Rute: Debaixo das asas de Deus
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Por John Piper
Sobre Fé
Uma Parte da série Ruth: Sweet & Bitter Providence
Tradução por Marcia Brando
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Rute 2
No capítulo 1 de Rute, a mão de Deus pesou duramente sobre Noemi e sua família. A fome em Judá, a mudança para Moabe, a morte de seu marido, o casamento de seus dois filhos com mulheres estrangeiras e a morte de seus filhos. Com um golpe após outro, Noemi disse (1:13, 20): "Para mim é mais amargo do que para vocês, pois a mão do Senhor voltou-se contra mim". De fato, ela está tão oprimida pela providência amarga de Deus em sua vida, que não consegue ver nenhum dos sinais de esperança quando eles começam a aparecer. Ela sabe que existe um Deus. Ela sabe que ele é Todo-poderoso e que ele governa os assuntos públicos e pessoais do se humano. E ela sabe que ele tratou-a com amargura. A vida dela é trágica. O que ela esqueceu é que em todas as experiências amargas de seus filhos, Deus está preparando a sua glória. E se acreditássemos e lembrássemos disso, não ficaríamos tão cegos quanto Noemi parecia estar quando Deus começou a revelar a sua graça.
A doce providência de Deus aparecendo
A providência tanto doce quanto amarga, acontece com Noemi no capítulo 1. Deus acaba com a fome e abre um caminho para Noemi voltar para casa. Ele dá a ela uma uma nora muito dedicada e amorosa para acompanhá-la. E ele preserva um parente do marido de Noemi, que um dia se casará com Rute e preservará a linhagem dela. Mas Noemi não vê nada disso. Ao final do capítulo, ela diz para as pessoas da cidade de Belém: "De mãos cheias eu parti; mas de mãos vazias o Senhor me trouxe de volta. Por que me chamam Noemi? O Senhor colocou-se contra mim! O Todo-poderoso me trouxe desgraça!" (v. 21). Então Rute e a amarga Noemi se estabelecem em Belém. No capítulo 2, a misericórdia de Deus se torna tão óbvia que até mesmo Noemi vai reconhecê-la.
1 Noemi tinha um parente por parte do marido. Era um homem rico e influente, pertencia ao clã de Elimeleque e chamava-se Boaz. 2 Rute, a moabita, disse a Noemi: "Vou recolher espigas no campo daquele que me permitir". "Vá, minha filha", respondeu-lhe Noemi. 3 Então ela foi e começou a recolher espigas atrás dos ceifeiros. Por acaso entrou justamente na parte da plantação que pertencia a Boaz, que era do clã de Elimeleque. 4 Naquele exato momento, Boaz chegou de Belém e saudou os ceifeiros: "O Senhor esteja com vocês! " Eles responderam: "O Senhor te abençoe! " 5 Boaz perguntou ao capataz dos ceifeiros: "A quem pertence aquela moça? " 6 O capataz respondeu: "É uma moabita que voltou de Moabe com Noemi. 7 Ela me pediu que a deixasse recolher e juntar espigas entre os feixes, após os ceifeiros. Ela chegou cedo e está de pé até agora. Só sentou-se um pouco no abrigo".
8 Disse então Boaz a Rute: "Ouça bem, minha filha, não vá colher noutra lavoura, nem se afaste daqui. Fique com minhas servas. 9 Preste atenção onde os homens estão ceifando, e vá atrás das moças que vão colher. Darei ordem aos rapazes para que não toquem em você. Quando tiver sede, beba da água dos potes que os rapazes encheram". 10 Ela se inclinou e, prostrada rosto em terra, exclamou: "Por que achei favor a seus olhos, a ponto de o senhor se importar comigo, uma estrangeira? " 11 Boaz respondeu: "Contaram-me tudo o que você tem feito por sua sogra, depois que você perdeu o marido: como deixou seu pai, sua mãe e sua terra natal para viver com um povo que pouco conhecia. 12 O Senhor lhe retribua o que você tem feito! Que você seja ricamente recompensada pelo Senhor, o Deus de Israel, sob cujas asas você veio buscar refúgio! " 13 E disse ela: "Continue eu a ser bem acolhida, meu senhor! O senhor me deu ânimo e encorajou sua serva — e eu sequer sou como uma de suas servas! "
14 Na hora da refeição, Boaz lhe disse: "Venha cá! Pegue um pedaço de pão e molhe-o no vinagre". Quando ela se sentou junto aos ceifeiros, Boaz lhe ofereceu grãos tostados. Ela comeu até ficar satisfeita e ainda sobrou. 15 Quando ela se levantou para recolher, Boaz deu estas ordens a seus servos: "Mesmo que ela recolha entre os feixes, não a repreendam! 16 Pelo contrário, quando estiverem colhendo, tirem para ela algumas espigas dos feixes e deixem-nas cair para que ela as recolha, e não a impeçam".
17 E assim Rute colheu na lavoura até o entardecer. Depois debulhou o que tinha ajuntado: quase uma arroba de cevada. 18 Carregou-o para o povoado, e sua sogra viu o quanto ela havia recolhido quando Rute trouxe e lhe ofereceu o que havia sobrado da refeição. 19 "Onde você colheu hoje? ", a sogra lhe perguntou: "Onde trabalhou? Bendito seja aquele que se importou com você! " Então Rute contou à sogra com quem tinha trabalhado: "O nome do homem com quem trabalhei hoje é Boaz". 20 E Noemi exclamou: "Seja ele abençoado pelo Senhor, que não deixa de ser leal e bondoso com os vivos e com os mortos! " E acrescentou: "Aquele homem é nosso parente; é um de nossos resgatadores! " 21 Continuou Rute, a moabita: "Pois ele mesmo me disse também: ‘Fique com os meus ceifeiros até que terminem toda a minha colheita’ ". 22 E Noemi aconselhou à sua nora Rute: "É melhor mesmo você ir com as servas dele, minha filha. Noutra lavoura poderiam molestá-la". 23 Assim Rute ficou com as servas de Boaz para recolher espigas, até acabarem as colheitas de cevada e de trigo. Entretanto, ela ficou morando com a sua sogra.
Boaz: Um homem cheio de Deus
Nos versos de 1 a 7 conhecemos Boaz, vemos o caráter de Rute e temos um senso de uma grande providência misericordiosa por trás dessa cena. Boaz, como vimos, é um parente de Elimeleque, o marido de Noemi falecido há um bom tempo. Imediatamente percebemos que as coisas não são tão desoladoras como Noemi sugeriu anteriormente em 1:11–13, onde ela dá a impressão de que não havia ninguém para Rute e Orfa se casarem na linhagem de seus maridos. Para a pessoa que lê essa história pela primeira vez, Boaz é como um feixe de luz em meio à nuvem de amargura que paira sobre Noemi. Vai ficar cada vez maior. Por exemplo, o verso 1 diz que ele é um homem de riquezas. Mas o que é mais importante disso, o verso 4 mostra que ele é um homem de Deus. Por qual outro motivo o narrador pausa para registrar a forma que Boaz cumprimenta seus servos? 'Naquele exato momento, Boaz chegou de Belém e saudou os ceifeiros: "O Senhor esteja com vocês! " Eles responderam: "O Senhor te abençoe! "'. Se você quer conhecer a relação de um homem com Deus, você precisa descobrir o quanto Deus saturou aos detalhes de sua vida cotidiana. Fica evidente que Boaz era um homem cheio de Deus tanto que seus negócios na fazenda e seu relacionamento com os empregados era cheio de Deus. Ele os cumprimentava com Deus. E veremos então em breve que essas eram mais do que situações banais de piedade.
Rute: Uma mulher de caráter
Apesar de encontrar Boaz nos versos 1–7, vemos o caráter de Rute, que será crucial no que esse capítulo pretende ensinar.
1. A iniciativa de Rute para cuidar de Noemi
Primeiro, vemos a iniciativa de Rute em cuidar de sua sogra. Perceba que no verso 2 a Noemi não pede para Rute sair e trabalhar. Rute diz: "Vou recolher espigas no campo daquele que me permitir". Rute se comprometeu com Noemi com tamanha dedicação que ela toma a iniciativa de trabalhar e trazer o sustento para ela.
2. A humildade de Rute
Segundo, vemos a humildade de Rute. Ela sabe como tomar a iniciativa sem ser presunçosa. No verso 7 os servos reportam à Boaz sobre como ela os abordou naquela manhã. Ela disse: "Ela me pediu que a deixasse recolher e juntar espigas entre os feixes, após os ceifeiros." Ela não exige um comunicado. Ela não supõe nem mesmo o direito de recolher espigas. Tudo que ela quer fazer é juntar as sobras depois dos ceifeiros terminarem e pede permissão até para isso. Ela é como outra mulher estrangeira que veio à Jesus e disse: "Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem das migalhas das crianças", ao que Jesus respondeu exaltando sua fé. Rute sabe como tomar a iniciativa, mas ela não é intrometida ou presunçosa e sim mansa e humilde.
3. A diligência de Rute
Terceiro, vemos a diligência dela. Ela é uma grande trabalhadora. O verso 7 continua: "Ela chegou cedo e está de pé até agora. Só sentou-se um pouco no abrigo". O verso 17 segue dizendo que ela colheu até entardecer e então antes de terminar, debulhou o que tinha ajuntado, pesou e levou para Noemi. Não há dúvida de que o escritor queria que admirássemos e copiássemos Rute. Ela toma a iniciativa de cuidar de sua sogra desamparada. Ela é humilde, mansa e não se coloca de maneira presunçosa. E ela trabalha duro do nascer ao por do sol. Iniciativa. Humildade. Diligência. Traços dignos. Fique de olhos abertos para eles novamente.
A providência misericordiosa de Deus
Mas antes de deixarmos os versos 1–7, você percebeu uma providência de misericórdia por trás de tudo isso? Perceba o verso 3: "Então ela foi e começou a recolher espigas atrás dos ceifeiros. Por acaso entrou justamente na parte da plantação que pertencia a Boaz, que era do clã de Elimeleque." Ela "por acaso entrou"? Você não tem que escrever teologia a cada linha. Algumas vezes é bom deixar algo ambíguo para dar a quem lê a chance de preencher a lacuna, se ele entender. A resposta pode ser dada depois. E será. De fato, Noemi, com sua grande teologia da soberania de Deus, é aquela que dará a resposta. A resposta é Deus - a providência da misericórdia de Deus, guiando Rute enquanto ela recolhe espigas. Rute por acaso entrou no campo de Boaz, porque Deus é gracioso e soberano, mesmo quando está em silêncio. Como o provérbio (16:9) diz: "Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos."
Por que Rute encontrou auxílio?
Agora nos versos 8 e 9, Boaz se aproxima de Rute e demonstra grande gentileza, mesmo ela sendo uma estrangeira. Ele provê comida ao dizer para ela trabalhar em seu campo e ficar perto de suas servas. Ele provê proteção ao dizer para o jovem não molestá-la (verso 9). E ele provê para a sede dela ao dizer para beber da água que os homens tiraram. Então toda a riqueza e santidade de Boaz começam a se voltar para o bem de Rute.
Agora chegamos na troca mais importante do capítulo - versos 10–13. Rute levanta uma questão que se torna muito profunda. Daquela que todos precisamos perguntar a Deus. Dificilmente outra coisa em nossa vida é mais importante do que a resposta que recebemos.
Ela se inclinou e, prostrada rosto em terra, exclamou: "Por que achei favor a seus olhos, a ponto de o senhor se importar comigo, uma estrangeira? "
Rute sabe que é Moabita. Do ponto de vista natural, ela tinha duas coisas contra ela. Ela não se ressente disso, mas aceita. Por não ser israelita, ela não espera nenhum tratamento especial. Sua resposta à gentileza de Boaz é de perplexidade.
É muito diferente da maioria das pessoas hoje. Esperamos gentilezas e ficamos admirados e ressentidos se não conseguimos nossos direitos. Mas Rute expressa seus senso de pouco valor ao prostrar-se e colocar seu rosto no chão. Pessoas orgulhosas não agradecem. Pessoas humildes são ainda mais humildes quando são tratadas com misericórdia. A graça não tem a intenção de nos tirar de nossa modéstia. É destinada a nos fazer feliz em Deus.
Não com base no mérito
Mas estamos nos adiantando. Rute pergunta por que Boaz a trata com tanta misericórdia. Os versos 11 e 12 são cruciais:
Boaz respondeu: "Contaram-me tudo o que você tem feito por sua sogra, depois que você perdeu o marido: como deixou seu pai, sua mãe e sua terra natal para viver com um povo que pouco conhecia. O Senhor lhe retribua o que você tem feito! Que você seja ricamente recompensada pelo Senhor, o Deus de Israel, sob cujas asas você veio buscar refúgio! "
Nota: Quando Rute pergunta por que ela está recebendo misericórdia, Boaznão responde: Graça não tem condições. Ele responde à pergunta dela, por quê? dizendo: "Contaram-me tudo o que você tem feito por sua sogra, depois que você perdeu o marido: como deixou seu pai, sua mãe e sua terra natal para viver com um povo que pouco conhecia."
Isso significa que o escritor queria que pensássemos no amor de Rute por Noemi como uma forma de mérito do favor de Boaz e do favor de Deus? Ele quer que pensemos na graça como uma gentileza que ganhamos? Eu não acho. Se Rute ganhou o favor de Boaz, então devemos pensar nela como um tipo de funcionária prestando serviços tão valiosos a Boaz, seu empregador, que ele tem uma dívida para retribuir a ela. Essa não é a imagem que o escritor quer que criemos em nossas mentes. O verso 12 dá outra imagem que torna a figura funcionária-patrão impossível.
Por que ela procurou refúgio debaixo das asas de Deus
Boaz diz no verso 12 que Deus é realmente aquele que está recompensando Rute pelo seu amor por Noemi. Boaz é o único instrumento de Deus (como vamos aprender de Noemi em um momento). Mas agora perceba as palavras: "O Senhor lhe retribua o que você tem feito! Que você seja ricamente recompensada pelo Senhor, o Deus de Israel, sob cujas asas você veio buscar refúgio!." Esse verso não nos encoraja a imaginar Rute como uma empregada de Deus, prestando um trabalho necessário para que então ele como empregador, a recompense com um bom salário. A imagem é de Deus como uma águia com grandes asas e Rute como uma aguiazinha ameaçada, vindo buscar segurança sob as asas da Águia. A implicação do verso 12 é de que Deus recompensará Rute porque ela buscou refúgio sob suas asas.
Esse é um ensino comum no antigo testamento. Por exemplo, o salmo 57:1 diz: "Misericórdia, ó Deus; misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia. Eu me refugiarei à sombra das tuas asas." Perceba a palavra "pois". Misericórdia, ó Deus; misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia. Por que Deus deveria mostrar misericórdia para Rute? Porque ela buscou refúgio debaixo de suas asas. Ela contou com a melhor proteção do que todas as outras. Ela colocou seu coração em Deus, por esperança e alegria. E quando uma pessoa faz isso, a honra de Deus está em jogo e ele será misericordioso. Se você pleiteia o valor de Deus como fonte da sua esperança ao invés de pleitear seu valor como fonte da esperança de Deus, então o compromisso inabalável Dele ao seu próprio valor se encarrega de todo coração para a sua proteção e alegria.
Buscar refúgio em Deus e amar ao próximo
Mas devemos perguntar como o amor de Rute por Noemi e ela deixar sua própria família, se relaciona com a sua busca por refúgio sob as asas de Deus. A sugestão mais provável é de que Rute era capaz de deixar o refúgio de seu pai e mãe em Moabe porque encontrou refúgio sob as asas de Deus, que é muito superior. E evidentemente ela viu uma necessidade na vida de Noemi, e sentiu Deus a chamando para atender aquela necessidade. A águia se moveu em direção à Noemi, e para continuar desfrutando do refúgio das asas de Deus, Rute se moveu também, e se compromete a cuidar de Noemi com o cuidado que ela recebe de sua Águia.
Então a relação entre obter refúgio sob as asas de Deus por um lado, e deixar seu lar para cuidar de Noemi no outro, é que estar sob as asas de Deus capacitou Rute a abandonar o refúgio humano e se entregar em amor para Noemi. Ou outra maneira de dizer isso é que deixar seu lar e amar Noemi são o resultado e a evidência de se refugiar em Deus.
A mensagem do Evangelho
Agora, de volta à pergunta de Rute no verso 10: "Por que achei favor?" A resposta é que ela buscou refúgio sobe as asas de Deus e que isso a deu a liberdade e o desejo para deixar seu lar e para amar Noemi. Ela não ganhou a misericórdia de Deus ou de Boaz. Ela não é empregada deles. Eles não estão pagando salários pelo trabalho dela. Pelo contrário, ela honrou a eles ao admitir sua necessidade pelo trabalho e simplesmente se refugiou na generosidade deles.
Essa é a mensagem do evangelho no antigo testamento e no novo testamento. Deus terá misericórdia com qualquer um (palestino, israelita ou americano) que se humilhar como Rute, e se refugiar sob suas asas. Jesus disse:
"Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedrejas os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram! Eis que a casa de vocês ficará deserta.
Tudo o que os fariseus tinham que fazer era se refugiarem sob as asas de Jesus. Parem de se justificar. Parem de confiar em si mesmos. Parem de se glorificarem. Mas não pararam. Rute não foi o modelo deles. Não abaixaram o rosto diante de Jesus. Não se prostraram. Sem admiração com a graça. Não seja como os fariseus. Seja como Rute.
Deus não é um empregador procurando por empregados. Ele é uma Águia buscando por pessoas que vão se abrigar debaixo de suas asas. Ele está buscando por pessoas que deixarão pai e mãe, a pátria ou qualquer outra coisa que possa o impedir de ter uma vida de amor sob as asas de Jesus.
A teologia de Noemi sobre a soberania de Deus
Vou finalizar retornando brevemente à Noemi. Boaz dá a Rute tudo que ela pode comer para almoço (verso 14, "mais graça", Tiago 4:6). Ela trabalha até o por do sol. Ela volta para Noemi e traz o que sobrou do almoço e todo o grão (versos 17–19). Ela diz o que aconteceu com Boaz e no verso 20 a teologia de Noemi sobre a soberania de Deus a serve bem. Ela diz: "Seja ele [Boaz] abençoado pelo Senhor, que não deixa de ser leal e bondoso com os vivos e com os mortos!." Acho que a bondade à qual ela se refere é a bondade do Senhor. (Cf. Gênesis 24:27.) Boaz tinha apenas começado a mostrar bondade aos mortos. Parecia que era Deus que havia abandonado. A bondade do Senhor não abandonou os vivos (Noemi e Rute) ou os mortos (Elimeleque e Quiliom). Foi o Senhor quem acabou com a fome. Foi o Senhor quem vinculou Rute a Noemi em amor. Foi o Senhor quem preservou Boaz para Rute. Rute não vai apenas por acaso para o campo de Boaz. A luz do amor de Deus finalmente brilhou forte o bastante para que Noemi visse. O Senhor é gentil. Ele é bom para todos aqueles que se refugiam sob suas asas. Vamos então baixar nossos rostos, nos prostrarmos diante do Senhor, confessar nossa falta de valor, nos refugiar debaixo das asas de Deus e ficarmos admirados com sua graça.