Intimidade Sexual e os Direitos sobre o Corpo do Cônjuge no Casamento

De Livros e Sermões Bíblicos

Revisão de 15h05min de 12 de julho de 2018; Pcain (disc | contribs)
(dif) ← Versão anterior | ver versão actual (dif) | Versão posterior → (dif)

Recursos relacionados
Mais Por John Piper
Índice de Autores
Mais Sobre Matrimônio
Índice de Tópicos
Recurso da Semana
Todas as semanas nós enviamos um novo recurso de autores como John Piper, R.C. Sproul, Mark Dever, e Charles Spurgeon. Inscreva-se aqui—Grátis. RSS.

Sobre esta tradução
English: Sexual Intimacy and the Rights over a Spouse’s Body in Marriage

© Desiring God

Partilhar este
Nossa Missão
Esta tradução é publicada pelo Traduções do Evangelho, um ministério que existe on-line para pregar o Evangelho através de livros e artigos disponíveis gratuitamente para todas as nações e línguas.

Saber mais (English).
Como podes Ajudar
Se você fala Inglês bem, você pode ser voluntário conosco como tradutor.

Saber mais (English).

Por John Piper Sobre Matrimônio
Uma Parte da série Taste & See

Tradução por Desiring God


Pensamentos na Aplicação de 1 Coríntios 7:3-5

O marido pague à mulher o que lhe é devido, e do mesmo modo a mulher ao marido. A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido; e também da mesma sorte o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. Não vos negueis um ao outro, senão de comum acordo por algum tempo, a fim de vos aplicardes à oração e depois vos ajuntardes outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência.

</blockquote>

Este é um conselho paradoxal para casais, e eu acho que Paulo sabe disso. Isto não dá a qualquer dos cônjuges o direito de exigir certos atos sexuais do outro, que ele ou ela não queira dar. É mais complexo do que isso. Siga o pensamento comigo.

O que é contraditório e delicado sobre esse texto é que, logicamente, não funciona. O que ele faz é chamar o casal para um profundo esforço para agradar o outro, sem decidir quem vai acabar recebendo o maior prazer, especialmente porque cada pessoa receberá prazer em não pedir que a outra faça o que a outra acha desagradável.

Aqui está o que eu quero dizer. Se o corpo dela é dele e o dele é dela e cada um tem autoridade sobre o corpo do outro, então ele tem autoridade para pedir-lhe que faça algo que ele acharia prazeroso, e ela tem o poder sobre o corpo dele para pedir-lhe que aumente seu prazer em não pedir que ela o faça.

Impasse.

Isso é vida real. Eu tenho lidado com isso no meu próprio casamento, e eu tenho visto em muitos casais. Logicamente, o texto leva a um impasse. E eu acho que Paulo sabia disso. Ele estava levando-os para além da lógica nesta questão.

Isto é uma analogia a Romanos 12:10, onde Paulo nos diz: "preferindo-vos em honra uns aos outros." Eu vou tentar honrá-lo e você tentará honrar-me, e quem terá o maior prazer de honrar o outro mais? É uma dança misteriosa do amor na comunidade cristã, à medida que abandonamos nossos direitos e demandas, e procuramos superar um ao outro não no que podemos obter, mas no que podemos dar.

Da mesma forma no casamento. Estamos buscando, principalmente, agradar ao outro. Ela quer agradá-lo, e por isso está propensa a dar o que ele deseja. Ele quer agradá-la, e por isso está propenso a não exigir o que ela acha desagradável dar. E vice-versa.

Eis aqui uma forma em que o paradoxo é quebrado.

A liderança do marido é definida por Paulo não principalmente como para exigir seus direitos, mas sim para dar a sua vida pelo bem de sua esposa (Efésios 5:25). Portanto, a conclusão predominante do paradoxo sexual é que o marido gentilmente e com ternura assume a liderança na tentativa de maximizar o prazer de sua esposa, levando seus anseios profundamente em conta, ao invés de pressioná-la à adaptar-se aos dele.

A aplicação prática de 1 Coríntios 7:3-5 não é resolvida pela lógica ou revezando a dominância masculina e a submissão feminina. É resolvida no mistério do amor que descobre mesmo aqui, quando nosso prazer físico é mais proeminente do que em qualquer outro lugar, "Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" (Atos 20:35). Há uma santa, humilde e abnegada competição para fazer o outro feliz ao máximo. O impasse lógico é quebrado pelo milagre da graça: Com Deus todas as coisas são possíveis.

Vivendo o mistério do amor com você,

Pastor John