Conflito cristão

De Livros e Sermões Bíblicos

(Diferença entre edições)
Pcain (disc | contribs)
(Criou nova página com '{{info|Christian Conflict}}<br> ====Cinco maneiras de combatê-lo==== Eu gostaria de nunca ter que lidar com conflitos. Sou um pacífico de carteirinha, seja qual for o mo...')
Edição posterior →

Edição tal como às 20h08min de 6 de junho de 2025

Recursos relacionados
Mais Por Josh Squires
Índice de Autores
Mais Sobre Santificação e Crescimento
Índice de Tópicos
Recurso da Semana
Todas as semanas nós enviamos um novo recurso de autores como John Piper, R.C. Sproul, Mark Dever, e Charles Spurgeon. Inscreva-se aqui—Grátis. RSS.

Sobre esta tradução
English: Christian Conflict

© Desiring God

Partilhar este
Nossa Missão
Esta tradução é publicada pelo Traduções do Evangelho, um ministério que existe on-line para pregar o Evangelho através de livros e artigos disponíveis gratuitamente para todas as nações e línguas.

Saber mais (English).
Como podes Ajudar
Se você fala Inglês bem, você pode ser voluntário conosco como tradutor.

Saber mais (English).

Por Josh Squires Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Lorrayne Gomes Molina Gromann

Review Você pode nos ajudar a melhorar por rever essa tradução para a precisão. Saber mais (English).



Tabela de conteúdo

Cinco maneiras de combatê-lo

Eu gostaria de nunca ter que lidar com conflitos. Sou um pacífico de carteirinha, seja qual for o motivo (caráter, contexto, pecado, etc.). Prefiro fugir do conflito do que enfrentá-lo de frente. Foi só quando comecei meu treinamento como conselheiro, aos quase trinta anos de idade, que alguém explicou que o conflito não necessariamente causava danos. Na verdade, era possível entrar em conflito com uma pessoa e, depois disso, sentir-se mais próximo dela.

Essa foi uma ideia revolucionária para mim. No entanto, lidar com conflitos de forma habilidosa não é fácil. Requer dedicação, persistência e disposição para perdoar quando as coisas degringolam. Em outras palavras, isso espelha o restante de nossa caminhada cristã.

As Escrituras têm algo a nos dizer a esse respeito. Ao estudar Colossenses 3:12–17, fiquei impressionado com o fato de que esses atributos — que devemos cultivar em nossas vidas como cristãos — devem ser exercidos tanto externamente (para o mundo) quanto internamente (para nossos irmãos e irmãs cristãos). Acredito que Colossenses 3:12 especificamente nos oferece um roteiro de como deve ser a luta dos cristãos lado a lado e uns com os outros:

1. Compaixão

Não é de se surpreender que a compaixão seja o primeiro atributo mencionado por Paulo. A compaixão é a emoção mais frequentemente atribuída a nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Mateus 20:34; Marcos 1:41; Lucas 7:13; Mateus 9:38; 14:14; 15:32; Marcos 6:34; 8:2).

Ser compassivo significa sentir-se profundamente tocado pelo estado do outro. Para sermos tocados pela condição de alguém, devemos lutar para entender sua condição. Significa apressar-se para ouvir em vez de falar (Provérbios 18:13). Significa estar disposto a entender como ele foi ferido, mesmo quando foi você quem o feriu. Isso é especialmente difícil quando ambas as partes sentem que foram injustiçadas. No entanto, é um sinal de maturidade espiritual ser o primeiro a deixar de lado (mesmo que apenas temporariamente) os próprios sentimentos para ouvir os de outra pessoa.

2. Bondade

Bondade é compaixão em ação. Esteja disposto a mostrar por meio de suas ações que, mesmo em meio a conflitos, vocês ainda se amam e importam-se um com o outro. Nada pode agravar um conflito mais rapidamente do que um revirar de olhos, um dar de ombros ou um suspiro fora de hora. A linguagem corporal e o tom de voz são cruciais para comunicar cuidado em tempos de tensão. Ser gentil também significa vigiar seus pensamentos e suas palavras. A comunicação construtiva é frequentemente prejudicada de antemão, à medida que ambas as partes remoem seus próprios pensamentos e sentimentos de mágoa e raiva.

Confronte esses pensamentos. Lembre-se de que você também é um pecador que precisa desesperadamente da graça (Romanos 3:23). Ore agradecendo pelo perdão de Deus em sua vida e implore ao Senhor que você reflita um pouco disso de volta para a pessoa com quem você tem conflito (Colossenses 3:13).

3. Humildade

Humildade é ação sem levar em conta a recompensa. Muitas vezes, as pessoas entram em conflito com uma espécie de mentalidade de "teoria de jogo". Toda a conversa passa a ser sobre atribuir falha e culpa, em vez de edificar uns aos outros em Cristo (Efésios 4:15–16; Romanos 14:19; 1 Tessalonicenses 5:11). Morra para o seu desejo de ganho pessoal através do conflito e, em vez disso, viva para a ideia de que você tem uma oportunidade incrível de mostrar Cristo!

4. Gentileza

A gentileza é uma ação percebida como auxílio, não apenas como condenação. Isso significa que nosso conflito precisa de um certo grau de intencionalidade. Muitas vezes, o conflito é apenas uma erupção vulcânica de emoções, em vez de uma liberação estratégica de pressão. Embora não possamos escolher quando e onde alguém nos machucará (ou nós a eles), podemos escolher como e quando nos comunicaremos sobre isso.

Além disso, nem todas as feridas precisam ser discutidas. Se em uma escala de um a dez, sua ferida for menor ou igual a cinco, tente perdoar e seguir em frente (Colossenses 3:13). Mas se você não consegue ou se ela é maior do que isso, então seja sábio em relação a como e quando você irá discutir isso. Por exemplo, algumas pessoas são matutinas; se você iniciar a conversa já tarde da noite, não espere que prestem muita atenção e vice-versa para pessoas noturnas. Você também pode escolher usar palavras que não sejam destinadas a ferir e que não contenham acusações. (Provérbios 16:24). Não importa o quão frustrado e zangado você se sinta, escolher usar palavras que colocam alguém na defensiva raramente funciona (menos de 8% do tempo!) Temos a capacidade de descrever com precisão nossas experiências de dor sem ter que tentar ferir os outros.

5. Paciência

A paciência nos permite continuar oferecendo ajuda, mesmo quando parece não dar resultados. No seminário, tive um professor que uma vez perguntou: "Você consegue ser tão paciente com X quanto Deus está sendo paciente com você?" Substitua X pelo nome da pessoa com quem você tem um conflito. Cada vez que pecamos, Deus não envia um raio gigante para nos destruir. E ficarei impressionado se eu não tender a pecar da mesma forma que fazia no passado. Ainda assim, Deus não me abandona nem me descarta. Em vez disso, Ele promete ao seu povo: “pois o Senhor, o seu Deus, vai com vocês; nunca os deixará nem os abandonará.” (Deuteronômio 31:6).

As pessoas tendem a lutar com os mesmos tipos de problemas durante toda a vida. Você é amigo de alguém que não é bom em pedir ajuda? Seu cônjuge é alguém que não se comunica bem? Seu irmão é péssimo com detalhes? Adivinhe, isso provavelmente não vai mudar drasticamente tão cedo. Não precisamos fingir que essas coisas não machucam, — elas machucam — mas também não devemos deixar nossas expectativas ficarem muito exageradas. Ser uma voz amorosamente consistente é muito melhor do que uma voz ocasionalmente estridente.

Ser compassivo, amável, humilde, gentil e paciente no meio do conflito pode ser extraordinariamente difícil. No entanto, Paulo é claro em aconselhar que esses atributos fiquem evidentes em todas as esferas de nossas vidas e em todos os momentos (Colossenses 3:17). Agir assim não apenas aumenta as chances de que, do outro lado do conflito, fiquemos mais próximos, mas efetivamente aponta para o caráter de Cristo em um momento e em um lugar onde o evangelho é mais necessário.