Seja uma Injeção Humana de Esperança
De Livros e Sermões BÃblicos
Por Jon Bloom Sobre Santificação e Crescimento
Tradução por Mônica Couto Valadares
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Encorajai-vos e edificai-vos uns aos outros. (1 Tessalonicenses 5:11)
Seu nome era José. Mas ele "também foi chamado pelos apóstolos Barnabé (que significa filho do encorajamento)" (Atos 4:36). José. Barnabé. Eu imagino que isso faria dele "Joe Encorajamento.” Não seria maravilhoso ser uma pessoa tão encorajadora que seus amigos simplesmente te chamam Encorajamento?
Coragem é a determinação de enfrentar uma ameaça terrível. E a coragem é alimentada pela esperança — uma esperança em algo mais forte do que aquilo que tememos.
O desânimo surge quando a nossa esperança se esvai. Começamos a nos acovardar diante do nosso medo. Quando este processo acontece, e acontece frequentemente, precisamos de uma injeção de esperança. Isso é encorajamento. Barnabé andava a dar às pessoas injeções de esperança, que as ajudavam a continuar combatendo o combate da fé (1 Timóteo 6:12).
Precisamos de pessoas Barnabé. Temos de ser um Barnabé.
Um Dilúvio de Desânimo
Vivemos em um dilúvio de desânimo. Crítica, desprezo, crítica e correção. É a língua nativa do nosso mundo decadente. Essas coisas saem muito mais facilmente da boca que afirmação e encorajamento, porque o coração do homem decadente tem uma abundância de orgulho (Mateus 12:34).
Nós, seres humanos, somos, por natureza pecaminosa, maldosamente críticos uns com os outros. Até fizemos da "crítica" uma profissão. A grande maioria das análises de pessoas, idéias, organizações, movimentos e governos, que ouvimos, seja na imprensa, em blogs ou à mesa ao nosso lado, são negativas. (Prepare-se para outro ciclo de eleições presidenciais.) Há, naturalmente, coisas que precisam legitimamente de crítica e correção. Mas a superabundância de negatividade deve-se, em grande parte, ao fato do olhar orgulhoso do coração humano decadente estar treinado para ver as fraquezas, deficiências, erros e pecados alheios. Procure e deleite-se neles. Ele até vê aqueles que não estão lá. Por que somos assim?
Ironicamente, uma das razões é que todos procuramos esperança para nós mesmos. A coragem vem da esperança. O desânimo instala-se quando a esperança se esvai. Assim, nós, humanos pecadores, estamos à procura de qualquer razão para aliviar nosso próprio desânimo e a culpa de nossas próprias falhas e pecados. Quando a fé no evangelho da Graça do Deus do encorajamento (Romanos 15:5) está ausente ou deficiente em nossos corações, olhamos para as falhas e pecados dos outros para nos sentirmos melhor.
Não devemos surpreender-nos, pois isso é o que acontece. O que mais poderíamos esperar de uma cultura em um mundo sob o governo do maligno (1 João 5:19)?
E não devemos nem nos surpreender quando a igreja cai numa quantidade desproporcional de negativismo desencorajador. O pecado que ainda habita em nós é assim dobrado e os cristãos estão sob constante ataque de forças espirituais do mal (Efésios 6:12). O discernimento crítico é necessário para a sobrevivência espiritual.
Mas, no caos da batalha, podemos facilmente ferir uns aos outros com fogo amigo crítico e esquecer que o encorajamento também é necessário para a sobrevivência espiritual.
Encorajamento É Guerra Espiritual
Encorajamento é guerra espiritual. Se quisermos encorajar alguém, teremos de lutar contra Satanás e contra o nosso próprio pecado.
O diabo está constantemente tentando nos desencorajar. Ele é o "acusador de [os] irmãos. . . que os acusa diante do nosso Deus de dia e de noite" (Apocalipse 12:10). E seus asseclas estão frequentemente lançando "setas inflamadas" de condenação, ciúme e ressentimento contra nós (Efésios 6:16). Resistam-lhes (1 Pedro 5:9)!
E a nossa natureza pecaminosa quer desencorajar os outros. Ele deseja a auto-exaltação mais do que qualquer coisa. Por isso, gosta de se concentrar nas fraquezas e pecados dos outros, por arrogância ou inveja. O orgulho é o motivo pelo qual muito do que pensamos, dizemos, interpretamos ou ouvimos sobre os outros é negativo e incrivelmente crítico.
Mas o "Deus do encorajamento" (Romanos 15:5) deu-nos a arma destinada a derrotar estes inimigos: "a espada do Espírito, que é a palavra de Deus" (Efésios 6:17). A Bíblia foi "escrita para a nossa instrução, a fim de que . . . pelo encorajamento das Escrituras mantenhamos esperança" (Romanos 15:4). E quando tivermos esperança, teremos coragem.
Um Chamado ao Povo de Barnabé
José foi chamado Barnabé muito provavelmente porque tinha um olho treinado para ver a graça de Deus no que quer que acontecesse. Independentemente da controvérsia teológica ou perseguição ou crise financeira ou crítica ou fracasso, Barnabé tinha uma esperança resiliente em Deus. Quando alguma ameaça desencorajava os seus amigos, ele lembrava-lhes constantemente das promessas de Deus de uma forma tão contagiante e esperançosa que a sua coragem se restabelecia.
E é assim que queremos ser. Temos de ser um povo Barnabé.
Barnabé são aqueles que absorvem e armazenam A Palavra de Deus (Salmo 119:11) e, ao fazê-lo, são capazes de andar e falar pelo Espírito (Gálatas 5:16). E quando falam, tendem a falar apenas o que "é bom para edificar, como convém à ocasião, para que dê graça aos que ouvem" (Efésios 4:29).
Não se trata de um apelo simplista para deixarmos de pensar criticamente e sermos simpáticos uns com os outros. Afinal, Barnabé, o modelo de encorajamento, tinha claramente uma espinha dorsal. Ele enfrentou Paulo por causa de Marcos (Atos 15:36-39). Mas caracterizava-se pelo encorajamento, não pela combatividade ou pela crítica.
Portanto, este é um apelo para que cultivemos a cultura do encorajamento onde quer que estejamos. É um apelo para que nos tornemos Barnabé, pessoas estranhas que são tão caracterizadas por serem encorajadoras que isso se torna parte da nossa identidade. O povo Barnabé dá graça àqueles que os ouvem. São, de uma forma geral, um fator de esperança para os desencorajados.
Se precisar de ajuda para se tornar uma pessoa Barnabé (como eu), uma das melhores e mais práticas coisas que já li sobre como encorajar os outros é Praticando a Afirmação por Sam Crabtree. Sam é um Barnabé, e um criador do povo Barnabé.
Mas tornar-se uma pessoa Barnabé começa realmente por pedir ao Deus do encorajamento que nos transforme em filhos do encorajamento, com discernimento capacitado pelo Espírito, para que deixemos as pessoas com quem interagimos hoje mais encorajadas do que quando as encontramos.
"Portanto, encorajai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Tessalonicenses 4:18).