A Solidão do Sofrimento
De Livros e Sermões BÃblicos
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Edição tal como às 18h38min de 20 de agosto de 2025
Por Vaneetha Rendall Risner Sobre Sofrimento
Tradução por Rosane Andrade
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Uma das coisas mais difíceis para mim sobre o sofrimento é a solidão.
Inevitavelmente me sinto isolada. Embora meus amigos possam ajudar, eles não podem compartilhar minha tristeza. É um poço muito profundo.
Quando a perda é fresca, as pessoas estão por toda parte. Eles ligam, oferecem ajuda, enviam cartões e trazem refeições. Seu cuidado ajuda a aliviar a dor afiada. Por um tempo.
Mas então eles param. Não há mais refeições. O telefone está estranhamente silencioso. E a caixa de correio está vazia.
Ninguém sabe o que dizer. Eles não têm certeza do que perguntar. Então, na maioria das vezes, eles não dizem nada.
Às vezes, tudo bem. É difícil falar sobre dor. E eu nunca quero piedade, com o olhar triste, o aperto no braço, e a pergunta silenciosa: "Então, como você está?"
Não sei como responder a isso; não sei como estou. Parte de mim está esmagada. Eu nunca mais serei a mesma. Minha vida está radicalmente alterada.
Mas outra parte de mim anseia por normalidade. Um retorno ao familiar. Para me misturar com a multidão.
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Não sei o que quero
Quero ser grata pelo apoio dos meus amigos. E no melhor dos dias, eu posso ver e apreciar todos os seus esforços. Mas no pior dos dias, eu me sinto frustrada e irritada. Eu me pergunto por que as pessoas não estão atendendo às minhas necessidades. Eles não sabem o que eu quero? Eles não podem ler os sinais? Por que eles não conseguem descobrir o que me faria sentir melhor?
Eles não conseguem descobrir por que eu não me conheço.
Esta é a parte louca da dor para mim. Não sei o que quero. Eu não tenho ideia do que vai me satisfazer. E de alguma forma, o que quer que os outros façam não pode atender às minhas expectativas. Expectativas que são inconstantes. É unilateral. É refletir a minha autoabsorção.
Dor intensa, física ou emocional, tem uma maneira de fazer isso. Eu me torno fixa em mim mesma – minhas necessidades, minha dor, minha vida. De alguma forma esqueço que as outras pessoas têm a sua própria dor e a sua própria vida. Eles querem ajudar, mas eles só podem fazer isso até certo ponto.
Sozinha com Deus
Embora eu esteja frustrada por os outros não estarem aliviando minha dor, eu preciso lembrar que há uma parte do sofrimento que eu devo suportar.
Paulo aborda essa mesma tensão. Em Gálatas 6:2, ele diz: "Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo." E então, três versículos depois, ele os lembra: "Pois cada um deverá levar a própria carga." (Gálatas 6:5).
A palavra que Paulo usa como fardo implica fardos que excedem nossas forças. Nos dias de Paulo, os viajantes muitas vezes tinham cargas pesadas para transportar. Outros os aliviariam carregando seus fardos por um tempo. Sem ajuda, suas cargas podem ser esmagadas. Isto pode ser comparado com a ajuda tangível que podemos oferecer: Nossos atos de serviço, nossas orações contínuas, nossa presença física.
Sua palavra para carga é algo proporcional à nossa força individual. Poderia ser um pacote carregado por um soldado em marcha. Esse poderia ser o trabalho contínuo de processar nosso sofrimento. As partes do nosso sofrimento que ninguém mais pode carregar para nós. Os fardos que temos de carregar nós mesmos.
Mesmo os amigos mais próximos e carinhosos não podem estar conosco em nossa dor mais profunda. Eles podem chorar conosco, mas, em última análise, eles não podem andar conosco.
Jesus entende isso. Em seus momentos de maior necessidade, seus amigos o abandonaram. Amigos que diziam que morreriam por ele não podiam nem ficar acordados e orar com ele.
Assim, no jardim, Jesus se encontrou sozinho. Com Deus.
Assim como nós estamos. No final, somos todos deixados a sós com Deus.
Para onde eu vou?
Então, o que fazemos quando nos sentimos drenados e vazios? Quando ninguém entende o nosso sofrimento e ninguém parece se importar? Quando nos sentimos desanimados e cansados e insuportavelmente sozinhos?
Leia a Bíblia e ore.
Leia a Bíblia mesmo quando sentir vontade de comer papelão. E ore mesmo quando parecer que está falando com uma parede.
Parece simples? E é.
Isso também soa muito difícil? E é mesmo.
Mas ler a Bíblia e orar é a única maneira que eu já encontrei fora da minha dor.
Não há atalhos para a cura. Muitas vezes eu gostaria que existissem porque eu gostaria de superar a dor. Mas, de muitas maneiras, sou grata pelo processo transformador pelo qual me submeto.
Um processo que requer que eu leia a Bíblia e ore.
Não apenas lendo
Quando leio, não quero dizer apenas ler palavras por um período específico de tempo. Quero dizer meditar sobre elas. Escrever o que Deus está dizendo para mim. Pedindo a Deus para se revelar a mim. Crer que Deus usa as Escrituras para ensinar e me confortar. Para me ensinar coisas maravilhosas em Sua lei (Salmo 119:18). Para me confortar com Suas promessas (Salmo 119:76).
Ler desta forma transforma o papelão em maná. Eu ecoo Jeremias, que disse: "Quando as tuas palavras foram encontradas, eu as comi; elas são a minha alegria e o meu júbilo, pois pertenço a ti, Senhor Deus dos Exércitos." (Jeremias 15:16).
Não apenas orando
E quando eu oro, não quero dizer uma repetição de pedidos e palavras irracionais. Quero dizer realmente orar. Falando com Deus tão honestamente quanto eu faria com um amigo. Orando através de um salmo. Gritando desesperadamente para ele. Pedindo ajuda específica a ele. Esperando que ele responda.
O que me transforma é passar tempo com Jesus, sentar-me com Ele, lamentar com Ele, falar com Ele e ouvi-Lo.
Por mais que eu gostaria que amigos me confortassem, ninguém jamais me conheceu do jeito que Deus me conhece. As palavras de ninguém nunca me mudaram do jeito que as Escrituras têm feito. E a presença de ninguém jamais me encorajou do jeito que o Espírito Santo tem feito.
Meus amigos podem me ajudar, mas eles não podem me curar.
É somente o Deus vivo, e Sua Palavra viva, que pode fazer isso.
Este caminho de sofrimento, de mágoa, de solidão leva-me diretamente ao meu Salvador. Que é o caminho solitário que vale a pena tomar.
Pois somente Jesus pode me curar.