A santidade começa na intimidade com Jesus
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Por Scott Hubbard Sobre Santificação e Crescimento
Tradução por Ulysses de Almeida Lacerda
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Enquanto luto contra o pecado e pela fé, às vezes desejo que a busca da santidade venha com algum tipo de equação.
([X minutos de leitura da Bíblia] + [Y minutos de oração]) x [Z dias por semana] = santidade
Se quiséssemos ser ainda mais santos, poderíamos adicionar alguma responsabilidade regular, participação em pequenos grupos, evangelismo e jejum. De qualquer forma, isso seria claro e previsível. Isso tornaria a santidade administrável. Isso nos daria o controle.
Então me lembro de um homem que veio a Jesus com um desejo não tão diferente do meu: “Bom Mestre, o que devo fazer para herdar a vida eterna?” (Marcos 10:17). A equação do homem estava quase completa: sem assassinato, sem adultério, sem roubo, sem mentira (Marcos 10:19–20). Que variável a ele estava faltando? Então vem a resposta que dispersa todos os sonhos de uma busca previsível de santidade: “Uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me” (Marcos 10:21).
Venha, deixe o previsível para trás e me siga. Fique perto de mim. Comungue comigo. Viva para ver minha glória.
Isso é imprevisível. Isso não pode ser gerenciado ou controlado. E este é o único caminho para a santidade.
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‘Santidade‘ sem Cristo
A atração que sinto em relação à santidade é realmente apenas uma versão de uma tentação comum: tentar viver a vida cristã sem Cristo. Substituir discipulado com técnica, adoração com moda emocional, comunhão com uma lista de regras de prática espiritual. É um fato surpreendente que podemos nos tornar especialistas na vida cristã sem nos aproximarmos de Cristo.
Os de mentalidade religiosa sempre foram atraídos para tal "santidade" sem Cristo. Vemos isso nos fariseus, aqueles túmulos ambulantes dos homens, lavados por fora enquanto os ossos dos mortos sacudiam por dentro (Mateus 23:27). Vemos isso nos falsos mestres em Colossos, que se vangloriavam de “religião, ascetismo e severidade para com o corpo” enquanto sua carne desfrutava de um banquete (Colossenses 2:23). E muitos de nós vemos vestígios disso em nós mesmos.
Minha própria propensão a buscar a “santidade” sem Cristo foi exposta recentemente quando me perguntei (através da orientação de um santo sábio): “Quantos livros você leu sobre santidade e vida cristã?” E então, enquanto eu ainda estava contando com meus dedos mentais, "Quantos livros você leu sobre o próprio Jesus?" Agora, com certeza, os melhores livros sobre santidade e vida cristã dizem muito sobre Jesus. Mas a comparação levanta uma questão que vale a pena fazer uma pausa: somos mais fascinados pelas práticas da vida cristã ou pela Pessoa da vida cristã?
Futilidade da Autossantificação
Claro, a santidade baseada em meras táticas e disciplina não é santidade, não importa o quão brilhante pareça do lado de fora. A autossantificação é um nome melhor para essa busca, e para aqueles cujas terminações nervosas espirituais não foram fritas, é tão miserável quanto fútil.
Na maioria das vezes, os auto-santificadores simplesmente caem nos mesmos velhos poços repetidas vezes. Impotentes como um ramo à parte da videira (João 15:4–5), eles não podem resistir ao fascínio do segundo olhar, do terceiro episódio, da quarta bebida. Eles são paralíticos comandando a si mesmos a andar. Muitos de nós ainda podem sentir a dor das repetidas quedas e feridas. Na verdade, só há uma coisa pior do que falhar na auto-santificação: ter sucesso.
Paulo nos dá um dos retratos mais vívidos de auto-santificadores “bem-sucedidos” em Colossenses 2:16–23. Com uma vontade de ferro, eles guardam cuidadosamente sua lista de regulamentos, a maioria deles auto-impostos: “Não manuseie, não prove, não toque” (Colossenses 2:21). Eles lidam duramente com seus próprios corpos, a fim de chicotear suas concupiscências em submissão (Colossenses 2:23). Eles parecem espirituais, até mesmo místicos, falando de anjos e “detalhando visões” (Colossenses 2:18).
Mas então vem a avaliação devastadora: toda a sua disciplina e autocontrole são "de nenhum valor em impedir a indulgência da carne" (Colossenses 2:23). A autossantificação meramente troca pecados externos por pecados internos: pornografia por orgulho, gula por ganância, explosões de raiva por desprezo silencioso.
E por quê? Porque em todo o seu fervor pela pureza moral, os auto-santificadores, no entanto, se recusam a “[apegar-se] à Cabeça” — isto é, se recusam a confiar e amar Jesus (Colossenses 2:19). A composição da virtude exterior esconde a feia verdade: os auto-santificadores não têm vida como um membro decepado.
Santidade Desdobrada
Quando separamos a santidade do próprio Cristo, a busca da santidade inevitavelmente se torna mecânica ou individualista — a solução para uma equação espiritual ou o efeito de minha vontade bruta. Mas a santidade genuína não é mecânica nem individualista: é, em primeiro lugar, relacional.
E assim, quando Paulo vira a esquina de Colossenses 2 para Colossenses 3, ele muda nossos olhos da futilidade da auto-santificação para a própria Santidade:
Se, pois, fostes ressuscitados com Cristo, buscai as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. (Colossenses 3:1, 3)
Sua vida — sua verdadeira vida — está escondida com Cristo, o Santo. Sua união com ele agora o torna santo (Colossenses 3:12). Mas, para viver essa santidade aqui, você deve “buscar as coisas do alto, onde Cristo está” (Colossenses 3:1). Em outras palavras, a santidade é a flor da nossa união com Cristo, e se desdobra através da nossa comunhão com Cristo.
Então, e somente então, Paulo ordena aos colossenses que matem pecados específicos (Colossenses 3:5–11), sugerindo que as únicas pessoas que podem realmente matar seus pecados (e não apenas substituir um pelo outro) são aqueles que estão preocupados com Jesus. Somos leprosos que se tornam limpos apenas quando ele coloca a mão sobre nós, paralíticos que se levantam apenas quando ele dá o comando, homens cegos que vêem apenas quando ele toca nossos olhos.
J.I. Packer extrai a conclusão: “Os cristãos mais santos não são aqueles mais preocupados com a santidade como tal, mas aqueles cujas mentes, corações, objetivos, propósitos, amor e esperança estão mais plenamente focados em nosso Senhor Jesus Cristo” (Keep in Step with the Spirit, 134).
‘Tempos de Encontro'
Como, então, impedimos que a busca da santidade se torne um escudo inteligente que nos afasta de Cristo? Em última análise, precisamos desesperadamente do Espírito Santo, que habita dentro de nós para nos atrair diariamente a Cristo (João 16:14). No entanto, considere uma proposta modesta para acolher seu ministério contínuo para esse fim: quando você se sentar para ler, orar ou ouvir a palavra de Deus, não se contente com nada menos do que a comunhão com o Cristo vivo.
Robert Murray McCheyne pode nos ajudar aqui. Em vez de chamar essas atividades de disciplinas espirituais ou meios de graça (que são úteis à sua maneira), ele gostava de chamá-las de tempos de encontro. Um encontro, é claro, é um encontro entre amantes. Então, McCheyne escreve,
Na leitura diária da Palavra, Cristo faz visitas diárias à alma. Na oração diária, Cristo se revela aos seus de outra maneira que não ao mundo. Na casa de Deus, Cristo vem aos seus e diz: “A paz esteja convosco!” E no sacramento ele se dá a conhecer no partir do pão, e eles clamam: “É o Senhor!” Todos esses são tempos de encontro, quando o Salvador vem visitar os seus. (Uma comunhão de amor)
Não há equação aqui. Só que algo muito melhor: um Salvador que está sempre pronto para nos visitar, comungar conosco e nos mostrar sua glória. E, ao fazê-lo, para nos tornar santos como ele é santo.