Seja Verdadeiro Consigo Mesmo

De Livros e Sermões Bíblicos

(Diferença entre edições)
Pcain (disc | contribs)
(Criou nova página com '{{info|Be True to Yourself}}<br> Deus se alegra quando a verdade reina em nosso íntimo (Salmos 51:6). Mas eu nem sempre me alegro na verdade. Eu certamente deveria, mas, ...')

Edição actual tal como 18h13min de 18 de dezembro de 2024

Recursos relacionados
Mais Por Jon Bloom
Índice de Autores
Mais Sobre Santificação e Crescimento
Índice de Tópicos
Recurso da Semana
Todas as semanas nós enviamos um novo recurso de autores como John Piper, R.C. Sproul, Mark Dever, e Charles Spurgeon. Inscreva-se aqui—Grátis. RSS.

Sobre esta tradução
English: Be True to Yourself

© Desiring God

Partilhar este
Nossa Missão
Esta tradução é publicada pelo Traduções do Evangelho, um ministério que existe on-line para pregar o Evangelho através de livros e artigos disponíveis gratuitamente para todas as nações e línguas.

Saber mais (English).
Como podes Ajudar
Se você fala Inglês bem, você pode ser voluntário conosco como tradutor.

Saber mais (English).

Por Jon Bloom Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Lorena Sales

Review Você pode nos ajudar a melhorar por rever essa tradução para a precisão. Saber mais (English).



Deus se alegra quando a verdade reina em nosso íntimo (Salmos 51:6).

Mas eu nem sempre me alegro na verdade. Eu certamente deveria, mas, honestamente, não o faço. Às vezes, buscar a verdade me faz sentir da mesma forma como ir ao dentista. A verdade pode (ou talvez eu já saiba que ela irá) expor algum defeito. O defeito precisa ser arrancado. E quem quer isso?

Bem, se eu for sábio, eu deveria querer isso. Mas a sabedoria nem sempre é a voz mais persuasiva em minha cabeça. Às vezes, é o orgulho. E meu orgulho é tudo menos sábio. Quando meu orgulho está falando comigo, ele me encoraja a colocar meus interesses egoístas acima dos interesses de Deus. Em termos mais diretos, meu orgulho prefere uma ilusão enganosa de autopromoção, autoexaltação ou autoproteção à verdade reveladora, humilhante, mas, em última análise, misericordiosa e libertadora de Deus - o que é uma tolice total, pois isso é preferir a destruição da minha maior alegria em vez da busca pela minha maior alegria.

Portanto, a desonestidade é quase sempre uma forma de orgulho. A menos que nossos objetivos sejam coisas como esconder judeus da Gestapo, vítimas de traficantes de pessoas ou uma criança de um agressor, não há motivo para sermos desonestos, exceto para controlar e manipular a percepção de outra pessoa para nossos próprios interesses egoístas.

O orgulho prefere o engano em vez da verdade e não percebe que, ao fazer isso, prefere a destruição. Mas Deus deseja a verdade em nosso íntimo, porque ele sabe que sua verdade nos libertará (João 8:32).

Deus Ama a Honestidade

Deus é a verdade (João 14:6), portanto, ele ama a honestidade. É por isso que ele nos diz (através de Davi) "Como é feliz aquele . . . em quem não há hipocrisia" (Salmos 32:2, NVI). Davi conhecia tanto a bênção da honestidade quanto a miséria da desonestidade. Ele escreveu:

Enquanto escondi os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; minha força foi se esgotando como em tempo de seca. Pausa. Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: "Confessarei as minhas transgressões ao Senhor", e tu perdoaste a culpa do meu pecado. Pausa. (Salmos 32:3-5, NVI)

Quando Davi foi desonesto com Deus e com os homens, foi como uma doença debilitante. Quando ele se abriu com Deus e com os homens, isso trouxe saúde e refrigério para sua alma.

É isso que Deus quer que tenhamos: saúde e refrigério para nossa alma. É uma grande misericórdia quando Deus impõe sua mão pesadamente sobre nós porque estamos vivendo em desonestidade. E o quanto mais caminhamos com ele, mais rigorosamente ele exige que vivamos com verdade diante dele. Ele quer que a verdade reine em cada parte nossa porque deseja que desfrutemos da liberdade plena — para conhecê-lo cada vez mais. E nunca poderemos realmente conhecer a Deus, até que estejamos dispostos a ser verdadeiros com ele e por ele.

Honestidade É Apenas o Começo

Deus ama a honestidade. Mas a honestidade geralmente é apenas o começo de uma vida verdadeira. Porque ser honesto não necessariamente significa que acreditamos no que é verdadeiro. Isso meramente significa que falamos e vivemos consistentemente com o que acreditamos — independentemente de o que acreditamos ser ou não consistente com a realidade.

Honestidade é ser verdadeiro com as próprias convicções reais. Mas as convicções reais de uma pessoa podem não ser verdadeiras. É possível sermos honestos e errados ao mesmo tempo.

Na verdade, o alívio de finalmente sermos honestos, mesmo que aquilo sobre o que estamos sendo honestos seja errado, pode parecer libertador. Todos nós já vivenciamos ou testemunhamos isso. Quando alguém que tem lutado secretamente com a homossexualidade finalmente se assume e a aceita, geralmente a sensação é maravilhosa e libertadora. Ou, quando alguém que professou fé em Cristo secretamente para de acreditar na realidade do cristianismo, pode ser um grande alívio finalmente admitir isso e parar de fingir. Ou, quando um cônjuge tem cometido adultério secretamente, pode ser libertador trazer isso à tona, mesmo que não esteja arrependido. O que essas pessoas experimentam é a sensação de serem verdadeiras consigo mesmas, mesmo que o que acreditam não seja verdadeiro ou correto.

Somos feitos para viver com integridade — onde nosso íntimo se alinha com nosso exterior. Isso faz com que a honestidade seja o começo do verdadeiro trabalho. Deus quer sim que sejamos honestos, mesmo quando o que realmente acreditamos não é bom. É melhor ser honesto do que enganoso. Mas não é essa a honestidade que Deus procura — acreditar honestamente em algo que é falso. Esse tipo de honestidade não irá nos libertar. A verdade é o que nos liberta. A verdade de Deus. O Deus que é a verdade.

Honestos com Deus

Deus se alegra quando a verdade reina em nosso íntimo (Salmos 51:6). E Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim" (João 14:6, NVI). É Jesus - e não nossas psiques, desejos, corpos e passados desordenados e quebrados - que determina quem somos e como devemos viver. Ele é a verdade e o caminho. Não podemos ser realmente verdadeiros conosco mesmos até que nossa identidade, propósito e destino venham do Pai por meio de Jesus.

Ser honesto com Deus é admitir abertamente quem realmente somos e não mais viver com medo do homem. Mas é mais do que isso. É se arrepender do orgulho que alimentava nossos modos enganosos de viver, independente do que isso signifique. E é colocar diante do nosso misericordioso Rei Jesus, todas as nossas crenças antigas, pecaminosas e defeituosas sobre o que significa ser significativo, digno e "suficiente". É abraçar sua verdade, por mais difícil e doloroso que esse abraço possa parecer a princípio.

O que Deus busca nessa entrega verdadeiramente honesta, é nos dar a maior alegria possível: ele mesmo. Ele quer alinhar nosso ser interior e nosso ser exterior com o ser dele. E esse alinhamento somente acontece quando deixamos de lado nosso orgulho insensato, e nos humilhamos debaixo de sua poderosa mão (1 Pedro 5:6), pois ele sabe como e quando nos exaltar de formas que irão nos surpreender e aumentar nossa alegria — nele.