Esperanças além do fardo que você carrega
De Livros e Sermões BÃblicos
Por Paul Maxwell Sobre Amar Outros
Tradução por Murilo de Oliveira
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As bênçãos de Deus, por muitas vezes, vêm com um fardo pesado em nossas vidas.
Nós envelhecemos e nos preocupamos com aqueles que são mais jovens do que nós. Dia após dia, mês após mês, ao levantar-se de cada amanhecer, nos tornamos responsáveis por um pouco mais. Por nossas amizades. Por nossas tarefas na igreja. Por nosso lar. Pelo nosso trabalho. Por nossos filhos. Nossos cônjuges. E carregamos cada um deles em nossos ombros. Nos dedicamos profundamente a eles. Nossos sentimentos mais profundos estão inteiramente ligados aos nossos "dependentes", no entanto, eles dependem de nós.
Um filho insensato é a ruína do pai, e uma esposa briguenta é uma chuva torrencial e contínua. Quem tem filho sábio nele se alegra. (Provérbios 19:13; 23:24)
Estamos entrelaçados em um tecido único, um único lugar - juntos daqueles que amamos, e com quem trabalhamos — onde Deus habita, e onde Ele faz suas obras: Nele vocês também estão sendo edificados juntos, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito" (Efésios 2:22).
Nossas tarefas são correlacionadas e correspondentes ao número daqueles que precisam de nós — para prover, dar conforto, para dar espaço, para se aconchegar mais perto, para ser obediente, para conversar, para segurar nossas línguas, para proteger, para deixar ir, para pagar por despesas médicas, para comprar presentes, para perdoar os erros. E parece nunca ter fim. Não existe o dia perfeito, mesmo depois de velho, ainda dirão: "Você já fez o suficiente."
Quanto mais nos importamos pelas pessoas e por mais pessoas nos importamos, somos tentados a começar a construir um templo para nós mesmos. Em um momento, proclamaremos para aqueles que confiam em nós, "Jesus Cristo [é] a pedra angular" (Efésios 2:20). Mas, com o passar do tempo, depois que pequenas pressões começarem a crescer diariamente, a vida não parecerá assim tão diferente de sermos nós mesmos a pedra angular. Sentimos o peso daqueles ao nosso redor se acumulando em nossas costas, e não nas costas do nosso Jesus.
Sentimos o peso de nossas famílias, nossas igrejas, nossos relacionamentos, como se fossem um haltere imperdoável de deveres, carregados com pesos de obrigações específicas, dobrando nossas colunas até o ponto de quebrá-las. O peso e as consequências de ultrapassar a linha de nossos limites, testam nossas forças. E, depois de um tempo, sentimos a tarefa da perfeição divina nos tentando — e nós a aceitaríamos, se pudéssemos. Sabemos que nossos dependentes são um presente de Deus. E ainda assim, sentimos que estamos apostando corrida com o tanque vazio.
A vida dedicada aos outros
Seria indulgente orar para voltarmos a ser jovens — despreocupados, livres, sem responsabilidades; sem fardos ou cicatrizes. "Jovens, eu escrevo a vocês, porque venceram o Maligno" (1 Joao 2:13). Esses desafios parecem nunca acabar, mesmo para os mais velhos.
Mas Deus, compreensivo em Sua compaixão e íntimo em Sua sabedoria, nos oferece graça com Seu conhecimento em nossos sentimentos oprimidos: "Até os jovens se cansam e ficam exaustos, e os moços certamente tropeçam, mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças" (Isaías 40:30-31).
O que isso significa? É uma rejeição banal da exaustão? Deus nos dá apenas mais uma tarefa — fé — além da nossa pilha de responsabilidades, dos nossos fardos e das expectativas daqueles ao nosso redor? "Você está cansado? Acredite que Deus é suficiente." Não. Esse não é um requerimento extra:
"Imediatamente, após a tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes celestes serão abalados. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem, e todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória. E Ele enviará os seus anjos, com grande som de trombeta, os quais reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus." (Mateus 24:29-31)
Os povos da terra — os chefes das indústrias, os de mentalidade mundana, os aventureiros, os que culpam os outros, o indulgente, os lobos, os exploradores de servos — esses lamentarão, porque o grande pastor irá reunir os escolhidos, nomear os que tiveram fé, para colher os Seus frutos. Ele traz grande alegria aos cansados que gastaram suas vidas pelos outros em Seu nome.
Esses não são apenas meros versos sobre o fim dos tempos — esse é Jesus virando a página para o capítulo final de sua vida e dizendo a todos Seus servos, cansados e implacáveis: “Vou destruir esta tela de projeção terrena que tão facilmente hipnotiza os fiéis com visões de glórias menores.”
O dia do descanso que se aproxima para àqueles que servem
A chegada do Filho do Homem é única, não porque Jesus fará algo diferente do que costuma fazer todos os dias, mas porque Ele deixa claro para todos o que Ele já vem fazendo todos os dias — derrubando as portas cósmicas do universo em nossas vidas para nos resgatar de tarefas inúteis e para revelar a beleza do nosso serviço diário que se tornou obscuro e sombrio em nosso cansaço.
"Aprendam a lição da figueira: quando os seus ramos se renovam e as suas folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está próximo. Assim também, quando virem todas essas coisas, saibam que o tempo está próximo, às portas." (Mateus 24:32-33)
Para os que ainda não nasceram, para os grisalhos, para os calvos, para os enrugados, para os que pagam contas, para os que empilham cadeiras, para os que rezam, para os pais, para os pais adotivos, para os pais adotados, para os amigos que perdoam, para os ingratos que cumprem tarefas, os últimos dias estão acontecendo em sua vida hoje.
"A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" (Filipenses 3:20). E até esse dia, não nos cansaremos mais em fazer "o bem a todos, especialmente aos [não] da família da fé." (Gálatas 6:10)
Nesse dia, quando Jesus vier, nós mostraremos a todos que os trabalhos em Seu nome não foram em vão, para louvar suas glórias, por aqueles que nos dedicamos: "Se trabalhamos e lutamos, é porque temos depositado a nossa esperança no Deus vivo, o Salvador de todos os homens, especialmente dos que creem." (1Timóteo 4:10). A sua recompensa virá na ressurreição dos justos. (Lucas 14:14).
Quando a vida nos pede para não parar, para sermos mais vigilantes, para darmos mais, para esperar por energias negativas, para cumprir com missões impossíveis, Deus nos oferece sustento em Seu amor, em Sua preocupação gentil, em Seus ensinamentos soberanos.
Não estamos sozinhos quando carregamos os fardos daqueles ao nosso redor, porque Deus alegremente nos carrega com Ele todos os dias exatamente como precisamos — sustentando-nos em Sua graça, mais do que nunca nos dias em que menos sentimos. Quando Cristo retornar, nós presenciaremos uma lamentação global entre aqueles que, imprudentemente deixaram de lado as bênçãos gratuitas de Cristo em suas vidas. E os servos fiéis e de fé generosa finalmente poderão descansar.