A Questão Diária da Maternidade
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Edição actual tal como 15h12min de 18 de julho de 2012
Por Christine Hoover Sobre Paternidade
Tradução por Paula Maricato
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A Questão Diária da Maternidade
Como mãe há uma batalha permanente e incômoda dentro de mim. Ela não é grande ou dramática: Irei criar meus filhos para amar a Deus? Irei ensiná-los a obedecer-Lhe? Os meus filhos fazem parte Dele?
A batalha permanente da maternidade é mais sutil, cotidiana e invisível. No centro de tudo está uma pergunta: Irei me sacrificar? Ou conforme Oswald Chambers questiona em sua obra My Utmost for His Highest: “[Estou] disposto a passar e a me deixar passar; não procurando ser ministrado, mas ministrar?”
A Questão Diária não é respondida de uma só vez com o nascimento de um filho, o planejamento de sua vida escolar ou a decisão de educar. Esta pergunta — Irei me sacrificar? — é respondida diariamente.
É respondida quando um filho acorda cedo precisando de mim, interrompendo meu momento de sossego com o Senhor.
É respondida quando um filho doente me impede de adorar a Deus e de ter uma interação adulta na igreja nas manhãs de domingo.
É respondida quando estou emocionalmente esgotada, mas o comportamento de um filho exige uma reação paciente e firme da minha parte.
É respondida quase a todo momento da fase de ensinamentos cotidianos.
É respondida quando eu sistematicamente ensino meu filho com necessidades especiais a interagir com outras crianças.
Na maternidade a Questão diária é respondida toda vez que os cuidados ou necessidades de um filho devem vir antes das minhas, o que acontece quase sempre.
Muitas vezes eu tenho de dar conta de tarefas necessárias – sair do fogão para ajudar um filho a abotoar a calça, desligar o telefone para procurar o brinquedo preferido, interromper uma conversa na igreja para levar os filhos dormir em casa –enquanto meu coração se aperta. Quem me dera eu tivesse um momento para concluir uma tarefa ou ter uma conversa adulta sem interrupções.
Entretanto, a Questão Diária não tem a ver só com o que eu faço, mas também com a minha postura: Irei dedicar a minha vida com alegria como uma doação agradável perante o Senhor pelo bem dos meus filhos? Servirei os meus filhos por obrigação e senso de dever ou servirei como se servisse ao próprio Deus? Morrerei para mim mesma para que eu possa viver em Deus no chamado especifico que Ele me deu como mãe?
A Questão Diária deve ser respondida todos os dias.
Porque a maternidade não se resume apenas aos atos dramáticos de sacrifico, mas também àqueles diários e invisíveis.
Porque podemos ter um lar harmonioso e filhos obedientes sem sacrifício.
Porque somos tão facilmente enganados a pensar que podemos viver por nós mesmos e sermos fiéis a Deus em nosso ministério como mães.
Jesus disse que aqueles que vivem por si mesmos na verdade terão uma vida vazia, mas as pessoas que doam suas vidas por Ele viverão a vida em sua plenitude. Como, pais, nossa renúncia em nome de Cristo não apenas produz frutos em nossos próprios corações, mas também produz frutos nos corações de nossos filhos, frutos que crescem pelo poder de Deus. Então, deixe-nos escolher nos doarmos com alegria aos nossos filhos.
Diariamente.
“Pois nós, que estamos vivos, somos sempre entregues à morte por amor a Jesus, para que a sua vida também se manifeste em nosso corpo mortal”. (2 Coríntios 4:11)
Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”. (2 Coríntios 5:14–15)