Vencendo as Dificuldades do Evangelismo

De Livros e Sermões Bíblicos

Revisão de 13h15min de 11 de setembro de 2014; Pcain (disc | contribs)
(dif) ← Versão anterior | ver versão actual (dif) | Versão posterior → (dif)

Recursos relacionados
Mais Por Kevin McKay
Índice de Autores
Mais Sobre Evangelismo
Índice de Tópicos
Recurso da Semana
Todas as semanas nós enviamos um novo recurso de autores como John Piper, R.C. Sproul, Mark Dever, e Charles Spurgeon. Inscreva-se aqui—Grátis. RSS.

Sobre esta tradução
English: Overcoming Objections to Evangelism

© 9Marks

Partilhar este
Nossa Missão
Esta tradução é publicada pelo Traduções do Evangelho, um ministério que existe on-line para pregar o Evangelho através de livros e artigos disponíveis gratuitamente para todas as nações e línguas.

Saber mais (English).
Como podes Ajudar
Se você fala Inglês bem, você pode ser voluntário conosco como tradutor.

Saber mais (English).

Por Kevin McKay Sobre Evangelismo

Tradução por Editora Fiel


Nossas igrejas amam ver conversões e ouvir testemunhos. Mas por que elas não querem compartilhar o evangelho?

Objeções Vencidas

Aqui há três objeções comuns ao evangelismo que ouvi pessoas oferecerem, e algumas orientações para ajudar os nossos membros a vencê-las.

1. Eu não sei o que dizer.

Objeção 1: “Eu não sei o que dizer.” As pessoas fazem essa objeção por não conhecerem o evangelho bem o suficiente para compartilhá-lo. Possivelmente, ninguém na sua igreja verbalize de fato essa objeção, mas é possível que elas sintam essa objeção. Elas fazem o seu melhor, convidando amigos para irem à igreja e orando por eles.

Qual é a solução? Nós podemos inspirar confiança em nossos membros, certificando-nos de que eles entendem o evangelho, e ensinando-os a explicá-lo.

Na igreja que eu pastoreio, nós perguntamos a cada pessoa quem deseja explicar para a igreja o evangelho. Isso ajuda a garantir que a membresia seja regenerada, mas também é como começamos a treinar os nossos membros para o evangelismo. Alguns membros têm dificuldade de explicar o evangelho, e essa luta para explicar leva-os a ouvir mais atentamente os sermões, ou a ler um livro como "O que é o Evangelho?" de Greg Gilbert (Fiel).

Outros compartilham o evangelho com clareza, e eu simplesmente respondo à explicação deles com algo do tipo: "Louvado seja Deus. Você tem um bom entendimento do evangelho. Eu encorajaria você a procurar e a orar por mais oportunidades de compartilhar o evangelho com outros".

Outra maneira de atender a essa objeção é usar todos os sermões para compartilhar o evangelho com não-cristãos, e isso catequiza toda a nossa congregação no evangelho. Eu quero pregar as verdades do evangelho ao longo da mensagem, mas também quero que eles ouçam o evangelho resumido de uma maneira que possa ser facilmente reproduzido em um minuto ou dois.

Se existe uma coisa que cristãos devem ser capazes de explicar é o evangelho. Se nós não pregamos o evangelho claramente no domingo, então como podemos esperar que os nossos membros o preguem durante a semana?

2. Eu não quero.

A objeção 2 é um simples "eu não quero". Essa é outra objeção que é mais frequentemente sentida do que verbalizada. Em nossa igreja, tentamos abordar isso na pregação, nos relacionamentos de discipulado e nas orações.

Dessa forma, estamos exortando uns aos outros e pedindo ao Espírito que concentre as nossas mentes e corações na eternidade, e que vejamos as pessoas a partir dessa perspectiva.

3. Eu não sei o que fazer.

A objeção 3 é um honesto "eu não sei o que fazer". Alguns membros conhecem bem o evangelho e querem compartilhá-lo. No entanto, eles são tão acostumados a pensar em um programa ou sistema que fará o evangelismo acontecer, que se acham frustrados pela sua falta de evangelismo. Eles não evangelizam porque não têm tempo para criar um novo evento. Ou, em igrejas como a nossa, eles não conseguem encontrar os programas que funcionarão para eles.

Mas o corpo da igreja é o programa de Deus para o evangelismo. Jesus disse que as pessoas saberiam quem eram os seus discípulos pela maneira como amamos uns aos outros (Jo 13.34-35).

Então nós dizemos aos nossos membros para alcançar os amigos incrédulos vivendo como fiéis membros de igreja que amam uns aos outros em Cristo, e depois convidando esses amigos para serem parte de suas vidas. O Espírito usa isso para tornar o evangelho audível.

Um amigo que serviu como missionário na Ásia Central entre muçulmanos me disse que a sua equipe havia descoberto “a bala de prata” para converter muçulmanos: prolongada exposição à Bíblia e prolongada exposição a cristãos. Esse princípio funciona em todo lugar, porque Deus opera através da sua Palavra e do seu povo.

Por sua graça, nós vimos um rapaz que foi criado como ateu começar a se abrir para o cristianismo devido aos casamentos que ele via na igreja, e mais tarde, se achegou à fé. Vimos também um rapaz criado em um lar cristão perceber que ele não era um cristão, pois ele viu os membros da nossa igreja se comprometendo a viverem vidas santas juntos, de uma maneira que ele não se comprometia. Como Francis Schaeffer disse certa vez: o cristianismo é uma questão individual, mas não individualista.[1] Ao convidar pessoas para testemunhar a vida coletiva da igreja, não-cristãos obtêm uma visão mais ampla do próprio evangelho.

O poder do testemunho coletivo da igreja não substitui completamente o aspecto pessoal do evangelismo. Mas serve para vencer o obstáculo específico de não saber como começar uma conversa. Conversas evangelísticas frequentemente nascem da apologética atrativa que é a vida cristã. Quando as nossas vidas personificam a sã doutrina, elas ajudam a dar sentido ao que é bom e correto no mundo, da mesma maneira que a doutrina do pecado dá sentido a tudo o que é errado no mundo.

Não são apenas os novos cristãos que querem compartilhar a sua fé. São cristãos que crescem juntos no conhecimento e no amor pelo evangelho, que querem ser mais do que meros espectadores — e assim eles falam.


[1] Francis Schaeffer, The God Who Is There (InterVarsity Press, 1998), 176.