Qual o Propósito do Meu Sofrimento?
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- | + | <p>Deus conhece cada mínimo detalhe do meu sofrimento. Nenhum fio de cabelo cai da minha cabeça sem Sua permissão. Essa certeza me sustentou quando eu enfrentei o início da fase pós-poliomielite e meu marido me abandonou. Enquanto eu estava arrasada diante dessas dificuldades, eu sabia que Deus as usaria para meu bem e para Sua glória. | |
- | Deus conhece cada mínimo detalhe do meu sofrimento. Nenhum fio de cabelo cai da minha cabeça sem Sua permissão. Essa certeza me sustentou quando eu enfrentei o início da fase pós-poliomielite e meu marido me abandonou. Enquanto eu estava arrasada | + | </p><p>Eu nunca saberei tudo o que Deus está fazendo nas minhas provações, mas eu sei que Ele refinou meu caráter, levou-me para mais perto Dele, e habilitou-me a ministrar para outros através das minhas aflições. Assim, é minha oração mais fervorosa que por meio de meu sofrimento o trabalhar de Deus seja visto em minha vida. |
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- | Eu nunca saberei tudo o que Deus está fazendo nas minhas provações, mas eu sei que Ele refinou meu caráter, levou-me para mais perto Dele, e habilitou-me a ministrar para outros através das minhas aflições. Assim, é minha oração mais fervorosa que por meio de meu sofrimento o trabalhar de Deus seja visto em minha vida. | + | </p> |
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- | Minha maior alegria é que meu sofrimento tem propósito. O seu também. À Deus seja a glória. | + |
Edição actual tal como 20h19min de 28 de outubro de 2024
Por Vaneetha Rendall Risner Sobre Sofrimento
Tradução por Lucas Torres
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Há algumas semanas, eu encontrei uma amiga que acredita que, embora Deus se aproxime de nós em nossas provações, as pessoas frequentemente sofrem de maneiras que Ele não planejou. Deus reage ao nosso sofrimento, mas não o causa.
Para ela, a visão Calvinista de que Deus teria ordenado todo o nosso sofrimento é desumana. Ela vê isso como completamente contra o caráter amoroso de Deus - doloroso na melhor das hipóteses, e vingativo na pior. Pessoalmente, eu não poderia discordar mais.
A teologia reformada ofereceu-me esperança de vida em meio à tristeza indescritível. Eu entendo que pareça cruel dizer que Deus desejou a morte de meu pequeno filho. Mas acreditar que meu filho morreu contra a vontade de Deus é bem pior. Isso significaria que Deus não está no controle, o mal pode vencer, e meu futuro é incerto. Além disso, significaria que a morte do meu filho foi aleatória. Sem sentido. Sem propósito.
Honestamente, não consigo imaginar um cenário mais depressivo. Como alguém que tem suportado adversidade, meu maior conforto é saber que Deus é soberano. Ele ordenou todas as minhas provações, então meu sofrimento tem um propósito.
A Última Palavra
Propósito.
Essa palavra muda tudo. Ela me conforta quando a dor me envolve e a escuridão está diante de mim. Deus não tem prazer em meu sofrimento, mas lamenta junto comigo, como em João 11. Entretanto, suas lágrimas não são tudo o que Ele me oferece. Ele me dá esperança e me assegura de que meu sofrimento não é em vão. Assim como Jesus chorou junto com Maria antes de ressuscitar Lázaro (João 11: 32-35), o Senhor chora comigo, sabendo que Ele irá redimir meu sofrimento.
Como Joni Eareckson Tada diz: “Toda tristeza que experimentamos será vista, um dia, como a melhor coisa que poderia ter acontecido conosco. Nós agradeceremos à Deus eternamente, no Céu, pelas provações que Ele nos enviou aqui”.
É confortante saber que tudo o que vem de Deus é o melhor que poderia acontecer a mim. Nada pode frustrar Seus planos. Nenhum pecado, nenhum acidente, nenhuma aflição. O Diabo não tem a última palavra no meu sofrimento. Deus tem. Ele controla tudo e usará todas as situações. Como vemos no livro de Jó, Deus não está reagindo à agenda de Satanás - Deus, unicamente Ele, está no controle de todas as coisas.
A Boa Mão de Deus
Esta visão do sofrimento é o que me levou à Cristo. Eu nasci na Índia e contrai poliomielite aos três anos de idade. Eu suportei inúmeras operações e fui atormentada durante o ensino primário por minhas limitações, o que me deixou irada e amargurada com Deus, cheguei até mesmo a duvidar de Sua existência. Eu não entendia como um Deus amoroso poderia deixar isso acontecer.
Mas, quando eu tinha 16 anos, abri a Bíblia em João 9, onde os discípulos estão arrazoando de quem era o pecado que causou a cegueira daquele homem. Jesus explicou que sua cegueira não estava relacionada a pecado. Sua aflição foi dada para que “a obra de Deus pudesse ser manifesta nele” (João 9:3).
Esse texto me desfez. Assim como Deus tinha um propósito no sofrimento daquele homem cego, Ele me mostrou que havia um propósito no meu sofrimento também. Ambos eram para a glória de Deus. Minha amargura dissipou-se quando eu percebi que o Deus do universo havia me escolhido para mostrar Sua glória.
Mesmo enxergando propósito divino no fato de eu ter contraído poliomielite, eu não acreditava que todas as minhas provações vinham Dele. Algumas dificuldades pareciam que vinha do inimigo. Contudo, décadas mais tarde eu ouvi um sermão de John Piper que radicalmente reorientou meu entendimento sobre o agir de Deus em nossas aflições.
Ele citou Charles Spurgeon, que lutou contra a depressão por toda sua vida e morreu de insuficiência renal crônica (doença de Bright) aos 57 anos. Spurgeon disse: “ seria uma experiência muito pesarosa para mim pensar que eu tenho uma aflição que Deus nunca me proporcionou, que o cálice de amargura nunca foi cheio pela Sua mão, que minhas provações nunca foram medidas por Ele, nem enviadas a mim segundo Seu querer e controle. ”
As Suas Também
Deus conhece cada mínimo detalhe do meu sofrimento. Nenhum fio de cabelo cai da minha cabeça sem Sua permissão. Essa certeza me sustentou quando eu enfrentei o início da fase pós-poliomielite e meu marido me abandonou. Enquanto eu estava arrasada diante dessas dificuldades, eu sabia que Deus as usaria para meu bem e para Sua glória.
Eu nunca saberei tudo o que Deus está fazendo nas minhas provações, mas eu sei que Ele refinou meu caráter, levou-me para mais perto Dele, e habilitou-me a ministrar para outros através das minhas aflições. Assim, é minha oração mais fervorosa que por meio de meu sofrimento o trabalhar de Deus seja visto em minha vida.
Minha maior alegria é que meu sofrimento tem propósito. O seu também. À Deus seja a glória.