Como amar pessoas que você não gosta
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Edição actual tal como 20h04min de 19 de maio de 2025
Por Greg Morse Sobre Santificação e Crescimento
Tradução por Daniele Weidle
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“Nada me deixa mais incerto: se vou perseverar até o fim passando muito tempo na presença Dele.” Os meses se passaram, as interações se multiplicaram e as boas intenções já não eram fortes o suficiente para sustentar meu amigo.
De acordo com ele, esse senhor em particular era do tipo que reclamava incessantemente, ouvia com parcimônia, interagia de forma combativa, recebia com presunção, sorria raramente e fofocava livremente (mesmo quando ainda estava com a boca cheia de comida). Como o pré-convertido Agostinho, que sentia prazer em ofensas sem sentido, ele era um ciclista - não porque gostasse de se exercitar - mas pedalava tranquilamente pelo meio da rua, empurrado por buzinas, porque sentia prazer em seu desagrado. Ele era do tipo que grudava chiclete embaixo das mesas.
Meu amigo tentou, em vão, desfrutar de sua companhia. Mas, depois de um ano, ele ainda se perguntava piedosamente, conforme as palavras de Jesus: “Até quando terei que suportá-los?”. (Marcos 9:19, NVI) Ele até começou a orar: “Senhor, permita que ele obedeça à sua palavra, viva em silêncio e cuide de seus próprios assuntos”. (1 Tessalonicenses 4:11) Ele lamentou o fato de seu amor ser tão pequeno a ponto de cobrir apenas algumas falhas.
Meu amigo não queria admitir, sentia-se pouco cristão ao reconhecer o fato - e ele sabia que Deus havia colocado o homem em sua vida - mas não gostava dele. Ele preferia uma unha encravada ou meias molhadas. Ele se perguntava como poderia obedecer ao chamado de Deus para amar esse homem que ele não suportava mais ter por perto.
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Um comando desagradável
É inconfundível que Jesus chama os seus para amar aqueles de quem não gostamos - dentro e fora da igreja. O amor que ele nos ensinou não se baseia em afinidades naturais ou interesses comuns. Não olhamos fixamente para o nosso próximo, como alguns olham para as nuvens diformes, tentando ver nelas algo amável antes de agir. Tudo o que é preciso para convocar nosso cuidado com qualquer pessoa no planeta é o mandamento de nosso Mestre: “ame o seu próximo como a si mesmo”. (Lucas 10:27)
E, irritantemente, não podemos escolher quem se muda para a casa ao lado ou quem fica sangrando na beira da estrada (Lucas 10:25-37). As expectativas de Deus em relação ao amor, na verdade, o objetivo principal de ordená-lo, é que possamos estendê-lo àqueles que não amaríamos naturalmente. Jesus chega ao ponto de nos convidar a amar aqueles de quem temos mais motivos para não gostar: nossos inimigos (Lucas 6:35).
Enquanto até mesmo os incrédulos amam aqueles que os amam em troca; enquanto convidam os engraçados, os ricos, os atraentes, Deus chama seu povo para amar os que são difíceis de gostar, sem exigir reciprocidade. Mas, como meu amigo, fazemos a pergunta genuína: “Como?”. Jesus e Paulo nos revelam o segredo.
Ensaiar nossa esperança
Paulo transmite a receita divina que os colossenses haviam descoberto:
“Sempre agradecemos a Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vocês, pois temos ouvido falar da fé que vocês têm em Cristo Jesus e do amor por todos os santos, por causa da esperança que lhes está reservada nos céus.” (Colossenses 1:2-5)
Os colossenses amavam “todos os santos” não porque “todos os santos” fossem fáceis de amar. Mais tarde, Paulo conclamaria esses mesmos colossenses a continuarem a suportar uns aos outros e a perdoar uns aos outros (Colossenses 3:13). Paulo não vivia nas nuvens. Ele sabia que você teria que “suportar” algumas pessoas e perdoar muitas outras.
Mas observe que eles não esperaram que os outros se comportassem de maneira correta, que se tornassem dignos de amor ou que praticassem atos de bondade que facilitassem o amor. Não, sua motivação era intocável. Eles amavam por causa da esperança que lhes estava reservada no céu.
Servir aos que não merecem
Jesus também nos ensinou assim. Expandindo nosso chamado para além do âmbito dos fiéis, Ele diz:
“Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem! Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas.” (Mateus 7:11-12)
O Pai dará bons presentes aos seus filhos. Convencidos disso - seguros de sua provisão eterna e de seu cuidado incessante, “por causa da esperança que está reservada a vocês nos céus” - amem os outros e façam-lhes o bem. A regra de ouro é forjada no fogo da confiança na provisão temporal e eterna de nosso Pai.
E Jesus praticou o que Ele pregou. Observe a verdade indispensável que motivou nosso Senhor a se rebaixar para servir àqueles que, em poucas horas, iriam traí-lo, abandoná-lo e deserdá-lo coletivamente:
Estava sendo servido o jantar, e o diabo já havia induzido Judas Iscariotes, filho de Simão, a trair Jesus. Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do seu poder, e que viera de Deus e estava voltando para Deus; assim, levantou-se da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura. (João 13:2-5)
Jesus não se levantou e começou a fazer isso por força de vontade. Não foi a benevolência deles que o fez agir dessa forma. O texto diz que Ele sabia de algo, que considerava algo, que tinha uma verdade em mente que o levou a se ajoelhar e lavar os pés dos discípulos - um ato que antecipou a cruz que viria (João 13:6-11). Ele sabia que tudo era Dele. Ele sabia que era o Amado de Seu Pai. Ele ensaiou a esperança que lhe foi depositadao no céu. Sua esperança no eterno amanhã o encheu de recursos para amar hoje.
Deus se moveu na direção do que é diferente
Jesus não se limitou a pregar ou servir dessa forma. Ele cingiu seus lombos para morrer dessa forma.
Ele não olhou para nós e escolheu a cruz porque éramos encantadores. Ele não apertou os olhos para encontrar um traço de beleza que o levasse à cruz por nós. Ele deixou o céu e veio para morrer uma morte vergonhosa, sangrenta e brutal, carregando todo o peso da punição por nossos pecados, enquanto nós respirávamos para ignorá-lo. Quando não éramos mais amáveis, “Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8). Enquanto nós não o estimávamos, Ele nos estimava. Suas mãos foram perfuradas por nossa falta de beleza, mas seu amor permaneceu intacto. “Pai, perdoa-lhes” foi o seu clamor.
E Isaías profetizou o que viria a acontecer: “Depois do sofrimento de sua alma, ele verá a luz e ficará satisfeito; pelo seu conhecimento meu servo justo justificará a muitos, e levará a iniqüidade deles.” (Isaías 53:11) O que Ele viu?
O próprio amor olhou além dos chicotes, dos pregos e da cruz. Ele ouviu algo diferente das provocações, das risadas, dos gritos de “Crucifique-o!”. Ele viu mais do que apenas traição, negligência e ira. Ele viu a felicidade eterna do sorriso de seu Pai e o destino eterno do seu povo apoiados na parte de trás da cruz.
E para a alegria, a recompensa, o prêmio que estava diante dele, Ele tomou a sua cruz (Hebreus 12:2), desprezou a sua vergonha e venceu a morte pelos seus. Ele enxergou além das pessoas que não são agradáveis para torná-las suas amadas.
Pegando nossas toalhas
Nosso amor também olha para além do nosso próximo, para as promessas do céu e, tendo nosso coração aquecido lá, olha para elas novamente com a determinação de cuidar. Não amamos além deles, ao redor deles, acima deles; nós os amamos - apesar de seus incômodos, esquisitices, defeitos, ingratidão. Nós lhes retribuímos com amor, não porque eles mereceram, mas porque nós também não merecemos e, ainda assim, somos herdeiros do mundo.
Oferecer bondade, sacrifício e consideração àqueles que não podem (ou, por qualquer motivo, não quererm) nos retribuir, não nos leva à falência. Nossa recompensa é “imperecível, imaculada e não perde o seu valor”, e está guardada para nós no céu (1 Pedro 1:4). Com os bolsos de nossas mentes cheios de ouro celestial e baús repletos de tesouros imperecíveis, somos ricos o suficiente para passar o tempo com o irritante, o exasperante, o mais cansativo e insuportável.
Sabendo que somos nascidos de Deus e vamos voltar para Ele, podemos nos levantar, enrolar uma toalha na cintura e nos abaixar para servir outras pessoas que, de outra forma, acharíamos impossível amar.