé não fosse abalada. Jesus estava certo – Pedro realmente voltou para Jesus e fez muito para fortalecer seus irmãos. A oração de Jesus por Pedro foi efetiva.

Nós não vemos apenas as orações de Jesus funcionando neste mundo, vemos também as orações dos santos surtindo efeito. Nos primeiros dias da igreja, Pedro foi lançado à prisão, mas os irmãos se reuniram em intensa oração em seu favor. Eles derramaram seus corações a Deus, implorando que de alguma forma Ele superasse a adversidade da situação e garantisse a libertação de Pedro. Você sabe o que aconteceu: enquanto eles estavam envolvidos nesta oração intensa, houveram batidas nas portas. Eles não queriam ser perturbados no seu tempo de oração, então enviaram uma serva para atender à porta. Quando esta serva chegou à porta e perguntou quem estava batendo, Pedro respondeu e a serva reconheceu sua voz. Cheia de alegria, ela deixou a porta fechada e correu para dizer aos outros que Pedro estava do lado de fora. Os discípulos se recusaram a acreditar até que abriram a porta e viram o próprio Pedro parado ali. Deus respondeu às orações do Seu povo, trazendo Pedro da prisão com o auxílio de um anjo, mas quando ele apareceu na casa onde os irmãos estavam reunidos, estas pessoas que oraram tão sinceramente por sua libertação ficaram assustados e chocados que Deus tivesse realmente respondido à sua oração. Muitas vezes, é assim que agimos; quando Deus responde nossas orações, nós mal conseguimos acreditar.

Mudando para uma passagem didática, Tiago encoraja fortemente o povo de Deus a orar:

Entre vocês há alguém que está sofrendo? Que ele ore. Há alguém que se sente feliz? Que ele cante louvores. Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor. E a oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará... orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz. (Tiago 5:13-18).

Depois destas palavras tão vivas, que enfatizam fortemente a efetividade da oração, Tiago passa a falar do profeta Elias. Ele salienta que Elias foi um homem assim como nós somos – ele não era um Supersanto ou um mágico. Entretanto, suas orações eram extremamente poderosas. Ele orou para que Deus parasse a chuva, e não caiu chuva por três anos e meio. Quando ele orou para que Deus mandasse a chuva novamente, então choveu torrencialmente.

Dadas estas passagens das escrituras e muitas, muitas outras que mostram claramente que a oração alcança resultados, não temos liberdade para dizer: “Bem, Deus está no controle. Ele é soberano, imutável e onisciente, então o que tiver de ser, será. Não há motivos para orar”. As escrituras absoluta e universalmente negam esta conclusão. Ao contrário, elas afirmam que a oração resulta em mudanças. Deus, em sua soberania, responde às nossas orações.