Cuidando de Doentes Crônicos

De Livros e Sermões Bíblicos

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English: Caring for the Chronically Ill

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Por Vaneetha Rendall Risner Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Juliana Gonçalves

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Quando você vive em dor constante, ou sofre com uma doença crônica, o desânimo é parte do cotidiano.

As tarefas mais simples podem ser exaustivas. Você constantemente se preocupa em estar se tornando um fardo. A dor leva a um sono intermitente, então você raramente se sente descansado. É difícil se manter motivado e alegre. Como as doenças crônicas duram um longo tempo, ou são recorrentes, você depende de amigos para lhe encorajar e ajudar - e então continuar a encorajá-lo e apoiá-lo por longos períodos de tempo.

Eu vivo com a Síndrome Pós-Pólio há quase vinte anos, e eu também tentei cuidar de outras pessoas com doenças crônicas durante décadas, então eu aprendi de ambos os lados o que é útil, sustentável e esquecido. É uma jornada longa e difícil para todos os envolvidos, e cada situação é única, mas aqui estão algumas lições sobre o que fazer, o que falar e como orar para os nossos amigos que estão sofrendo.

Tabela de conteúdo

1. Continue querendo saber como a pessoa está, mesmo quando outros já pararam.

Na minha experiência, uma das maneiras mais úteis de ajudar nossos amigos que estão sofrendo é verificar regularmente como eles estão.

Pessoas com doenças crônicas frequentemente se sentem sozinhas e esquecidas, principalmente se a sua condição os deixa confinado em casa. Os amigos podem até se apressar para ajudar quando os sintomas começam, mas com problemas das suas próprias vidas, muitos param de estar presentes. Eles assumem que outros vão estar presentes e oferecendo apoio, mas poucas pessoas continuam ajudando passados alguns meses, apesar de as necessidades persistirem e aumentarem. O homem paralisado em Betesda não tinha ninguém para o ajudar no tanque, talvez porque, após 38 anos de incapacidade, as pessoas pararam de aparecer para ajudar (João 5:2-7).

Se você vai visitar, considere oferecer ajuda concreta – algo desde ir ao mercado, fazer recados ou trazer uma refeição. Como Tiago nos relembra, é fácil falar “‘Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se', sem, porém, lhe dar nada, de que adianta isso?” (Tiago 2:16, NVI).

Para além disso, se você ficar apenas por trinta minutos, você pode se oferecer para lavar a louça, arrumar a cozinha ou fazer uma massagem enquanto conversam. Ou você pode perguntar se há algo mais em que você pode ajudar ou projetos nos quais você pode voltar a trabalhar. Pessoas geralmente não iniciam conversas sobre as suas próprias necessidades, mas eles respondem bem a perguntas específicas. Não importa como você tente ajudar, sempre pergunte primeiro, porque o que é uma bênção bem-vinda para alguns pode parecer uma intrusão para outros.

2. Seja rápido a ouvir e lento a responder

Apesar de nós querermos falar algo profundo e reconfortante, por vezes escutar é o presente mais reconfortante que podemos oferecer.

Amigos com doenças crônicas podem não mencionar os seus últimos sintomas ou dificuldades com receio de soar como reclamantes crônicos, mas eles podem receber bem a oportunidade de partilhar aquilo que está acontecendo. Se esforce a escutar sem julgar de imediato. Resista a lhes oferecer uma “cura” para o seu sofrimento. E não pergunte se eles preferem não falar mais sobre isso agora. Em vez de fazer a pergunta geral "Como você está?", você pode perguntar "Como você está hoje?", que é mais pessoal e fácil de responder.

Relembrar o que não falar por vezes é mais importante do que recordar o que dizer. Digo isso como alguém que já falou demais com frequência. Não minimize o que eles estão passando. Não compare o sofrimento dele a outros que estão “melhores”. Evite frases que começam com “pelo menos...”. Não diga banalidades como “Valorize as coisas boas.”. Não diga que sabe que a condição deles vai melhorar ou que eles vão ser curados, porque ninguém sabe o que o futuro lhes espera. Como disse antes, dou estes exemplos como alguém que se arrepende de ter falado tudo isso antes.

Amigos fiéis choram com aqueles que choram (Romanos 12:15). Eles entendem o quão difícil a situação deles é. Eles deixam seus amigos doentes desabafarem por um tempo e então os encorajam a depositar sua esperança no Senhor Jesus. Eles asseguram-lhes que Deus nunca os abandonará e asseguram-lhes que o seu sofrimento não será em vão. Elas os lembram da glória que os espera no céu, onde não haverá mais dor nem lágrimas.

Muitos de nós nesta geração ouvimos advertências para não usar as Escrituras como um taco de beisebol, como se pudéssemos espancar pessoas sofredoras para que se sintam melhor, mas não tenha medo de compartilhar a palavra de Deus. Como a palavra de Deus nos proporciona conforto, traga versículos para compartilhar, mas faça isso com paciência e cuidado. Escolha versos que foram significantes para você, e explique porquê. Por exemplo, eu encontrei esperança em passagens como essas:

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (João 14:27, NVI)
“Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.” (2 Coríntios 4:16-18, NVI)
“Disto me recordarei na minha mente; por isso esperarei. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade.” (Lamentações 3:21-23, NVI).

3. Tome a atitude mais cuidadosa e eficaz: ore.

Ore sistematicamente para os seus amigos com doenças crônicas. Eles precisam de oração não só a nível físico - incluindo força, cura e alívio da dor – mas também no nível emocional e espiritual. Com problemas crônicos, é como se sentir desencorajado, desiludido e depressivo com os dias passando sem progressos. Embora não possamos mudar a situação ou a perspetiva deles por nós mesmos, Deus ama trabalhar por meio de nossas orações.

Quando seus amigos compartilharem pedidos de oração, ore com eles imediatamente, se possível. Isso não apenas reforça seu cuidado genuíno, mas também garante que você realmente ore. É fácil parar de orar fervorosamente por pessoas com doenças crônicas, mas nossas orações têm grande poder (Tiago 5:16), então não desista. Lembre às pessoas que elas não foram esquecidas, enviando mensagens de texto ocasionalmente sobre o que você está orando por elas.

Você pode se oferecer para orar com eles por meio de um salmo de lamentação, como o Salmo 13, 43 ou 142. Lamentar juntos é uma bela maneira de reconhecer o que é difícil e clamar a Deus com eles, enquanto confiam a situação a Ele. Leia alguns versículos de cada vez, seguidos de palavras espontâneas de pedido ou confiança. Se o seu amigo preferir apenas ouvir, tente inserir o nome dele em um salmo como o Salmo 23, 46 ou 139 enquanto você o reza em voz alta.

Agora não é muito tarde

Ministrar a pessoas com dor ou doença crônica pode nos deixar exaustos se acreditarmos que tudo depende de nós. Ou, se cometemos erros no passado e acabamos machucando alguém que queríamos ajudar, podemos nos perguntar se nossos esforços valem a pena. Mas cuidar de nossos amigos feridos não depende só de nós, e nossos esforços imperfeitos realmente valem a pena. Deus nos dará novas forças e sabedoria enquanto esperamos por Ele e servimos pelo poder que Ele nos concede (Isaías 40:31; 1 Pedro 4:11).

Se você se cansou e parou de se comunicar, não deixe que a culpa o afaste. Em vez disso, vá em frente e estenda a mão agora, porque nunca é tarde demais. Não podemos resolver os problemas dos nossos amigos, mas podemos continuar presentes, atendendo às suas necessidades físicas, ouvindo suas lutas, encorajando-os em Cristo e levando-os diante do Único Grande o Suficiente para curá-los, sustentá-los e libertá-los.