Sêneca, C.S.Lewis, e uma Promoção
De Livros e Sermões BÃblicos
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Edição actual tal como 15h11min de 25 de março de 2013
Por John Piper
Sobre Morte e Morrer
Uma Parte da série Taste & See
Tradução por Fernanda Sanz
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Estranho como essas coisas se encaixam. Eu estava lendo a carta de Sêneca sobre economizar tempo e me veio esse pensamento: “Nós estamos errados quando esperamos pela morte; a maior porção da morte já passou. Os anos de nosso passado já estão nas mãos da morte.” Não tenho conseguido livrar-me dessa sóbria frase. É verdade. Morte é o que tira dias futuros na Terra. Porém, não estão nossos dias futuros sendo tirados de nós, um por um, todos os dias, irrevogavelmente? “Os anos de nosso passado já estão nas mãos da morte.” Dois dias não podem ser vividos: o ontem e o dia depois de você morrer. O ontem está morto. Isso é totalmente consolidado como fato histórico. Nem mesmo Deus altera o passado. Algo irá morrer hoje. A saber, todas as oportunidades de hoje.
Depois eu peguei um novo livro de Noël que havia trago da biblioteca. Era o diário do irmão de C.S. Lewis, entitulado Irmãos e Amigos. Eu li essas palavras , escritas por Warren Lewis sobre seu irmão, a quem ele chamou de Jack: “Curiosamente, a medida que o tempo passa, minhas lembranças de Jack em seus últimos anos vão se tornando mais fracas do que aquelas de sua juventude, as quais crecem mais e mais vívidas. É o Jack do sótão e do quarto dos fundos, o Jack de Daudel-spiels e caminhadas e passeios, o Jack jovem, a quem eu tão amargamente sinto falta. Um sentimento absurdo, pois mesmo tendo ele vivido, aquele Jack já havia morrido.” Aí está de novo, a sepultura aberta do passado, engolindo um dia após o outro até que seus dentes abocanhem e sua boca se feche de uma vez por todas. “Os anos de nosso passado já estão nas mãos da morte.”
Alguns dirão: “Há uma diferença. Os dias que nos são tirados pelo passado pelo menos já foram vividos. Mas os dias que nos são tirados pela morte estão no futuro e não foram ainda vividos.” Isso é verdade. E leva à conclusão que se encaixa. Na última sexta-feira, a mensagem que eu trouxe para o despertar da família (reunião) às 6:30 foi Colossenses 4:5, “Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo.” Será que nós obtemos o que já é nosso? Não. Nós obtemos o que a nos é oferecido. Cada dia está em promoção para qualquer um que irá adquiri-lo. Se não tomarmos posse dele, o perdermos - para sempre. E talvez nós não o tenhamos nem vivido. E esse dia não nos pertencia mais do que o amanhã nos pertence. Quando o passado consome um dia o qual não tomamos posse, o consome tão completamente como a morte consome o futuro. Oh, quantas horas são deperdiçadas! Como Seneca diz, “Podes me indicar alguém que dê valor ao seu tempo, valorize o seu dia, entenda que se morre diariamente?”
Esta é a sabedoria de Deus: Tome posse do dia! Tome posse da hora! Tome posse do momento! Coloque cada hora como cocheira na carruagem de seus mais altos e eternos objetivos.
Apostando alto,
Pastor John.