Persevere na oração

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Por John Piper Sobre Oração

Tradução por Desiring God


[...] regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração perseverantes [...].

Meu propósito simples e humanamente impossível nesta manhã com esta mensagem é que todos vocês sejam perseverantes na oração neste ano. Esse é o meu propósito porque é o que a Bíblia nos chama a ser. Meu texto é Romanos 12,12 que é parte de uma longa série de exortações. O texto declara que devemos nos “regozijar na esperança, ser pacientes na tribulação, na oração perseverantes (proskarterountes)”.

Sua versão poderia dizer: “constante na oração” ou “fiel na oração”. Todos esses termos tratam de aspectos da palavra perseverante. “Perseverante” é uma boa tradução. Todavia, há outra que utiliza o termo devotado. Essa palavra é usada em Marcos 3,9, onde se afirma: “Então [Jesus] recomendou a seus discípulos que sempre lhe tivessem pronto (proskartere) um barquinho, em virtude da multidão, a fim de não o comprimirem”. Um barco deveria ser separado — devotado — para o propósito de levar Jesus, caso a multidão o comprimisse. “Devotado” — dedicado para uma tarefa, designado para isso.

Agora, barcos apenas ficam a postos. Mas as pessoas não são dedicadas dessa forma. Quando a palavra é aplicada a uma pessoa, significa devotado ou dedicado no sentido não apenas de designação e nomeação, mas de ação para a tarefa nomeada e continuar a executá-la com determinação. Portanto, por exemplo, em Romanos 13,6, Paulo fala a respeito da função do governo nestes termos: “Por esse motivo, também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo (devotando-se), constantemente, a este serviço”. Ou seja, eles não são apenas designados por Deus para uma tarefa, mas são perseverantes nela.

O extraordinário a respeito dessa palavra é que cinco usos dela no Novo Testamento se aplicam à oração. Vejam, além de Romanos 12,12, há:


Portanto, poderíamos afirmar, com base nas Escrituras do Novo Testamento, que a vida cristã normal é uma vida de perseverança na oração. E você deveria perguntar a si mesmo: Sou perseverante na oração?

Não significa que oração represente tudo o que você faz. Como não significa que tudo o que um marido devotado à esposa faça é passar a maior parte do tempo com ela. Mas sua devoção à esposa influencia tudo em sua vida e faz com que ele se entregue a ela de modos diferentes. Portanto, ser perseverante na oração não significa que tudo que você realize é orar (embora Paulo diga em outro lugar assim: “orai sem cessar”, 1 Tessalonicenses 5,17). Isso denota que haverá um padrão de oração que parece ser perseverança na oração. Esse padrão não será o mesmo para todos. Mas será algo significativo. Ser perseverante na oração parece ser diferente de não ser perseverante na oração. E Deus sabe a diferença. Ele nos chamará para prestar contas: Somos perseverantes na oração? Existe um modelo de oração em sua vida que pode, com justiça, ser chamado de “perseverante na oração”?

Penso que a maioria de nós concordaria com alguns tipos de oração que não seriam classificados como “ser perseverante na oração”. Orar apenas quando as crises ocorrem em sua vida não seria um modelo de perseverança na oração. Orar somente nos momentos da refeição é um modelo, mas isso corresponde à exortação de Paulo à igreja para sermos “perseverantes na oração”? Uma oração concisa: Agora, vou me deitar para dormir. Oração no fim do dia, provavelmente, não é ser “perseverante na oração”. Orar dessa forma é errar o alvo: “Senhor, ajude-me”, estando você no carro quando procura um lugar para estacionar. Não é “ser perseverante na oração”. Todos esses exemplos são bons. Mas imagino que estaríamos de acordo que Paulo espera algo mais e diferente dos seguidores de Cristo quando declara: “Sejam perseverantes na oração”.

Não esqueçamos em tudo isso, como vimos na última semana, que a cruz de Cristo — sua morte no lugar dos pecadores — é o fundamento de toda oração. Não haveria outra resposta aceitável do porquê ou como oramos se Cristo não tivesse morrido em nosso lugar. É por essa razão que oramos “em nome de Jesus”.

Como tenho considerado os obstáculos para oração, alguns deles se enquadram na pergunta: por que orar? E outros se enquadram na questão como orar? Desejo focar nesta manhã na questão como. Não que a pergunta por que seja menos importante, mas me parece que podemos ter todas as nossas respostas teológicas apropriadas no que diz respeito a por que orar e ainda sermos muito negligentes e relapsos na vida de oração. Portanto, darei uma resposta sintética para a questão por que e em seguida focarei nas questões práticas como oro que irão instigá-lo a vivenciar novos estágios de “ser perseverante na oração” neste ano.

Por que orar?

Começo com três respostas breves por que devemos ser perseverantes na oração.

1. A Bíblia nos diz que devemos orar e devemos fazer o que Deus declara. Este texto, juntamente com outros, afirma: “Sejam perseverantes na oração”. Se não somos, somos desobedientes às Escrituras. É insensato e perigoso. Se a oração não é algo natural para você, considere-se um pecador normal como todos nós. Então, lute. Pregue para si mesmo. Não permita que seus pecados, fraquezas e inclinações mundanas o controlem. Deus declara: “Sejam perseverantes na oração”. Lutem por isso. 2. As necessidades em sua própria vida, na sua família, na igreja, outras igrejas, a causa da missão mundial e a nossa cultura de um modo geral são enormes e sérias. Em muitos casos, céu e inferno estão em jogo, fé e incredulidade, vida e morte. Lembre-se da dor e angústia de Paulo por seus compatriotas em Romanos 9,2 e lembre-se que, em Romanos 10,1, ele ora por eles sinceramente: “Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos”. A salvação está em jogo quando oramos. Você não saberá para que serve a oração até que saiba que a vida é uma guerra. Um dos grandes obstáculos para oração é que a vida é um tanto suavemente rotineira para muitos de nós. A frente de batalha está bem ali, mas aqui, na minha bolha de paz e contentamento, tudo está bem. Ó, meu Deus, abra nossos olhos para vermos e sentirmos as necessidades à nossa volta e o grande potencial de oração. 3. A terceira razão para orar é que Deus age quando oramos. E Deus pode fazer mais em cinco segundos que nós em cinco anos. Ó, como tenho aprendido isso durante estes cinco anos. Que coisa maravilhosa reclinar minha cabeça repetidamente e suplicar com Deus durante a preparação do sermão ou durante um aconselhamento de uma crise, ou com um testemunho em um diálogo ou reunião de planejamento ou chegar à descoberta após descoberta que não havia ocorrido até que orei. Que lição importante é eu me sentir agitado e ansioso para começar a trabalhar imediatamente, porque tenho muito que fazer e não sei como realizar tudo, mas compelir a mim mesmo a ser bíblico e sensato no que tange a dedicar tempo para dobrar meus joelhos com o intuito de orar antes de trabalhar e, enquanto estou de joelhos, ter ideias que vêm à minha mente sobre como lidar com um problema ou moldar a mensagem ou lidar com uma crise ou resolver um problema teológico e, desse modo, poupar-me horas e horas de trabalho e frustração de bater a cabeça contra a parede tentando descobrir o que veio em cinco segundos de iluminação! Não quero dizer que Deus nos isenta do trabalho árduo. Quero dizer que a oração pode tornar seu trabalho cinco mil vezes mais frutífero do que se você o fizesse sozinho.

Há mais. No entanto, essas são as três respostas por que orar: 1) Deus nos ordena a orar; 2) as necessidades são grandes e as coisas eternas estão em jogo; 3) Deus age quando oramos e com frequência faz mais em segundos do que poderíamos fazer em horas ou semanas ou, às vezes, anos.

Há muitas outras questões a serem respondidas sobre oração que não posso tratar aqui. É por isso que há longos capítulos sobre oração em O desejo de Deus e Os prazeres de Deus e Que as nações se alegrem e também porque há um livro completo chamado Fome de Deus: o desejo de Deus através da oração e do jejum. Especificamente, se você está lutando com a questão teológica: como o ato de orar pela salvação das pessoas se harmoniza com a eleição incondicional, então vá diretamente para as páginas 217-220 de Os prazeres de Deus.

Como orar

Mas para o restante de nosso tempo nesta manhã, quero falar a respeito de como orar. Desejo tentar inspirá-lo com as possibilidades e prática bíblica que você jamais considerou ou talvez tentasse e então falhou em perseverar. Falhou em “ser perseverante na oração”.

Esse é meu esforço: esboçar o que significa ser perseverante para orar sem a minha mente estreita ou sem a mente aberta. Somos todos muito diferentes. Nossos planejamentos são diferentes. Nossas famílias são diferentes. Estamos em diferentes estágios de vida com exigências distintas em nossos dias. Estamos em níveis distintos de maturidade espiritual e ninguém amadurece da noite para o dia. O que você poderá fazer em cinco anos em sua perseverança na oração poderá levá-lo a olhar em retrospecto e admirar como você sobreviveu a essa temporada de carência. Mas todos podemos nos mover adiante. Paulo ama escrever para suas Igrejas e afirmar: “Vocês estão trabalhando bem, mas façam mais e mais” (Filipenses 1,9 e 1 Tessalonicenses 4,1-10). E se há algum lugar onde o “fazer mais e mais” se aplica é em nossa perseverança para orar.

Vou propor estas sugestões práticas em cinco pares, cada um começando com uma letra diferente.

I — Informal e formal

Tenho em mente aqui a diferença entre oração ordenada e desordenada. Ser perseverante na oração significa que aquilo que você diz em seus momentos de oração com frequência será informal e desordenado e frequentemente ser formal e ordenado. Se você fosse apenas informal em suas orações, provavelmente, tornar-se-ia superficial e trivial. Se fosse somente formal em suas orações, talvez se tornasse mecânico e vazio. Os dois modos de oração são importantes. Não um ou outro, mas ambos.

Por informal quero denotar que sentirá com regularidade como se tivesse derramando sua alma a Deus e você o fará. Não desejará um roteiro ou pauta, listas ou livros. Terá tantas necessidades que elas transbordarão espontaneamente sem uma forma pré-estabelecida. Isso é bom. Sem essa informalidade, é duvidoso que tivéssemos uma verdadeira relação com Cristo. Você pode realmente imaginar um casamento ou amizade em que toda a comunicação é lida de listas ou livros ou expressa somente por textos memorizados. Seria artificial ao extremo.

Por outro lado, imploro a você que não pense ser tão espiritualmente profundo ou capaz, fértil ou disciplinado que possa orar sem a ajuda das formas. Tenho em mente quatro tipos de formas que espero que faça uso delas.

Primeira forma: a Bíblia. Ore a Bíblia. Ore as orações bíblicas. Nesta semana, estamos realizando nossas orações em torno da oração em Efésios 3,14-19.

14 Por esse motivo, ponho-me de joelhos diante do Pai, 15 de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra, 16 para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; 17 e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, 18 a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade 19 e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus.

Memorize essa passagem e ore com frequência sobre isso. Ore a oração do Senhor e, quando orar apresente, cada frase com suas próprias palavras e aplique-as às pessoas com quem você se preocupa. Ore as ordenanças da Bíblia: “Ajude-me. Ajude minha esposa, meus filhos, os presbíteros, nossos missionários”. “Quero amar o Senhor, ó Deus, com todo meu coração, minha alma e minhas forças”. Ore as promessas da Bíblia: “Ó, Senhor, use toda autoridade que é tua no céu e na terra e faça com que nossos missionários sintam a doçura da promessa de que o Senhor estará com eles até o fim da era”. Ore as advertências da Bíblia: “Ó, Senhor, conceda-me a capacidade de lutar contra a luxúria com a urgência que o Senhor ensinou quando disse, ‘arranca o teu olho e vá para o céu em vez de preservá-lo e ir para o inferno’”. Abra a Bíblia diante de você e coloque um cotovelo de um lado e outro de outro lado e ore cada parágrafo dela com contrição ou louvor. Com gratidão ou petição.

Segunda forma: listas. Ore por meio de listas. Tenho em mente listas de pessoas para interceder e listas de necessidades para orar a respeito. Se você pode se lembrar de todas as pessoas e necessidades que você deveria orar sem uma, você é Deus. Preciso ter listas. Algumas em minha cabeça e outras no papel. Memorizei o nome de setenta pessoas que oro por elas todos os dias. Mas não inclui a lista de pessoas que vieram às missões no presbitério para que eu e Noel oremos para cada uma toda noite por meio de uma lista. Isso não inclui a lista de nossos missionários que leio de uma relação. E são apenas pessoas, para não mencionar as necessidades que mudam em minha própria alma e na família, na igreja e no mundo, semana após semana. Portanto, eu lhe encorajo a usar listas de pessoas e de necessidades. Mantenha uma pasta de oração, páginas ou arquivos em seu notebook. Lembre-se de que estou falando sobre a segunda metade deste par: informalidade e formalidade. Não se esqueça do valor da liberdade. São os dois: ser informal e formal e não um ou outro.

Terceira forma: livros. Ore por meio de livros como Mobilização Mundial — um país diferente e a causa de Cristo nele — todo dia ou por dois dias. Que forma eficaz de ter um coração do tamanho do mundo e a visão da supremacia de Deus! Ore por meio de um livro como Extreme Devotion (Devoção Máxima). Um olhar em cada página na igreja sofredora e perseguida para cada dia do ano. Tome meu livro Que as nações se alegrem e abra as páginas 57-62 e ore pelos 36 aspectos que a igreja primitiva orou uns pelos outros. Pegue The Valley Vision (O vale da visão), um livro de orações puritanas, e ore o que os grandes santos do passado oraram. Somos tão insensatos por pensar que sozinhos veremos tudo o que a Bíblia tem a nos ensinar e todas as necessidades que devemos orar a respeito sem a ajuda de bons livros.

Quarta forma: modelos. Formule modelos de oração que lhe forneçam alguma orientação para fazer em primeiro lugar, em segundo e terceiro quando você dobrar seus joelhos. Um modelo, como já mencionei, seria organizar suas orações em torno de cada petição da Oração do Senhor. Um modelo que utilizo virtualmente todo dia é o modelo de círculos concêntricos, começando com minha própria alma, porquanto sinto o pecado e as necessidades mais intensamente e então me movo para a minha família e em seguida para a equipe pastoral e os presbíteros, e daí toda igreja. Nossos missionários, as necessidades gerais no corpo de Cristo como um todo e a causa de Cristo nas missões e cultura. Sem uma forma ou modelo como esse, tendo a ficar paralisado e não vou a lugar algum.

Desse modo, o primeiro par é informal e formal. Ele é desordenado com necessidades fluindo de maneira espontânea, agradecimentos e louvor; e o ordenado com auxílios como a Bíblia, listas, livros e modelos. Se você é “perseverante na oração”, buscará informalidade e formalidade em sua vida de oração.

S — Solitária e na comunidade

Ser perseverante na oração significará que você orará regularmente sozinho e orará na comunhão com outros cristãos.

É muito importante que encontremos Deus sozinho por meio de Jesus Cristo. Não há cristianismo sem confiança pessoal em Deus e a comunhão com ele mediante Jesus. Tudo é exibição, palhas e pretensão sem essa confiança e comunhão. Susana Wesley, com suas 16 crianças, costumava retirar seu avental na cozinha e todas as crianças aprendiam que isso significava silêncio ali. Crianças precisam aprender que mamãe e papai têm momentos com Jesus que são sagrados e não podem ser interrompidos. Encontre um lugar, planeje o tempo e ensine às crianças a disciplina.

Mas penso que orar na comunhão com outros cristãos é mais negligenciado que orar sozinho. Sozinho e em comunhão. O Novo Testamento é cheio de reuniões de oração comunitária. De fato, a maioria das orações no Novo Testamento é considerada em termos de reuniões de oração. Atos 1,14: “Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus e com os irmãos dele”. É algo típico que se encontra nesse livro. Atos 12,12, quando Pedro se livrou da prisão, “foi à casa de Maria, mãe de João, cognominado Marcos, onde muitas pessoas estavam congregadas e oravam”. Reuniões de oração eram normais e penso que eram normativas na igreja primitiva.

Ser perseverante na oração no Novo Testamento seguramente incluía orar com o povo de Deus. Como você está fazendo isso? Não é cristianismo evoluído. É cristianismo básico. Esta semana temos 30 minutos de reuniões de oração planejadas mais às oito horas de oração toda sexta-feira à noite. As opções têm o propósito de ajudá-lo a fazer um novo progresso. Durante o restante do ano, há reuniões de oração de 30 minutos por seis manhãs a cada semana; na quarta-feira, à noite, aos 15 minutos para as 18 horas. Então, há os pequenos grupos que se reúnem para oração e ministério. Há o domingo de manhã, que inclui oração em cântico e outras formas de orar. Se o ajuntamento para oração não for parte de sua perseverança na oração, faça deste ano um ano de avanço nessa direção. A oração deve ter os dois pares: informal e formal; sozinho e na comunidade.

D — Desesperadora e alegre

Ser perseverante na oração significará que você comparece diante de Deus em oração sempre desesperado e sempre alegre. Afirmo simplesmente que oração é um ambiente para encontrar a Deus com seus sofrimentos e temores os mais profundos e é um ambiente onde você encontra Deus com suas alegrias e agradecimentos os mais sublimes. O travesseiro que você usa para pôr seus joelhos quando se dobra diariamente diante do Pai será um travesseiro úmido de lágrimas. E, contudo, devido ao fato de Deus ser um Deus que ouve a oração, você dirá da mesma forma que o apóstolo Paulo: “entristecidos, mas sempre alegres” (2 Coríntios 6,10). E, com frequência, essa alegria irá sobrepujar os fardos deste mundo caído — como de fato deveria — e o fará desejar saltar de alegria. O Pai quer encontrar você nesses momentos também. Ser perseverante na oração em desespero e alegria; em jejum e festejo. Que não seja somente um ou nem somente o outro. Os dois são necessários.

B — Breve e longa

Tudo o que desejo falar aqui é uma oração breve e longa. Orações breves podem ser explosivas e mais vívidas e é exatamente o que elas se tornam de vez em quando. Se você é perseverante na oração, explodirá regularmente com orações breves de louvor, gratidão e petição e elas não durarão mais que uns poucos segundos. E se você é perseverante na oração, terá momentos em que permanecerá por longo tempo em oração ao Senhor. Às vezes, faço uma ligação rápida para Jesus e outras vezes gastamos uma noite juntos. Se você ama a Cristo e confia nele para tudo e o aprecia acima de tudo, você o encontrará frequentemente com breves orações explosivas e sempre com orações longas.

E — Espontânea e planejada

Qual é a diferença entre oração espontânea e planejada, “informal e formal ou “breve e longa”? Por oração “informal e formal”, quero expressar o conteúdo de nossas orações: a que fazemos quando oramos. Por “breve e longa”, quero significar a extensão de nossas orações. Por “espontânea e planejada”, quero denotar quando oramos.

Se formos perseverantes na oração, oraremos espontaneamente durante o dia. Sem cessar, conforme Paulo afirma. Em um constante espírito de comunhão com Cristo, caminhando no Espírito e conhecendo Cristo como uma presença contínua em sua vida. Nenhum plano irá lhe orientar quando conversar com ele. Isso acontecerá umas dúzias de vezes no decurso do dia. É normal e bom. É ser perseverante na oração.

Mas se você só tem isso, não o terá por muito tempo. O fruto verdadeiramente rico da espontaneidade cresce no jardim que é bem cuidado pela disciplina do planejamento. Por conseguinte, suplico a você que tenha seus momentos determinados de oração. Planeje isso para este ano. Quando você encontrará a Deus regularmente? Quanto tempo você vai separar? Eu o encorajo a começar todo dia dessa forma. Você está disposto a planejar um dia ou metades de dois dias, ou ainda dias ausentes, sozinho ou com um amigo ou sua esposa. Não para ler um livro, mas para orar por quatro ou oito horas. Como? Simplesmente lendo sua Bíblia e fazendo dela completamente sua oração. Cristo e eu temos tido nossos dias mais preciosos, distantes por tomar um breve livro da Bíblia e ler um capítulo e então pausar e orar esse capítulo em prol de nossa família e igreja. Em seguida, leio outro capítulo, oro e prossigo fazendo assim. Mas isso não acontece exatamente assim. Essa atividade precisa ser planejada. Não acontece de maneira espontânea. É organizado e é glorioso.

Desse modo, você terá essa atividade planejada. Hoje, a palavra de Deus para nós é: “Seja perseverante na oração”. Seja constante nessa atividade. Seja fiel na oração. Por quê? Deus nos ordena a fazê-lo. As necessidades são grandes, a eternidade está em jogo e Deus ouve e faz mais em cinco segundos que nós em cinco anos.

E como devemos ser perseverantes na oração? Com essas sugestões práticas. Sem elas a oração desaparece. Que a nossa oração seja…

I — Informal e formal

S — Solitária e na comunidade

D — Desesperadora e alegre

B — Breve e longa

E — Espontânea e planejada


Que o Senhor possa lhe dar graça e disposição para a súplica nesta semana de oração e no decurso do ano.