Pode a alegria aumentar para sempre?

De Livros e Sermões Bíblicos

Revisão de 18h48min de 8 de outubro de 2009; Silvia (disc | contribs)

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Jonathan Edwards conhece o céu talvez até melhor que o inferno. O que quer dizer muito, tendo em consideração a sua reputação como sendo um dos que conhece o inferno muito bem. Eu acreditei nisto durante algum tempo, porque li os seus sermões sobre o céu (por exemplo, “A porção dos justos”, “Bem-aventurados os puros de coração", “Louvor, um dos principais recursos do céu”). Para além disso, ao ler as várias obras de Edwards sobre o céu e o livro de John Gerstner intitulado "O céu e o inferno por Jonathan Edwards" (Grand Rapids: Baker Book House, 1980) mostra como Edwards se elevou nas suas meditações sobre o céu.


Mas só quando eu peguei no livro de Edwards intitulado “O fim para o qual Deus criou o mundo”, é que eu percebi de forma notável que o céu será uma descoberta interminável e sempre crescente da glória de Deus com uma alegria sempre maior n’Ele.


Quando eu era criança receava o céu. Eu associava algo interminável a algo congelado. Não diz em Coríntios 13:12, “Então conhecerei plenamente, como tenho sido também plenamente conhecido”? E não significaria isso que no momento em que chegarmos ao céu iremos conhecer tudo o que podemos conhecer e que para toda a eternidade nada se alterará? O que faz irromper o medo do aborrecimento nos nossos corações.


Edwards diz que não. Tudo o que este versículo tem que significar é que o nosso conhecimento será exacto no céu e jamais “através de um vidro escuro”. Não tem que significar que conhecemos imediatamente tudo o que pode ser conhecido. Em vez disso, conclui, Deus é infinito e deseja revelar-se a nós para que disfrutemos d’Ele para sempre. Contudo, nós somos finitos e não podemos em nenhum momento, ou em nenhum momento limitado de tempo compreender a ilimitada, infinita glória de Deus. Deus deseja esbanjar esta abundância connosco para nossa alegria (Efésios 2:7).


Portanto, isso implica que a nossa união com Deus, na experiência toda satisfeita da sua glória, nunca possa ser completa, mas que tenha de aumentar com intimidade e intensidade para todo o sempre. A perfeição do céu não é estática. Nem podemos ver de uma só vez tudo o que há para ver – porque o finito não pode entender tudo do infinito. O nosso destino não é tornarmo-nos Deus. Por isso, haverá sempre mais para uma criatura finita conhecer e disfrutar de Deus. O fim do prazer crescente em Deus nunca chegará.


Edwards explica-o da seguinte forma:

Eu suponho que não será negado por ninguém, que Deus ao glorificar os santos no céu com felicidade eterna, tenciona satisfazer a sua infinita graça ou benevolência ao conceder algo de bom [o qual é] de valor infinito, porque é eterno: mas nunca chegará o momento, em que poderá ser dito, que agora algo bom de valor infinito foi concedido (O fim para o qual Deus criou o mundo, §285, em A paixão de Deus pela sua glória, [Wheaton: Crossway, 1998]).


Além disso, ele diz, o nosso crescimento eterno em Deus será um crescimento mais e cada vez mais elevado através dessa duração infinita, e... sem diminuir (mas antes talvez aumentando) [de velocidade]... [para uma] altura infinita; apesar de que nunca haverá um momento particular em que se possa dizer que já se alcançou essa altura (§279).


Demorará um número infinito de séculos para que Deus termine glorificando as riquezas da sua graça para nós – o que é o mesmo que dizer que Ele jamais terminará de o fazer. E a nossa alegria aumentará para todo o sempre. Aborrecimento está absolutamente excluído na presença de um Deus infinitamente glorioso.


Cambaleante e alegre,

Pastor John