O Dragão Escondido Nos Seus Desejos

De Livros e Sermões Bíblicos

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English: The Dragon Hiding in Your Desires

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Por Scott Hubbard Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Wellington Da Silva Lima

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Por quê a Tentação Parece Tão Inofensiva

Muito de nós fracassamos em superar a tentação por causa que nós recusamos a usar a nossa imaginação. O dragão de desejos enganosos entra escondido e lentamente para matar, e nós abaixamos a nossa espada.

Várias vezes, Deus vem ao nosso lado em momentos de tentação e nos convida para imaginar o que nós estamos realmente enfrentando. O que está realmente acontecendo quando vocês passam por uma mulher e são tentados a olhar para trás? Ou quando você fica de pé na frente de um espelho e sente insegurança aumentando? Ou quando fantasias de uma vida melhor começam a preencher a sua mente?

Nós não somos apenas “sendo tentados” nesses momentos. Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar (Gênesis 4:7). Filho do homem, estes homens levantaram os seus ídolos nos seus corações, e o tropeço da sua maldade puseram diante da sua face; devo eu de alguma maneira ser interrogado por eles? (Ezequiel 14:3). A mulher louca é alvoroçadora; é simples e nada sabe. Assenta-se à porta da sua casa numa cadeira, nas alturas da cidade, e põe-se a chamar aos que vão pelo caminho, e que passam reto pelas veredas, dizendo: Quem é simples, volte-se para cá. E aos faltos de entendimento ela diz: As águas roubadas são doces, e o pão tomado às escondidas é agradável. Mas não sabem que ali estão os mortos; os seus convidados estão nas profundezas do inferno (Provérbios 9:13-18). Evite as conversas inúteis e profanas, pois os que se dão a isso prosseguem cada vez mais para a impiedade. O ensino deles alastra como câncer; entre eles estão Himeneu e Fileto (2 Timóteo 2:16–17). Por quê Deus absorve a nossa imaginação com aquelas terríveis imagens? Por causa que nós reagimos diferentemente na vaga ideia de “tentação” do que nós fazíamos em um lobo na nossa porta. Aquele que pode ser entretido, mesmo mimado; os outros precisam morrer.

Em Romanos 6:15–23, Paulo nos chama para olhar por detrás das tentações de hoje e imaginar a realidade espiritual. Atrás de cada tentação está o mestre, impiedoso e cruel. Ele apresenta a vida, honra, e felicidade com uma mão, e esconde morte e inferno atrás de suas costas. Sempre que nós desobedecemos Deus, nós nos colocamos no serviço desse mestre.

Dois Mestres

Não sabem que, quando vocês se oferecem a alguém para lhe obedecer como escravos, tornam-se escravos daquele a quem obedecem: escravos do pecado que leva à morte, ou da obediência que leva à justiça? (Romanos 6:16)

O ser humano é para ser um servo — se não para o verdadeiro Deus, então, para alguma outra pessoa. Aqui, Paulo coloca cada alternativa embaixo de uma bandeira única: o pecado. Ou nós juramos aliança com Deus, nosso Criador e Redentor, ou para o pecado, o mestre do exército miserável de Satanás.

Para nós, nós estamos propensos a ver as nossas opções diferentemente. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal (Gênesis 3:4–5). Nós conseguimos pelo desejo do fruto proibido e imaginamos que nós estamos exercendo a nossa liberdade. Mas se na realidade espiritual fosse ficar visível, nós nos veríamos em correntes, ligados e conduzido a cada passo.

Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues (Romanos 6:17), falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para santificação (Romanos 6:19). Com cada aumento de desejo pecaminoso, nós temos uma escolha: ou seguir Jesus na novidade da vida, ou voltar ao nosso velho mestre escravo. Um deles comanda para nós assumimos a nossa cruz agora, apenas para nos ressuscitar dos mortos, o outro promete uma vida fácil agora, apenas para nos matar no final.

Duas Recompensas

Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para santificação. (Romanos 6:19)

Com o tempo, a obediência que nós damos, para Deus ou para o pecado, nos muda. Momentos de preocupação, fofoca, covardia ou preguiça, desenvolve através de hábitos, nos molda — conforme desenvolvemos momentos de confiança, discurso amável, coragem ou resistência. Eventualmente, nós nos tornamos igual a quem nós obedecemos.

Por toda a libertação das promessas do pecado, nos entregando para ele nos degrada, nos desonra, nos desumaniza. Por causa disso Deus os entregou a “paixões vergonhosas“. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza (Romanos 1:26), Que fruto colheram então “das coisas das quais agora vocês se envergonham“? O fim delas é a morte! (Romanos 6:21). Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou (Romanos 7:11): ele prometeu nos dar qualquer coisa que nós quisermos, e depois nos deixam com menos do que nós alguma vez tínhamos.

De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida (Romanos 6:4). Eles descobrem o grande segredo que a santidade não é uma coisa abafada, não uma coisa triste, não uma coisa “religiosa“, mas ao invés, como Thomas Watson coloca isso, “céu começou na alma.“ Servos de Deus se tornem mais dignos, mais enobrecidos, mais do que eles eram sempre para serem — em uma palavra, mais igual Cristo.

Nem está Deus satisfeito em deixar suas pessoas como simples servos. Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus (Romanos 8:14), e, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados (Romanos 8:17), na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus (Romanos 8:21). Tal serviço é o mais puro tipo de liberdade.

Dois Destinos

Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor. (Romanos 6:23)

Muito de nós escutamos esse verso familiar e assumimos que a morte é o salário que Deus entrega para os pecadores. Embora o pecado certamente desperta a ira de Deus (Romanos 1:18; 5:9), Paulo tem um diferente fardo aqui. Para a morte, ele nos diz, é o salário do pecado — a remuneração que o pecado dá para seus mais súbditos leais.

Paulo não teria nos retratados servos do pecado desfrutando a vida com seu mestre, até Deus acabar sua felicidade com a morte. Em vez disso, o pecado é aquele que se aproxima sorrateiro nos seus servos e, quando eles menos esperam, enfiam uma faca nas suas costas. Como a mulher louca em Provérbios, o pecado atrai pessoas para o seu serviço com mil anzóis — pornografia e orgulho, sucesso e autopiedade, riquezas e reputação. Mas ”não sabem que ali estão os mortos; os seus convidados estão nas profundezas do inferno” (Provérbios 9:18).

Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor (Romanos 6:23). Essa vida se estende da eternidade para nos dar vida agora, se apenas em parte, conforme o Espírito de Deus vaga pelo deserto antigo de nossas almas. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo (Romanos 8:22,23).

Quem você irá servir?

Hoje e a cada dia, as tentações irão acontecer. Você irá sentir desprezado pelo seu parceiro e irá querer retaliar. Ou você irá receber crítica e começar a ensaiar a sua defesa. Ou você irá notar os presentes de alguma outra pessoa, e irá começar a ficar com inveja. Quando tentações como essas preencherem a sua mente e começar a prender o seu coração, não tente afastar da sua imaginação. Em vez disso, imagine o espiritual e as realidades eternas que você não pode ver.

Atrás do desejo de se recuperar, para ficar defensivo, para invejar (ou qualquer outra coisa) está o mestre. O pecado irá perguntar nada para você, e prometer tudo. Mas siga ele, e ele irá despir você, atacar você, envergonhar você. Ele pode não ser capaz de roubar você de Cristo, mas ele pode afastar você e, por um momento, dar a você um sabor da morte viva.

Mas no mesmo momento, outro mestre fala. Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne (Romanos 8:3), mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues (Romanos 6:17). Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis (Romanos 8:13). Imagine o homem com mãos perfuradas de prego, e então, siga ele. Venha andar na liberdade da criança de Deus. Venha sentir os primeiros tremores da vida eterna.