Quando o Mal Cava Sua Própria Cova
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Edição actual tal como 21h39min de 29 de agosto de 2014
Por Joseph Scheumann Sobre Soberania de Deus
Tradução por Clayton Rodrigues
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Quando você está em meio a um intenso sofrimento, é fácil perder a compostura.
Dúvidas aparecem como por reflexo: Deus está realmente no controle? Como um Deus bom pode permitir tanta dor? Deus é bom?
A dor que sentimos pode dificultar até nossa clareza de pensamento. Precisamos de âncoras que nos prendam à verdade, para que não nos desviemos quando passarmos por sofrimentos.
Deus Controla Todas as Coisas, Incluindo o Mal
Quando passamos pela dor, alguns podem se sentir tentados a “absolver Deus” dizendo que Ele não está no controle. O problema é que Deus não precisa ou quer que O absolvamos nessa situação. As Escrituras são claras no tocante à soberania de Deus sobre todas as coisas:
Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que Eu Sou Deus, e não há outro, Eu Sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o Meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade. (Isaías 46:9-10)
E as Escrituras são claras quanto a soberania de Deus sobre o mal. “Tocar-se-á a trombeta na cidade, sem que o povo se estremeça? Sucederá algum mal à cidade, sem que o Senhor o tenha feito?” (Amós 3:6). E Isaías 45:7 diz, “Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas”.
A fé cristã não é um yin e yang dualista onde Deus e Satanás estão lutando de igual para igual, incertos de quem vai vencer. Não, Satanás é uma criatura. Ele não tem poder nele e dele, e ele e todas suas obras existem sob o poder e os propósitos de Deus. Mesmo que o mal pareça aleatório em sua irracionalidade e pareça que possa estar fora do controle de Deus, Deus não nos deixa “absolve-lo” de quem realmente está no controle. A soberania de Deus se estende a todas as coisas, incluindo o mal.
A soberania de Deus sobre o mal não destrói nossa responsabilidade moral pelo mal que cometemos. Nós somos responsáveis pelas nossas ações e Deus é soberano sobre elas. A analogia de Deus como um autor ajuda na explicação de como a soberania de Deus e a responsabilidade humana se relacionam, como Joe Rigney resume, “Deus é um Autor. O mundo é sua estória. Nós somos Seus personagens” (“Confronting the Problem(s) of Evil”).
Deus é Bom em Tudo o que Ele Faz
Então, se Deus é soberano sobre o mal, isso significa que Ele não é bom? Esta é uma pergunta séria visto que há uma imensa quantidade de pessoas sofrendo em todo o mundo. Como todos sabemos, esta não é uma pergunta hipotética para muitos de nós, mas intensamente pessoal.
As Escrituras dizem claramente que Deus é perfeito em tudo o que Ele faz: “Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os Seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nEle injustiça; é justo e reto” (Deuteronômio 32:4). E Jesus diz, “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48).
As Escrituras afirmam a bondade de Deus em meio a um mundo corrompido. Ao mesmo tempo, elas não deixam passar despercebida a maldade do mal. Elas também afirmam a soberania de Deus sobre todas as coisas, incluindo o mal e a bondade de Deus em tudo o que Ele faz.
Nosso Campeão Supremo
Não é de se impressionar que muitos argumentem que o problema do mal é um mistério. E estão certos nisso. Há muito que não sabemos e não temos como saber. Paulo escreve, “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os Seus juízos, e quão inescrutáveis, os Seus caminhos!” (Romanos 11:33).
Ainda assim, o mal não tem a palavra final. Na verdade, Deus tem feito o mal cavar sua própria cova. Henri Blocher explica,
O mal é vencido como mal, porque Deus torna o mal contra si mesmo. Ele faz o crime supremo, o assassinato da única pessoa justa, a própria operação que abole o pecado. . . . [Deus] enreda o enganador em seus próprios ardis. O mal, como um judoca, tira proveito do poder do bem, que é perfeito; o Senhor, como um campeão supremo, contra-ataca usando o próprio ataque do oponente. (Evil and the Cross, 132).
Uma razão pela qual o mal existe é para que Deus possa redimir uma pessoa que O ame, para Sua glória. E o ato mais maligno de toda história é, paradoxalmente, o evento no qual a redenção foi comprada e a esperança encontrada. Blocher explica,
Na cruz, Deus tornou o mal contra si mesmo e trouxe a existência a solução prática ao problema [do mal]. Ele fez a expiação pelos pecados, Ele conquistou a morte, Ele triunfou sobre o diabo. Ele construiu a base para a esperança. (104).
A cruz mostra, perfeitamente, a bondade e soberania de Deus sobre o mal. E somente na cruz o mal tem sido vencido.
Se você duvida de Sua soberania sobre o mal, olhe para a cruz (Atos 4:27-28). Se você duvida de Sua bondade, olhe para a cruz (Romanos 8:32). E se você se sente sobrecarregado pela dor e pelo sofrimento, olhe para a cruz (Romanos 8:37). Há esperança.