A Coisa Mais Estranha que Jesus Disse

De Livros e Sermões Bíblicos

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English: The Strangest Thing Jesus Said

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Por Jon Bloom Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Andreia Frazão

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“Por que vocês não o trouxeram?” (João 7:45, NVI). Os fariseus ficaram exasperados por os guardas não terem ainda prendido e entregado Jesus. Como é que os guardas explicaram a sua falha? “Ninguém jamais falou da maneira como esse homem fala" (João 7:46, NVI).

Quando se chega ao capítulo sete de João, já Jesus se transformou num sério problema político e religioso na Palestina. Por onde passou, criou controvérsia. Algumas pessoas disseram que Jesus estava demonizado com paranoia (João 7:20). Alguns perguntaram-se seriamente se Jesus poderia ser o Profeta anunciado por Moisés (João 7:40; Deuteronómio 18:15–18), ou até Cristo (João 7:31, 41). Outros disseram que a hipótese de Cristo não podia ser verdadeira, visto que Cristo viria obviamente de Belém, e Jesus era da Galileia (João 7:42) — e claro que nenhum profeta alguma vez veio de lá (João 7:52).

Uma coisa que ajudou a alimentar os rumores entre as multidões foi este facto: apesar de tudo o que Jesus estava a dizer, os líderes judeus ainda não o tinham prendido. Seria isto um sinal de que até eles pensavam que Jesus podia ser Cristo (João 7:26)?

Quando este rumor chegou aos ouvidos dos principais sacerdotes e dos fariseus, estes decidiram extinguir esse rumor mandando prender Jesus, e foi precisamente isso que mandaram os guardas fazer (João 7:32). Os guardas, no entanto, regressaram de mãos vazias. Quando os líderes judeus lhes perguntaram porquê, os guardas responderam, “Ninguém jamais falou da maneira como esse homem fala” (João 7:46, NVI).

O Enigma da História

O eco desta frase reverberou ao longo da história. Nunca ninguém falou como este homem. A prova disto está no resultado histórico: as palavras de Jesus moldaram o curso da história mundial mais do que qualquer outra voz humana.

Visto como um fenómeno histórico, é uma coisa muito estranha. Como é que Jesus se torna o homem mais famoso da história? Dois mil anos depois, não existe ninguém cujas palavras tenham sido mais lidas, mais estudadas, mais citadas, mais debatidas, mais refletidas, ninguém sobre cujas palavras se tenha escrito e ensinado mais, traduzido para mais línguas, alimentado mais esforços de alfabetização em todo o mundo, e moldado mais diversas culturas que as palavras de Jesus de Nazaré.

Ao longo dos séculos, foram propostas várias teorias não-religiosas sobre a influência tenaz, maciça e cada vez mais global deste errante rabino judeu do século um, de origem camponesa e com discípulos comuns. Ninguém lhe fez justiça. Todas as explicações políticas, institucionais, económicas, sociais, culturais e psicológicas se provam reducionistas e demasiado simplistas. Não explicam porque é que as pessoas acharam Jesus tão cativante.

Quando se olha para tudo o que ele disse e ensinou, o que é que Jesus disse que foi historicamente tão profundo? Jesus disse que era Deus.

Jesus Declarou Ser Deus

Muitos tentaram argumentar que ele não declarou isto. As tentativas foram fúteis. O Novo Testamento, o registo mais fidedigno que temos das palavras de Jesus, é inequívoco nesta afirmação. Qualquer leitura honesta é inequívoca. E a reivindicação de divindade feita por Jesus é a única razão pela qual ele foi e continua a ser uma força tão incrível na história mundial. Ouçam algumas das suas inigualáveis afirmações.

A mulher da fonte disse a Jesus, “Eu sei que o Messias (chamado Cristo) está para vir. Quando ele vier, explicará tudo para nós”. Jesus respondeu, “Eu sou o Messias! Eu, que estou falando com você." (João 4:25–26, NVI). Jesus sabia que era o Messias Judeu anunciado.

Quando Jesus perguntou aos seus discípulos, “Quem vocês dizem que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. E que disse Jesus em resposta? ““Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus” (Mateus 16:15–17, NVI). Jesus não só afirmou que era o Messias, como afirmou que o título “Filho de Deus" e o uso que Pedro faz deste termo é clara e unicamente divino.

“Eu Sou”

Se aquilo não é convincente, isto deve ser. Quando Jesus estava a ser interrogado pelo Sumo Sacerdote durante o infame julgamento da meia noite, no momento em que a sua resposta ia conduzi-lo à crucificação ou livrá-lo desta, foi-lhe perguntado diretamente “Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito?” "Sou”, disse Jesus. “E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu.” (Marcos 14:61–62, NVI). Toda a gente naquela sala sabia perfeitamente a que é que Jesus se estava a referir: o divino Filho do Homem profetizado em Daniel 7:13–14, razão pela qual chamaram a isto blasfémia.

E o apóstolo João cita uma série de declarações em que Jesus afirma "Eu sou":

Alguma vez alguém falou como este homem?

A Maior Reivindicação Alguma Vez Feita

Talvez a mais poderosa declaração do tipo “eu sou” alguma vez feita por Jesus, aquela que captura a maior razão pela qual influenciou o mundo como nenhum outro homem, seja esta:

“Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?" (João 11:25–26, NVI).

Alguma vez alguém disse uma coisa destas? Porque haveria alguém de dar ouvidos a palavras tão absurdas? Não se trata da realização de um desejo. Multidões de pessoas em massa não seguem um homem louco. Só existe uma razão pela qual tais palavras algumas vez ganharam tração histórica: o túmulo de Jesus estava vazio naquela manhã de Domingo de Páscoa. Demasiadas pessoas testemunharam pessoalmente que Jesus tinha ressuscitado (1 Coríntios 15:6), demasiadas pagaram com as próprias vidas por afirmarem ter testemunhado que Jesus tinha ressuscitado, e demasiadas pessoas ao longo da história encontraram Jesus como uma presença e um poder reais e vivos, e encontraram a vida eterna nas suas palavras (João 6:68).

Jesus declarou ser Deus. Profetizou que seria morto e que ressuscitaria dos mortos três dias depois. Jesus foi morto e, três dias depois, o seu túmulo estava vazio. E centenas de testemunhas que não tinham nada a ganhar materialmente (e tudo a perder) ao afirmarem a ressurreição de Jesus afirmaram que era esse o caso.

Quem É Que Vocês Dizem Que É Jesus?

A breve imagem que vemos em João 7 captura o efeito controverso que Jesus de Nazaré tinha naqueles que entraram em contacto direto ou indireto com ele. E este é ainda o efeito controverso que Jesus tem naqueles que entram em contacto com ele atualmente. Alguns ainda o acham demoníaco, outros acham-no delirante, alguns acham-no deturpado pelos seus biógrafos e primeiros seguidores, e alguns acham-no divino.

Mas há uma coisa que não muda, Jesus não desaparece. Continuamos a falar sobre Jesus, para grande ira de certas autoridades que existem (Romanos 13:1). As pessoas continuam a tentar repetidamente enterrar Jesus, mas ele recusa-se a ficar morto. Jesus ainda fala e as suas palavras continuam a manter as pessoas vivas.

Só meia dúzia de discípulos o ouviram dizer, “Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão” (Mateus 24:35, NVI). Quão audaciosa pareceu esta declaração no dia em que foi feita? Quão ridículas pareceram estas palavras quando ele estava pregado na cruz, poucos dias depois? No entanto, agora, dois mil anos mais tarde, lemos estas palavras à luz do estranho, inesperado e ímpar impacto que Jesus teve na história. Deve fazer-nos refletir, forçando-nos a respondermos nós próprios à sua pergunta: “Quem vocês dizem que eu sou?” (Mateus 16:15, NVI).

Digam o que quiserem sobre Jesus, uma coisa é certa: nunca ninguém falou como este homem.