Não há vergonha na perda

De Livros e Sermões Bíblicos

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English: There Is No Shame in Loss

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Por Jasmine Holmes Sobre Sofrimento

Tradução por Jacy Probst

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Sobre abortos espontâneos e anúncios

Não gosto de anunciar gravidezes ao meu marido.

Nas duas vezes, saí do banheiro com o bastão na mão, uma expressão de choque no rosto e comecei a chorar. Na primeira vez chorei porque estávamos casados havia cinco semanas e agora já éramos pais, na segunda, foi porque apenas nove meses antes, senti a vida que eu carregava escapar de mim antes mesmo que meu bebê tivesse um nome.

Nas duas vezes o meu marido me abraçou garantindo que estava feliz por ser pai e me guiou por todas as emoções que vêm da maternidade precoce. A segunda vez, porém, estava repleta de campos minados emocionais da maternidade precoce após uma perda. E uma das maiores questões em minha mente nestes dias de formação tem sido, Quando devemos contar às pessoas?

Tabela de conteúdo

O "Sociotropa"

Agora, antes que o leitor me critique como uma Millennial egocêntrica cujo único pensamento é como eu apareço nas redes sociais, deixe-me explicar: na nossa última gravidez, nós gritamos aos quatro ventos que estávamos com apenas cinco semanas. Nosso namoro estava ruim, e achamos que estávamos com sete semanas, mas, não importa como você interprete a história, pois nós a terminamos antes do normal. Nossa lógica era que queríamos honrar a vida que crescia dentro de mim o mais rápido possível, e embora soubéssemos o risco de aborto espontâneo, queríamos proclamar, através de qualquer dor potencial, que uma bela obra havia começado (Salmo 139:1).

Terminamos tendo que gastar o dinheiro que tínhamos, logo duas semanas depois quando o técnico de ultrassom mexeu desajeitadamente no transdutor e murmurou mais para a tela embaçada do que pra nós: "Deveria haver uma batida de coração agora, mas não estou ouvindo nada".

Vivenciamos então o que muitos descrevem como o pesadelo de ter que recontar uma notícia emocionante.

A Segunda Vez

E aqui estamos nós novamente. Nosso bebê tinha batimentos cardíacos, uma data prevista para o parto e, dessa vez, estava se formando uma pequena barriga de grávida, e, ainda assim, o Facebook permaneceu em silêncio sobre esse fato.

Contamos à nossa família, aos nossos amigos e — depois que os enjoos matinais começaram a transparecer no meu rosto — aos meus colegas de trabalho, para que não pensassem que eu estava sujeitando os alunos do ensino fundamental e médio que eu os lecionava com a uma gripe nefasta, e além do mais, o Instagram estava sem mensagens.

Meu marido se distanciou bastante das redes sociais no início deste verão. Ele deixou o Twitter de lado e tornou sua conta no Facebook mais exclusiva e desde então vem lutando entre a variação de proclamações públicas e vida privada. Não fiz tal promessa, mas meu perfil no Twitter também ficou mais silencioso, assim como meu perfil no Facebook, com o início de ano letivo desafiador.

E além do mais o nosso bebê começou a crescer.

Pais Novamente

A decisão sobre quando anunciar uma gravidez tornou-se cada vez mais complexa. Onde o hábito costumava ditar para aguardar até o segundo semestre, a conscientização sobre o aborto espontâneo, e os danos do silêncio, aumentaram. Uma rápida pesquisa no Google e encontrará incontáveis artigos de mães que não tinham vergonha de expressar em voz alta a alegria da gravidez e a tristeza do aborto espontâneo, e eu era uma delas.

Embora algumas mulheres sentem–se envergonhadas sobre anúncios precoces de aborto espontâneo, eu me senti feliz por compartilharmos notícias do nosso primeiro bebê. Se tivéssemos esperado as doze, catorze, dezesseis ou vinte semanas, que alguns consideram necessárias, teríamos que dar notícias sombrias ou eu estaria sofrendo em silêncio.

Minha primeira criança fez de mim uma mãe e eu estou muito contente por ter fotos felizes minhas segurando aquele primeiro resultado de ultrassom com o sorriso bem grande no meu rosto. Mas, quanto mais eu aguardava para anunciar a minha segunda gravidez, mais as pessoas presumiam que eu havia aprendido a lição com a primeira e que não cometeria o mesmo erro de anúncio antecipado novamente. "Sei que deve ser muito difícil contar", um amigo muito querido me disse quando eu dei a notícia.

Nada poderia estar mais longe da verdade!

Quem se importa com o que as pessoas pensam?

Eu sou a mais velha de nove filhos americanos negros criados em casa. Não fui criada para se importar com o que as pessoas pensam, mas fui criada para dar honra à vida. Pra mim anunciar uma gravidez precoce não é uma questão de atenção, alarde ou potencial sofrimento, pra mim é sobre falar para as nossas futuras mãe que, "A gravidez é maravilhosa, se você quiser anunciá–la no minuto em que vir um sinal positivo, tudo bem, pois há uma vida ali e não há vergonha em anunciar uma perda".

Pra mim, quanto mais eu percebia que, mesmo para aqueles mais próximos, a ausência de um anúncio era interpretada como: "Da última vez eu me precipitei muito pessoal", me senti motivada a anunciar logo de novo, porque, embora a minha caminhada cristã exija que eu dê as costas ao que o mundo pensa, ela também requer que eu proclame a santidade de uma pequena vida que cresce.

Quando anunciar

Então, quando uma gravidez deve ser anunciada?

Eu criei a minha própria resposta para esta pergunta como todas as mães fazem e eu não sinto que esta resposta se aplica a todas as pessoas. Mas eu quero deixar algo claro que, pra mim e para as pequenas vidas que estão crescendo dentro de mim, seja este anúncio um teste de gravidez positivo, o primeiro ultrassom do bebê, a primeira foto da barriga da mãe ou a grande revelação do sexo do bebê – não há vergonha na perda, assim como não há vergonha no amor de mãe.

Eu estou grávida novamente, nós demos o nome do nosso primeiro bebê de Hosea e nós amávamos muito àquela criança. Já a segunda, nós agora a chamamos de "jujuba", e enquanto eu supero o obstáculo do meu primeiro trimestre, fico feliz em falar pra vocês que, o que quer que venha a acontecer eu estou feliz em ser a mamãe de ambos.