A espera é a parte mais difícil
De Livros e Sermões BÃblicos
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Edição actual tal como 11h13min de 1 de outubro de 2021
Por David Mathis Sobre Santificação e Crescimento
Tradução por Marcia Brando
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Tom Petty tinha um jeito para letras atemporais com apelo universal.
Cerca de trinta anos após seu lançamento em 1981, sua canção “The Waiting” atrai os ouvintes com mais força do que nunca. Quer seja na fila, no trânsito, no serviço de alimentação ou no casamento, ganhar tempo é mais contra-cultural do que nunca. E declarar isso "a parte mais difícil" repercute profundamente. Fomos condicionados a fazer as coisas do nosso jeito, de imediato. Primeiro foi o fast-food e o café instantâneo; e então era todo o resto também.
Mas nosso desdém por esperar não é apenas produto das tendências sociais e das mudanças geracionais; é uma expressão de algo mais profundamente humano.
Nossos gêmeos de quatro anos de idade já podem entender. Eles ouviram o refrão de Petty, e pegou nos nervos - ficou com eles mais do que qualquer outra coisa do seu álbum de maiores sucessos. Agora eles cantam para se acalmarem quando se sentem fartos de esperar.
E as dores da espera parecem ainda mais evidentes na mãe e no pai. Desde a gestação, cuidar dos filhos desafia nossa paciência e expõe a sua falta, com uma frequência e intensidade embaraçosa.
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O cristianismo está esperando
Nossa perspectiva de espera é talvez uma das maneiras mais fortes que nossa sociedade está fora de sintonia com a concepção bíblica de mundo. Não que esperar fosse fácil para nossos antepassados, mas eles estavam mais em paz com isso e mais prontos para ver como é bom e o potencial disso.
No Antigo Testamento, o salmista celebra a espera paciente do Senhor (Salmo 40: 1), e Isaías promete que aqueles “que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam bem alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam.” (Isaías 40:31).
Esperar em Deus é um bordão comum na vida de fé. É uma expressão saudável do desejo do coração: “Também no caminho das tuas ordenanças esperamos em ti, Senhor. O teu nome e a tua lembrança são o desejo do nosso coração.”(Isaías 26: 8). E é um eco do poder e graça incomparáveis de Deus, “que trabalha para aqueles que nele esperam.” (Isaías 64: 4).
Com todos aqueles séculos de espera pelo Messias, você pode pensar que a espera terminaria assim que Jesus viesse. Mas agora na época da igreja, esperamos tanto como sempre, chamados a viver na sombra de seu retorno. “enquanto vocês aguardam que o nosso Senhor Jesus Cristo seja revelado” (1 Coríntios 1: 7); somos um povo aguardando "a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo.” (Tito 2:13). A igreja é aquela comunidade que se voltou "para Deus, deixando os ídolos a fim de servir ao Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus a seu Filho” (1 Tessalonicenses 1: 9-10), sabendo que quando ele aparecer, ele virá “para trazer salvação aos que o aguardam.” (Hebreus 9:28).
A igreja suportou dois milênios de longa espera. “gememos interiormente, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo” (Romanos 8:23), e pretendemos viver “de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus (...), esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça”(2 Pedro 3: 11–13). E enquanto esperamos nosso tempo neste lado, nos mantemos "no amor de Deus”, esperando "que a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo os leve para a vida eterna” (Judas 21).
Paciência é a virtude
A ilusória virtude, então, que corresponde a essa temida condição, é a paciência. É a primeira coisa que Paulo celebra sobre o amor em 1 Coríntios 13 - “o amor é paciente” (1 Coríntios 13: 4) - e uma das exortações mais repetidas aos líderes da igreja (1 Tessalonicenses 5:14; 2 Timóteo 2:24; 4: 2). A vida eterna é possessão dos que "persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade” (Romanos 2: 7). E a paciência é uma virtude tão rara, e de tal ação divina, que Paulo recorre duas vezes a seu exercício como defesa do seu apostolado (2 Coríntios 6: 4-6; 12:12).
A paciência é a companheira da humildade e inimiga do orgulho. “O paciente é melhor que o orgulhoso” (Eclesiastes 7: 8). É a postura apropriada da criatura iluminada o suficiente para dizer: "Deus é soberano, e eu não." E não é produção nossa, mas “o fruto do Espírito” (Gálatas 5:22; 5: 5).
Três caminhos para cultivar a paciência
Ao praticar a paciência, é um dos momentos que mais sentimos o ardor da santificação e os gemidos interiores do Espírito (Romanos 8:23). Às vezes parece que estamos sendo conformados a Jesus quase sem esforço; os ventos do Espírito em nossas velas, enquanto abastecemos o alimento do auto-esquecimento. Mas parte da espera é a dificuldade consciente. Sentimos o sabor amargo da pílula da paciência e a sentimos deslizar lentamente pela nossa garganta. Não é paciência quando estamos gloriosamente alheios à espera. E quando sentimos queimar, precisamos de promessas divinas guardadas e de um plano de ataque. Aqui estão três caminhos bíblicos para cultivar a paciência na espera.
1) Renove a fé e a esperança
Quando você sentir a primeira resistência, deixe que seja um lembrete para ir em direção a Deus. Recalibre o foco de sua fé. Tire o peso da sua confiança de si mesmo, onde ela continua gravitando para trás e se reoriente conscientemente para Deus. Quer sejam apenas momentos de folga ou dias aparentemente intermináveis, a espera não é perda de tempo na economia de Deus. É nos atrasos e nas pausas, e ao tomar consciência de nossa falta de paciência, que ele trabalha para nos salvar da autossuficiência e revitalizar nossa fé e esperança nele.
A paciência vem com a fé (2 Timóteo 3: 10; Hebreus 6:12) - fé no momento e esperança para o futuro. A fé alimenta a esperança, e quando “esperamos o que ainda não vemos, aguardamo-lo pacientemente” (Romanos 8:25).
2) Ore e agradeça
Em segundo lugar, deixe que a espera o leve a orar. O apelo para ser "paciente na tribulação" é seguido com o lembrete de perseverar "na oração" (Romanos 12:12). Uma vida saudável de oração não exige horas trancado todos os dias, mas olhos para ver as oportunidades e um coração para aproveitar momentos inesperados e períodos de espera.
E há um papel extraordinário para a ação de graças em cultivar a "paciência com alegria". Paulo ora pelos cristãos: “sendo fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que tenham toda a perseverança e paciência com alegria, dando graças ao Pai, que nos tornou dignos de participar da herança dos santos no reino da luz” (Colossenses 1: 11–12).
Como podemos nos “revestir de paciência” (Colossenses 3:12)? O apóstolo nos aponta a ação de graças não uma ou duas vezes, mas três vezes:
Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos. Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações. Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai. (Colossenses 3: 15-17)
Poucas coisas vão passar o tempo tão eficaz e ricamente quanto contar suas bênçãos e entregá-las a Deus.
3) Lembre-se da paciência de Deus
Finalmente, a dor da espera pode apontar nossos corações para a paciência salvadora de Deus. Devemos tudo à sua bondade e paciência conosco. "Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?" (Romanos 2:4).
Ele foi paciente quando o primeiro homem e a primeira mulher pecaram. “Esperava pacientemente nos dias de Noé” (1 Pedro 3:20). Ele foi paciente com Abraão e com Israel. Ele mostrou sua paciência por meio de seus profetas (Tiago 5:10). E se ele é paciente mesmo com "os vasos de sua ira preparados para a destruição", quanto mais ele mostrou sua paciência para nós ao tornar conhecidas "as riquezas de sua glória aos vasos de sua misericórdia, que preparou de antemão para a glória" (Romanos 9: 22-23)?
O próprio Jesus é a demonstração culminante da paciência perfeita de Deus para com os pecadores (1 Timóteo 1:16). Ele é “paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3: 9). Nós temos “em mente que a paciência de nosso Senhor significa salvação” (2 Pedro 3:15) e confiamos em sua promessa, em toda a nossa espera, que a “manterá até o fim” (1 Coríntios 1: 8).
Talvez Tom Petty saiba de algo melhor do que imagina quando canta sobre a espera: “Você leva isso com fé, leva isso ao coração”. As intrusões indesejáveis da espera em nossas vidas, sejam elas pesadas ou aparentemente banais, são oportunidades poderosas de dar as boas-vindas a Deus em cada momento e manter nossos corações renovados nele.