Algumas idéias sobre Livre Arbítrio
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Edição actual tal como 01h08min de 19 de março de 2013
Por John Piper Sobre Natureza do Pecado
Tradução por Desiring God
Antes de Adão pecar, o homem era sem pecado, mas era capaz de pecar. Pois Deus disse, "porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." (Gêneses 2:17).
Assim que Adão pecou, o homem se tornou pecador, não era mais capaz de não pecar , já que nós não acreditamos, e " tudo o que não provém da fé é pecado." (Romanos 14:23)
Quando nascemos de novo, pela força do Espírito Santo nós temos a capacidade de não pecar, pois "o pecado não terá domínio sobre vós" (Romanos 6:14).
Paulo fala que "o homem natural" ou "a mente da carne" não é capaz de não pecar. Paulo diz isso em Romanos 8:7-9
Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus; em verdade, não o pode ser. Aqueles que estão na carne não podem agradar a Deus. (Ver também 1 Coríntios 2 :14).
Então como devemos pensar sobre livre arbítrio ?
O livre arbítrio não tem o poder de salvar. Em sua liberdade de escolher, o homem pecador não tem escolha nenhuma a não ser pecar. Tal, "livre arbítrio" é uma realidade devastadora. Sem o poder de vencer a si próprio, nosso livre arbítrio só irá nos trazer condenação.
Nós poderíamos parar por aqui mesmo e nos voltar para a alegria da verdade do evangelho que Deus vence nossa resistência, nos da vida, acorda nossa inclinação morta para Cristo, e de graça e irresistivelmente nos traz para perto Dele. (João 6:44, 65; Atos 13:48; Efésios 2:5; 2 Timóteo 2:25-26).
Mas as vezes é necessário responder à objeções. Uma objeção comum é que, se nós "não podemos" fazer o que é certo, e "só podemos fazer" o que é errado, então nós não estamos agindo voluntariamente e não podemos nem ser louvados nem condenados pelas nossas ações.
Aqui está parte do que John Calvin respondeu a esta objeção:
A bondade de Deus é a tal ponto entrelaçada com sua divindade, que não lhe é mais necessário ser Deus do que ser bom. O Diabo, porém, em decorrência de sua queda, a tal ponto se alienou da comunhão do bem, que nada pode fazer senão o mal.
Porque, se algum sacrílego resmunga que a Deus se deve pouco de louvor por sua bondade, a qual ele é compelido a conservar, não se lhe dará uma resposta imediata, a saber que "ele não pode fazer o mal em razão de sua imensa bondade, não por forçosa compulsão?"
Portanto, não se impede que a vontade de Deus seja livre em fazer o bem, só porque ele por necessidade opera o bem; se o Diabo, que outra coisa não pode fazer senão o mal, entretanto peca por vontade, quem por isso dirá que o homem peca menos voluntariamente, uma vez que está sujeito à necessidade de pecar? (Institutes, II.3.5)