A Maternidade é uma Maratona

De Livros e Sermões Bíblicos

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English: Motherhood Is a Marathon

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Por Emily Schuch Sobre Paternidade

Tradução por Camila Milet Leal

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Eu queria fazer grandes coisas para Deus.

Na primavera do meu último ano de faculdade, à beira de embarcar em minha própria jornada para a vida adulta, meu futuro estava indeciso — e isso era ao mesmo tempo, aterrorizante e emocionante. Como estudante de Filosofia, meu caminho era mais estreito do que eu havia imaginado, mas tinha certeza de que isso me levaria a uma grande e gloriosa aventura.

Eu sabia que o principal objetivo do homem era glorificar a Deus e desfrutá-lo para sempre. “Glorificar” parece um termo tão grandioso. Desperta imagens de sacrifícios no campo de batalha ou nas linhas de chegada de maratonas. Então, eu pensei que tinha que fazer coisas espetaculares para Deus. Mas, anos depois, não as fiz e não as faço. Devo fazer coisas pequenas e ordinárias para Deus e isto é, de certa maneira, muito mais difícil.

Como mãe e dona de casa, a coisa mais aventureira e notável que faço é conseguir sair de casa com as crianças. Há uma regularidade e repetitividade quase entorpecentes nos meus dias. Cozinhe, limpe, troque fraldas, guarde os brinquedos, e depois acorde e faça tudo de novo. Posso me cansar da monotonia — da mesmice das minhas tarefas, dos pratos que lavei inúmeras vezes, da roupa que tenho a certeza que acabei de dobrar, do chão que parece nunca ficar limpo. Salomão falou sobre “vaidade de vaidades” (Eclesiastes 1:2), e às vezes me pergunto se ele tinha em mente os afazeres domésticos. De qualquer maneira, posso certamente entender o que ele quis dizer quando disse: “Todas as coisas trazem canseira” (Eclesiastes 1: 8).

Eu posso me perguntar, assim como ele, Qual é o sentido de tudo isso?

Viva Verdadeiramente, Morra Diariamente

Eu era recém-casada no meu primeiro e último semestre da faculdade, tentando satisfazer o desejo de me tornar alguém e viver de acordo com o meu potencial, quando Deus voltou o meu coração para o lar e o chamado da maternidade.

“Chamado” é outra palavra que soa grandiosa, mas para o cristão, ela tem um significado mais humilde. Cada um de nós é chamado a morrer para nós mesmos. Jesus disse aos seus discípulos: “Chegou a hora de o Filho do homem ser glorificado” (João 12:23). Mas o que vem a seguir não é o que esperaríamos, algo que não soa tão glorioso assim.

“Em verdade lhes digo que, se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas, se morrer, dará muito fruto.” (João 12: 24)

Jesus está nos dizendo que a morte é o caminho para a vida, que a humildade é o caminho para a glória. Este é o caminho que ele traçou para seguirmos.

Mães Mudam o Mundo

Eu decidi me entregar ao chamado da maternidade, pois queria mudar o mundo. Eu acreditava que se eu quisesse causar um impacto para o reino de Deus, fazer algo verdadeiramente grandioso, então eu derramaria a minha vida, não para perseguir meu próprio sucesso ou aclamação, mas para levantar a próxima geração para ser luz neste mundo tenebroso. Se eu realmente quisesse fazer algo de mim mesma, eu me multiplicaria — não apenas fisicamente, mas também espiritualmente.

Este é o chamado da maternidade, é cair no chão e morrer para que possamos dar muitos frutos. Esta é a visão gloriosa por trás de toda a monotonia. O problema é que isto é algo ilusório; tão facilmente obscurecido pelos matagais do cotidiano, e pelos vales do mundano e do doméstico.

Em nosso trabalho diário como mães, nos encontramos com a nossa maldição e a nossa redenção, presas em algum lugar entre o já e o ainda não. Através do pecado, todas as coisas foram submetidas à futilidade, mas através de Cristo, todas as coisas estão sendo restauradas (Romanos 8:18-30). Para viver vidas verdadeiramente espirituais e que glorifiquem a Deus, devemos, todos os dias, recuperar como Santo o que a queda tornou amaldiçoado; isto inclui o esforço do trabalho diário, e o trabalho doloroso e cansativo de ter e de criar os filhos. Nada em nossas vidas é secular ou inútil agora. Todo o terreno em que pisamos é santo, e todo o trabalho em que colocamos as nossas mãos é obra santa, enquanto vivermos e trabalharmos para a glória de Deus.

Não é uma corrida de 100 metros

O problema é que nem sempre sentimos que é algo Santo, e certamente não parece Santo. Parece bruto, não refinado e confuso. Mas nós somos aqueles que andam por fé e não pelo que vemos (2 Coríntios 5:7). A maternidade é uma maratona e não uma corrida de 100 metros. A linha de chegada está longe e os frutos do nosso trabalho demoram a chegar. Diante de nós, encontramos pequeninos que são tão indefesos, tão necessitados, tão focados em si mesmos, que pode ser difícil de enxergá-los como qualquer outra coisa. Mas se pudermos imaginar os homens e mulheres piedosos em que um dia poderão se tornar pela graça de Deus — o tipo de homens e mulheres que este mundo tão desesperadamente precisa — se pudermos nos agarrar, firme e desesperadamente, a essa visão, lembraremos do grande propósito por trás de nossos sacrifícios diários.

Lembraremos que estamos nos esforçando em direção a um objetivo, trabalhando em nosso lar, para que seja um lugar onde nossos filhos possam encontrar Jesus. Perseveramos no nosso trabalho muitas vezes monótono, para criar um lugar de paz, de amor, de graça — um terreno fértil para a renovação das preciosas almas que Deus nos confiou. Esta é a nossa grande e gloriosa tarefa evangélica, que se manifesta de formas tão pequenas e humildes.