A Graça de Dar com Alegria
De Livros e Sermões BÃblicos
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Edição actual tal como 15h38min de 26 de novembro de 2019
Por Frank Cavalli
Sobre Dar
Uma Parte da série Tabletalk
Tradução por Mirthes Polianna Santos de Oliveira Fernandes
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Nos últimos anos, a economia dos EUA enfrentou a sua maior crise econômica desde a Grande Recessão, e os americanos ainda não estão fora de perigo. Esse desastre financeiro, alimentado por hipotecas falidas, estremeceu cada setor da economia. O valor das casas e dos investimentos despencou. A confiança do consumidor caiu para o mais baixo nível desde todos os tempos. Milhões estão desempregados, perguntando-se como farão para sobreviver. Neste cenário, a caridade é uma das primeiras áreas a sofrer os efeitos de uma economia desacelerada, as igrejas têm sentido uma pitada deste efeito e muitas tem sido forçadas a enxugar os orçamentos e demitir funcionários. Não há dúvida de que vivemos em tempos desafiadores, mas a cada novo desafio surge uma oportunidade.
Durante essa crise, enquanto os ídolos da nossa cultura materialista desmoronam, assim como o Dragão diante da Arca do Senhor, e a sensação de segurança nacional está ameaçada, Deus tem dado à Igreja uma oportunidade de demonstrar ao mundo que a lealdade à Cristo resulta em um diferencial conjunto de valores e prioridades. Ao depositarmos nossos prazeres e tesouros em Cristo, somos libertos das debilitantes preocupações acerca do dinheiro e de uma astuta escravidão aos bens de consumo. Em Adão, nós adoramos e servimos “à criatura em lugar do Criador” (Rom. 1:25). Em Cristo, nossos corações estão em ordem. Nossa percepção e resposta a esse colapso econômico global deve ser diferente, uma vez que nós somos um povo peculiar, um povo que não pertence mais a este mundo, mas a Deus. Jesus ensinou que se nós amamos apenas aqueles que nos amam, deixando de amar aos nossos inimigos, não somos melhores que os pagãos. De igual modo, se nós somos generosos e contentes em doar apenas quando os tempos são bons e nossas contas bancárias estão robustas, em que somos diferentes do mundo? Os cristãos do Ocidente têm desfrutado de uma longa temporada de abundância. Nestes tempos de escassez, talvez Deus pretenda ensinar ao Seu povo algumas novas lições sobre a graça de dar.
Em sua segunda carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo exorta a Igreja a dar desinteressadamente e com alegria, inspirados pela generosidade dos Macedônios e do próprio Cristo. No capítulo 9, ele apresenta a seguinte declaração: “O ponto é este: quem semear com moderação colherá com moderação, e quem semear com abundância colherá com abundância. Cada um deve contribuir com o que decidiu em seu coração, não de má vontade ou sob compulsão, pois Deus ama quem dá com alegria. E Deus é capaz de provê-los com toda dádiva graciosa em abundância, para que sempre, e de toda forma, vocês tenham as próprias necessidades supridas e sejam capazes de contribuir abundantemente para toda boa causa” (v. 6-8). São a incredulidade e o medo da perda que restringem nossa liberalidade, mas aqui Paulo compara o dar à semeadura. As sementes plantadas no solo parecem perdidas, mas o agricultor sabe que a estação da colheita chegará. A forma como nós damos com fé na benevolência de Deus, nos permite esperar não apenas uma colheita de bênçãos terrenas, mas também uma reserva futura para nós mesmos na eternidade (1 Tm. 6:19).
Em certo ponto, como nós damos pode ser até mais importante do que o que damos. Devemos estar cientes de como nossa doação aparece aos olhos de Deus, porque Ele ama um doador alegre. Dar alegremente é dar sem sofrer - dar com facilidade, espontaneidade, e prazer. Faz-se necessário honrar a Deus com nossos dízimos e ofertas, mas nenhum sacrifício Lhe agrada se não for de forma voluntária. Nosso Pai deseja a alegre obediência dos Seus filhos.
Paulo citou os Cristãos Macedônios como exemplos deste espírito. Apesar de sua pobreza e aflição, seus prazeres em Cristo resultaram em abundante liberalidade. “A despeito das provações, e mesmo sendo muito pobres, sua alegria sobejou na riqueza da generosidade” (2 Cor. 8:2). A severa aflição e pobreza extrema normalmente não resultam em abundância de generosidade. Tais circunstâncias pareceriam justificar a retenção de quaisquer recursos que sejam como um ato de autopreservação. Mas a alegria deles em Cristo foi tão abundante que não poderia ser contida. Alegria, como gratidão, desejavam expressar. A questão para os macedônios não era “Quão pouco?”, mas “Quanto?” Se a graça de Deus realmente se apossou de nossos corações, nós não estaremos calculando o mínimo que podemos oferecer, mas o máximo que nós podemos dar a Cristo e à Sua Igreja. Doadores alegres sempre desejam poder dar mais. Nossa tendência atual é gastar além das nossas possibilidades, mas os Macedônios deram além das suas possibilidades: “Eles não contribuíram apenas de acordo com suas possibilidades; eles deliberaram contribuir com muito mais do que poderiam, eles nos imploravam e pediam que lhes concedêssemos o privilégio de participar desse serviço prestado ao povo de Deus” (v. 3-4). Apelos do púlpito e apelos desesperados dos diáconos eram desnecessários. O povo de Deus implorou para ajudar seus irmãos em Jerusalém. Isso não é algo que você ouve com frequência.
Como explicamos a extraordinária liberalidade deles? Paulo atribuiu isso à graça de Deus (v.1). Dar sacrificialmente com alegria não é natural; é sobrenatural e requer a presença e inspiração do Espírito Santo. Dar é um ato de adoração e uma obra da graça.