Alguém conhece sua dor
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Edição actual tal como 19h28min de 10 de setembro de 2024
Por Vaneetha Rendall Risner Sobre Sofrimento
Tradução por Wellington Da Silva Lima
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Como o sofrimento nos conecta a Cristo
Embora eu muitas vezes receio quando penso sobre o sofrimento futuro, a dor tem me puxado constantemente ao coração de Cristo, um lugar inesquecível de mistério e maravilha. Conforme eu compartilho no sofrimento de Cristo, encontro uma proximidade incomum com Jesus que oferece um raro vislumbre de sua glória.
O apóstolo Paulo fala sobre compartilhamento no sofrimento de Cristo, desejando conhecê-lo e o poder de sua ressurreição (Filipenses 3:10). Ou seja, conhecer por experiência, conhecer pessoalmente e intimamente, não apenas intelectualmente. O sofrimento traz uma intimidade com Deus, uma comunhão misteriosa e sagrada que não pode ser capturada em palavras.
De alguma forma, o sofrimento pode nos transportar para a sala do trono de Deus, onde sentimos a ternura de seu abraço, uma sensação de alegria de outro mundo, e uma comunhão diferente de tudo o que já conhecemos. Por um momento, a consciência de sua presença pode envolver completamente e ofuscar nossa dor que ficamos imersos na comunhão com Jesus, inconsciente ao nosso redor. Conhecer Cristo dessa forma me transformou. É impossível esquecer essa proximidade, mesmo depois que o sofrimento passou. Isso me marcou.
Reconhecidamente, ainda não gosto do sofrimento que me aproxima tanto, muitas vezes prefiro conhecer os sofrimentos de Cristo intelectualmente em vez de por meio da experiência. Mesmo em meio a isso, estou implorando por alívio, querendo que a dor vá embora. Mas quando me submeto a ele por meio do sofrimento, algo muda em mim. Meu coração fica mais alinhado com o dele. Minha união com Cristo, uma realidade para todo crente, se transforma em uma doce comunhão em minha dor.
Encontrando Cristo no sofrimento
Jesus me entende completamente, mas eu posso compreender apenas as bordas dele. No entanto, à medida que me identifico com seu sofrimento e me entrego mais completamente a ele em minha dor, eu o possuo mais.
Seja qual for o seu problema, você pode encontrar seu sofrimento no de Cristo. Ele sabe o que é passar fome e ter sede, aguentar noites sem dormir e dias exaustivos, sentir dores agonizantes e se doar por outros que são hostis. Seu primo foi assassinado, sua família interpretou mal, sua cidade natal o rejeitou, e ele viu uma espada perfurar a alma de sua mãe. As pessoas usaram Jesus, bajularam, criticaram, mentiram, traíram, abandonaram, zombaram, humilharam, chicotearam e o viram morrer de forma dolorosa.
Então, onde você consegue se identificar com ele em seu sofrimento? Se você já foi traído por um amigo, alguém que amava e em quem confiava, pode conhecer um pouco da comunhão de Cristo no sofrimento. Ou se você já implorou a Deus que removesse sua angústia, e Deus negou seu pedido desesperado, você pode conhecer um pouco da comunhão de Cristo no sofrimento. Ou, se você já experimentou uma dor física que o atormenta e o consome sem alívio, você pode conhecer um pouco da comunhão de Cristo no sofrimento.
Não há sofrimento que possamos experimentar e com o qual nosso Senhor não possa se identificar. E quando experimentamos uma parte do que ele fez e nos cedemos a ele, encontramos uma intimidade preciosa com ele.
Quando a pior dor chegar
Joni Eareckson Tada entende essa experiência sagrada, pois vive com uma dor esmagadora por cima de sua tetraplegia. Em seu último livro inspirador, Songs of Suffering, ela conta sobre uma amiga que também se tornou minha amiga. Barbara Brand, que tem esclerose múltipla e lesões cerebrais que causam uma dor dolorosa na sua cabeça, recebe injeções regulares no crânio e no pescoço (cerca de quarenta de cada vez) apenas para aliviar a dor incontrolável e a náusea. Barbara, que está principalmente acamada, fala sobre essas injeções.
Sempre que as agulhas penetram profundamente em minha cabeça, a dor extrema traz à tona Jesus e sua coroa de espinhos. A imagem acalma meu coração, mas o melhor de tudo é que ela me une ao seu amor. Imagino meu Salvador cedendo aos espinhos como farpas, abraçando totalmente seu próprio sofrimento para me resgatar. Portanto, quando as agulhas penetram em meu crânio, meu coração se alegra ao saber que ele está acenando para um santuário mais profundo de compartilhamento de seus sofrimentos. Maravilha das maravilhas, em uma pequena medida humilde consigo me identificar e entrar em sua dor. A Bíblia diz para eu ser um imitador de Deus, portanto, posso imitar Jesus e sua alegre vontade de se submeter à terrível, mas maravilhosa, vontade do Pai. É a única maneira pela qual posso, por meio de Cristo, fazer tudo. Até mesmo essas injeções horríveis. (115)
Esta é a participação na comunhão dos sofrimentos de Cristo. Queremos saber que Jesus entende nosso sofrimento, ele conhece, mas há uma comunhão ainda mais profunda quando entendemos um pouco do sofrimento dele. E quando conseguimos, como Barbara, imitar Jesus e sua alegre vontade de se submeter a Deus, sentimos uma profunda afinidade com ele.
Não apenas no sofrimento
Ao compartilharmos os sofrimentos de Cristo, também compartilhamos de seu conforto (2 Coríntios 1:5), não um conjunto de lugares-comuns que nos fazem sentir melhor no momento, mas uma comunhão explicável que traz uma paz robusta. O sofrimento mais forte, maior será o conforto, mais rico será a comunhão, e mais profundo será a alegria. E essa alegria só aumentará quando sua glória for revelada (1 Pedro 4:13).
Além disso, quanto mais compartilhamos dos sofrimentos de Jesus, mais entendemos o poder de sua ressurreição e mais podemos ver sua glória. O sofrimento pode abrir nossos olhos para a glória de Deus - nós a vemos e experimentamos em vez de aprendermos intelectualmente o que significa glória. E ao contemplarmos a glória de Deus, estamos sendo transformados à sua imagem (2 Coríntios 3:18), tornando mais semelhantes a ele. De forma ainda mais misteriosa e surpreendente, compartilhar dos sofrimentos de Cristo significa que um dia compartilharemos de sua glória, uma glória que fará com que as tristezas de hoje pareçam leves e momentâneas (Romanos 8:17-18; 2 Coríntios 4:17).
Se estiver em um período de profunda dor e perda, você tem uma oportunidade especial de conhecer o Senhor Jesus mais profundamente. Para conhecer por experiência e não apenas academicamente. Embora possamos saber mais sobre Jesus por meio de estudos bíblicos, grupos pequenos, livros e sermões, algumas das dimensões mais ricas de nosso relacionamento com ele serão forjadas por meio do sofrimento. Esse relacionamento conectado pela dor oferece não apenas conforto e comunhão, mas também um vislumbre da glória que transformará nossa fé, nos tornará mais semelhantes a ele e nos preparará para as glórias sem palavras que nos aguardam na eternidade.