O que for preciso
De Livros e Sermões BÃblicos
Por Jonathan Parnell Sobre Santificação e Crescimento
Tradução por Juliana Gonçalves
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Precisamos de clareza sobre o significado da vida.
Quero dizer clareza não em termos de colocar a nossa teologia em ordem, ou saber o que dizer se o nosso pastor perguntasse, mas clareza em termos das perguntas que devemos parar e rotineiramente nos perguntarmos: "Porque estou a fazer isto? Qual é o objetivo? Para onde isto vai?”
Existe uma resposta direta para estas questões, mas vamos expor os critérios antes de chegarmos lá.
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Critério para Clareza
Primeiro, a clareza deve responder verdadeiramente ao significado da vida. Clareza de qualquer tipo nos fará pouco bem se não responder fielmente à nossa pergunta. Nós não precisamos de saber apenas o que fazer, mas como aquilo que fazemos se enquadra no propósito final por trás de todas as coisas. Precisamos de saber como a verdade das verdades nos faz diferença.
Segundamente, a clareza deve ser clareza real. A mais verdadeira clareza não adiantará se não nos ajudar a conectar os pontos. Quando nos perguntamos as questões de "Porquê? O quê? e Onde?" nós vamos nos tornar gradualmente descontentes com respostas vagas. Precisamos de saber do que se trata a vida, não teoricamente, mas seriamente. A minha vida, a tua vida- sobre o que são estas vidas?
Quanto mais nos focarmos aqui e colocarmos as nossas respostas a funcionar, mais sentiremos a inadequação dos nossos clichés Cristãos. Precisamos de uma resposta que funcione. Precisamos de uma reposta vívida o suficiente para obrigar os nossos corações a dizer: "Eu quero isso, custe o que custar."
O qualificador "Custe o que custar" é importante. Se nós não conseguirmos dizer isso, significa que existe um significado maior para qual a nossa resposta serve. A não ser que a nossa resposta aguente ao "Custe o que custar", será apenas um apêndice às nossas vidas, não uma visão que tudo consome.
Criando a visão
Colocando este critério junto, então, precisamos de uma resposta ao significado da vida que se alinha com a mais importante e abrangente verdade que existe e que seja concreta o suficientemente para ser um ponto de encontro sincero para a forma como vivemos.
Em outras palavras, como a maior das verdades no universo efetua uma visão duradoura da vida que inclui os altos e baixos das circunstâncias da vida real e é alcançada através deles?
Acredito que seja assim:
O significado da vida é experimentar e mostrar Jesus como a suprema satisfação das nossas almas.
Seriamente. Eu acredito que seja isso. Esse é o significado da vida. E agora, referindo de volta aos critérios, me deixe lhe mostrar o porquê.
O grande propósito
A mais importante e abrangente verdade do universo, é que tudo existe para a glória de Deus. Esse é o tema retumbante da bíblia.
É por isso que Deus faz um povo para si mesmo: "... ao povo que formei para mim mesmo a fim de que proclamasse o meu louvor" (Isaías 43:21).
Por isso que ele os perdoa: "Por amor ao meu nome eu adio a minha raiva... Por amor a mim mesmo, por amor a mim mesmo, eu o faço... Não darei a minha glória a outro" (Isaías 48:9, 11).
Por isso que Ele os deixa gloriosos: "O seu povo será justo... a obra das minhas mãos para que eu possa ser glorificado" (Isaías 60:21).
Por isso que ele os lidera: "Vocês lideram o vosso povo, para fazer de si um nome glorioso" (Isaías 63:14).
Por isso que ele espalha o testemunho deles: "Eles declarão a minha glória entre as nações" (Isaías 66:19).
O estudioso do novo testamento Greg Beable afirma que a glória de Deus é o grande objetivo do fim do tempo de todo o enredo bíblico. Ele escreve que "O objetivo de Deus em tudo é se glorificar e aproveitar a glória para sempre" (NTBT, 961).
A Face da Glória
Por isso, é claro, a clareza no significado da vida deve vir disso. Esse é a primeira parte dos critérios. Mas como é que isso se enquadra na segunda parte? Como é que uma verdadeira resposta é realmente clara?
Começa com entender que a glória de Deus tem uma face.
É aqui onde devemos diferenciar a glória de Deus de uma ideia abstrata de uma ideia concreta. É aqui quando paramos de imaginar a glória de Deus apenas como uma luz brilhante e ofuscante cobrindo o céu, em vez disso, deixar que Ele desenhe a imagem para nós. O escritor para os Hebreus nos diz que Jesus é "o resplendor da glória de Deus, a expressão exata do seu ser" (Hebreus 1:3). Paulo diz que Jesus é aquele em que "plenitude da divindade habita corporalmente" (Colossenses 2:9). O apóstolo João escreve que "A Palavra se fez carne e habitou entre nós, e nós vimos a sua glória" (João 1:14).
Jesus é a demonstração mais vívida que existe de Deus, tal como ele próprio disse: "Aquele que me vê, vê o pai" (João 14:9).
E isto significa, em uma maneira profundamente pessoal para nós humanos, que a mais importante e abrangente verdade do universo é Jesus, o humano-divino. Nada é maior do que o facto que Jesus é real e o que ele representa.
O que dizemos
Para viver a glória de Deus é testemunhar a glória de Deus. Não existe possibilidade de glorificarmos a Deus ao contornar Jesus. Isso não acontece. Nós vivemos para a glória de Deus dizendo algo sobre o seu Filho. Então, o que dizemos?
Nós dizemos, em palavras e atos, que Jesus é a suprema satisfação das nossas almas.
Isso, como nenhuma outra coisa, exala Jesus como o único e glorioso Salvador que Ele é. A fome que corrói o coração humano, a parte mais profunda de nós, se entrega à sua festa apenas na sua beleza. A busca insaciável por onde nós pertencemos encontra a sua casa apenas no seu amor. O trabalho incansável para ganhar o favor de Deus encontra o seu descanso apenas na sua graça.
Este é o sentido da vida: Viver cada dia para experimentar e mostrar Jesus como a única satisfação suprema das nossas almas. Agora, isso funciona?
Colocando para funcionar
Devemos nos focar aqui. Esta resposta é algo que devemos contornar? Ela se mantém estável mesmo através da montanha-russa das circunstâncias da vida real?
Isso faz enfaticamente, e não apesar de diversas circunstâncias, mas através delas.
Na verdade, são as diversas situações das nossas vidas que nos convidam a testemunhar a abundância da glória de Jesus. É através dos ganhos e perdas, triunfos e contratempos, que Jesus nos mostra suficientemente para nós. Sofrer não é uma nota de rodapé para o sentido das nossas vidas, mas o caminho para perceber o verdadeiro significado. Quando nós sofremos, é porque Deus nos trouxe até lá para mostrar que Jesus é de valor superior, que a esperança Dele é superior a qualquer comparação, que a sua proximidade é suficiente (Filipenses 3:8; 2 Coríntios 4:17; 2 Timóteo 4:17-18).
O sentido da vida é experienciar e mostrar Jesus como a satisfação para as nossas almas- e sentir isso, mostrar que, dizer isso, viver isso, é a única coisa que devemos nos unir a todo o custo. Esta é a única coisa que nós conseguimos dizer, fielmente: "Eu quero isso, custe o que custar."
Para mim viver é Cristo, e morrer é lucro. Eu considero tudo como perda por causa do valor superador de conhecer Cristo Jesus, meu Senhor. (Filipenses 1:21; 3:8)